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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A mulher no poder local

sociedade muito marcada por uma visão masculina
Quem teve oportunidade de assistir ao colóquio «A mulher no poder local», que se realizou ontem na Biblioteca de Tavira, pôde confirmar, pela boca de quem tem experiência, que as autarcas algarvias entendem que ausência de apoio familiar e falta de confiança continuam a determinar que as mulheres fiquem afastadas do poder local.

Mas, ao mesmo tempo, são elas mesmas que não são adeptas das regras das quotas partidárias.

Isso mesmo o afirmou Isabel Soares que não concorda com a imposição de quotas nos partidos políticos já que considera que essa prática coloca em “segundo plano valores como o mérito ou a competência”.

Isabel, a única mulher a liderar um município na região algarvia, afirmou ainda que as sociedade estão “muito marcadas por uma visão masculina” e que essa tendência se reflecte nas estruturas partidárias, quase todas “dirigidas por homens, tanto nas chefias nacionais, como nas locais”.

Isabel Soares disse ainda que o facto de não haver mais mulheres nas estruturas políticas algarvias está relacionado com a falta de apoio familiar, e a “falta de ousadia”.

A autarca, na sua extensa mas interessante exposição, lembrou que “muitas mulheres não manifestam sequer o desejo de entrar para este mundo com receio das reacções que poderão ouvir”.

Reforçando a ideias da dirigente social-democrata, Aurízia Anica apresentou confrangedores dados estatísticos recolhidos na sua tese de doutoramento sobre o papel da mulher na sociedade algarvia, apontando cifras respeitantes a freguesias algarvias onde a participação feminina nas listas eleitorais de 2005 se situava em 8 por cento.

Elsa Cordeiro, vice-presidente da Câmara de Tavira, lembrou que “a falta de apoio à rectaguarda” é meio caminho para afastar as mulheres da política, para além da insistência na formulação de convites para “desistir» da participação na vida política.

Eis as mulheres algarvias a “sair da casca” onde elas próprias se encerraram e de onde os homens, mesmo escondendo-se atrás de palavras públicas, não as quereriam deixar sair.
..

36 comentários:

Anónimo disse...

o aumento da participação das mulheres na vida política e no exercício de cargos representativos não pode ser alcançado na base de decisões que constituem uma inaceitável ingerência na vida interna dos partidos e que apenas servem para ocultar, através de mecanismos administrativos e artificiais, as verdadeiras causas que estão na origem da persistente desigualdade no acesso e presença de mulheres em cargos políticos. A inteligência não tem sexo. E o bom povo português agradecia era uma lei a exigir a presença obrigatória de pelo menos um quarto de pessoas inteligentes nos partidos políticos eno cargos políticos em consequência, acrescento eu!!

Anónimo disse...

Este é um dos temas sempre apetecíveis de se falar, independentemente do momento e de quem o propuser para discussão.
Há na verdade estruturas do nosso país onde as mulheres ainda estão arredadas de participar como elementos de validade à sua representação social e uma delas é sem dúvida a Assembleia da República.
De há uns anos para cá, muito se alterou no que diz respeito à intervenção da mulher na sociedade.

Profissionalmente a mulher adquiriu um respeito e uma admiração sempre crescente, desde que por direito constitucional começou a ter as mesmas oportunidades que o seu parceiro de caminhada, tendo advindo daí a ocupação de lugares de destaque em toda a vida social, mas apesar de tudo isto os degraus da escadaria de S. Bento ainda são uma miragem para as mulheres portuguesas.

O pior que poderia acontecer à mulher portuguesa, foi atribuirem-lhe uma cota de preenchimento de lugares em S. Bento.

A sua participação na vida parlamentar portuguesa só pode ser conseguida por mérito, independência e por padrões de honestidade intelectual, mas nunca por qualquer tipo de vassalagem ou condescendência.

Anónimo disse...

Vamos ver se em Quarteira os partidos políticos da treta que aqui temos vão deixar que sejam as mulheres a concorrer à Junta.
Soa-se por aí que não vão nisso. Coragem teve a Gilberta que foi em frente contra ventos e marés.
Agora com Aleixos e Farias e Ezequieis ou com Botelhos e Mendes a mandarem nos partidos, só lá vão homena mesmo que sejam os mais incompetentes como Covas ou Ezequieis

Anónimo disse...

comentei algures, um dia, que mais do que estabelecer divisões ou diferenças entre "machos" e "fêmeas"... o que continua a fazer sentido para mim são os neurónios e o uso que se faz deles...

Anónimo disse...

Não podia concordar mais com esta crónica do Calçadão de Quarteira. Cotas para as mulheres? Como um favor que lhes fazem? Por favor!!!! Como mulher, sinto-me ofendida...

Vivam as mulheres como a Isabel Soares!

Anónimo disse...

Vivemos uma verdadeira "Ditadura Democrática" Seremos neste aspecto muito diferentes dos fundamentalistas? (Em sentido figurado claro está)
Um abraço

Anónimo disse...

Uma lista com a Hortensia e a Gilberta à cabeça ganhavam aqui tudo o que houvesse para ganhar.
Ontem estavam à conversa na pastelaria, que eu vi.
Força Mulheres de Quarteira!

Anónimo disse...

E porque raio havemos de reformar o Parlamento para que os deputados sejam competentes? O Parlamento não é, como tu dizes, representativo? Pois bem, que os competentes continuem a ser uma raridada e a incompetência reine, que é um pouco o espelho da população que representa!

(porra, o word verification anda chateado comigo! só me aparecem palavras com 10 letras!)

Anónimo disse...

Que a questão não é pacífica, é evidente. Eu comecei por não gostar, assim como não gosto das "descriminações positivas" em geral. Mas...
Esta é mesmo uma questão muito particular. E eu acho que devemos aprender com os outros. O facto é que os países onde a paridade está mais representada agora (os países nórdicos) começaram exactamente assim. É que para romper o status quo não era necessário que as mulheres se mostrassem competentes teriam de ser muito mais competentes!
Alguma coisa não anda bem.

Anónimo disse...

Concordo com o texto; não acho que resove-se discriminação discriminando... O Algarve tem muitas mulheres inteligentes

Anónimo disse...

Chegámos ao século XXI mas as cabeças dos homens continuam com os neurónios trocados.

Anónimo disse...

Lídia, as generalizações são perigosas.
No Kuwait há homens com neurónios de todos os tamanhos e provávelmente uns ordenados outros fora de ordem.
Para um país islâmico é já um avanço o que as mulheres kuwaitianas conseguiram. Pergunto, como era em Portugal há 90 anos ?.
Mania de repentista.

Anónimo disse...

Não percebi o que quer essa Marinela com as mulheres Kuaitianas...

Anónimo disse...

Desculpem, mas era uma conversa que tive com a Lídia onde falámos das 28 mulheres que, pela primeira vez puderam candidatar-se ao parlamento do Kuwait. Nenhuma foi eleita, mas já se puderam candidatar.
Foi um avanço.

Anónimo disse...

Será verdade que o PS vai propor para a JFQ o Víctor Aleixo e para a CML o Vairinhos?
Hó tempo, volta p'ra trás!...

Caiam na real! Deixem lá ir as mulheres e façam o que quizerem com a CML porque vão passar, de qualquer maneira de 3 para 2 veriadores!

Anónimo disse...

Sei lá…não tinha nascido “maribel dos passos”.
A verdade é que, nos dias de hoje, em Portugal, as mulheres continuam a casar na Igreja com a burka enfiada na cabeça. Afinal, o que é o véu que lhes tapa a cara? Pureza? Deixa-me rir.
Quanto à mania do repentismo..não é mania é feitio. Ainda bem “marinela”…para mim. Sou a favor das quotas em Portugal. Se as mulheres foram afastadas da política por via legislativa, têm todo o direito de regressar pelo mesmo caminho.
E já agora, a «dos passos» não deveria estar a estudar inglês?

Lourenço Anes disse...

Uma vez mais faço um apelo: por favor, nada de linguagem imprória ou de insultos pessoais.

Aos autores dos "mimos" demasiadamente evidentes que chegaram, de um jacto, a este blogue e que tive de apagar, peço contenção.

Mesmo coisas menos agradáveis podem ser ditas dentro dos limites do tolerável!

Os senhores a que se referem alguns desses comentários merecem, pelo menos, que se respeite a sua intimidade e bom nome.

Por favor...

Anónimo disse...

Mas o VAleixo tá tão sedento de poder q até passava de cavalo para burro? Será q o anónimo ali atráz não se referia ao V Faria? Toda a gente sabe que ele é uma pessoa querida em Quarteira, simpática e muito bem humorado…… E então quando pensa, até deita fumo... Esse é que era bom para o PS!

PODE SER ASSIM, SR. LOURENÇO? OU VAI APAGAR TAMBÉM ESTE?
OU É SÓ POR SEREM ATACADOS OS TIPOS DO PS?

Anónimo disse...

Também defendo quotas: tudo fifty-fifty. Sempre quero ver como eles se arranjam. Porque razão hão-de estar tantos homens a dormir na assembleia nacional?
Vai ser giro colorir aquilo….Bem sei que a menina ainda não tinha nascido, mas não pode ser inglória a revolta da Maria da Fonte. Viva a República. ( e não me mande estudar inglês, please! porque eu sei que as coisas são “step by step” e o humor inglês é uma bosta. Prefiro o português. Deles, dos ingleses, só gosto do fair play que é coisa essencial. Estamos entendidas, queriducha ?).

Anónimo disse...

Respondendo ao anónimo: Nem quero crer que os socialistas queiram perder novamente. Nem com Victores simpáticos nem esses outros…… Já o Ezequiel, o cantor, dá muita música mas na me convence... como não convenceu das outras vezes.
A mulher com a… originalidade q já tem....agora até já diz q é a 1ª dama de Quarteira imaginem só. De cabecinha em baixo, nem olha pa ninguém... Eu axo que depois de ler esta notícia do calçadao e dos comentários, eu axo que a mulher do Ezequiel é que devia candidatar-se. Viva as mulheres na política!

Anónimo disse...

Correspondendo ao (oportuno) apelo de Isabel Soares, e reconhecendo a fraca participação das mulheres na actividade partidária, coloco-me, desde já, à disposição para ajudar a preencher a quota legal de mulheres, seja lá onde for. Não sou esquista e qualquer lista me serve. Como sou muito modesta, não faço exigências prévias mas, obviamente, optarei pela proposta que considerar mais vantajosa (para mim). Dou preferência ao “nível nacional”.

Anónimo disse...

Sabendo que os nossos digníssimos representantes na politica nacional, sobretudo os da A.R. auferem um subsídio (bem superior ao ordenado mínimo nacional) ou A.C. independentemente do local de residência, mesmo que residam “alí ao lado”…
A mudança de sexo (desde que bem comparticipada e não efectiva tal como a residência) não é de descartar…..

Anónimo disse...

A minha posição é muito simples... a competência impõe-se pela competência e não de outra maneira. Não é impondo quotas de participação na vida política que se aumenta a competência, quaisquer que sejam os critérios: sexo, cor, idade, etc...

Anónimo disse...

É a primeira vez que venho a este teu espaço e para estreia sou confrontada com um tema que dá pano para mangas.

Uma coisa que aprendi na minha vida académica é que há, pelo menos, sete inteligências diferentes e tanto homens como mulheres têm acesso a todas elas.

Obviamente, que ambos os géneros têm diferentes apetências, mas nada impede a um homem ficar em casa a tratar da vida doméstica enquanto que a mulher vai para o escritório trabalhar para que haja o que comer em casa.

Sou totalmente a favor da mulher independente, com o seu trabalho e a sua realização pessoal. Já muitas vezes me perguntei por que há tão poucas mulheres na vida pública, mas é verdade que tenho conhecimento de muitos casos de mulheres que abdicaram da vida profissional em prol dos filhos e da casa. Acho que todas as mulheres sentem esse chamamento (chamemos-lhe assim) e algumas não lhe resistem :)

Anónimo disse...

Infelizmente, acho que grande maioria da humanidade não acredita nos potênciais da mulher, e esquecem-se que se não fosse o sexo feminino, com a ajuda do masculino não andava ninguém neste mundo... porque é que não lhes dão credibilidade para mostrar o que podem fazer pelo mundo... Voos doces

Anónimo disse...

concordo plenamente qd se referem à desigualdade provocada pela maternidade. Mas a oportunidade mesmo sendo dada aos dois, duvido que não fosse naturalmente escolhida pela mulher. Quanto às quotas sou contra. é uma forma de aceitação da descriminação. o que existe são cunhas para a justificação da incompetencia. e acrescento... Manuela Ferreira Leite é ainda a grande lider do PSD!!!

Anónimo disse...

Acho que o problema não é na vida pessoal moderna e mais urbana em que estamos inseridos, porque aí as mulheres são o que conquistaram, e são iguais aos homens, e são capazes de se imporem enquanto pessoas na relação a dois, porque os homens já não são aqueles monstros que chegam bêbados a casa e as agridem, ou que nada fazem para as ajudar nas lides domésticas, etc... mas ainda existe essa realidade nos meios rurais ou desfavorecidos.
Mas na vida profissional, aí sim, acho que as mulheres continuam a ter que ser três vezes melhores que os homens para terem o mesmo crédito, o mesmo salário e o mesmo poder. E é quando conseguem, porque a maternidade é, de facto, um travão às ambições da carreira seja ela profissional….. ou política, ou outra coisa qualquer.

Anónimo disse...

Este artigo é muito pertinente e uma autêntica "pedrada no charco" nesta realidade, onde muitos(e muitas)julgam que já se vive numa sociedade paritária. Para que isso efectivamente exista, parece-me adequada aquela definição de democracia (paritária) que diz (cito de memória)que só existirá verdadeira igualdade quando houver no poder (ou centros de decisão) tantas mulheres, em média, tão más, como há, actualmente, tantos homens, em média, tão maus.

Anónimo disse...

E já nao se fala no que interessa a Quarteira.
Toda a gente preocupada com as quotas das mulheres e quando alguem aki falou das listas de Quarteira para as autárquicas ninguem disse mais nada.
É ou não é verdade que há uma mulher que queria encabeçar a lista do PS para a Junta e os socialistas de Loulé não a querem e preferem perder de certeza com um homem a tentar ganhar com uma mulher?
Isso é que interessa aos Quarteirenses, não é mais nada.

Anónimo disse...

Quem é que disse que não quer? Que eu saiba, ainda não são os montanheiros que mandam na gente

Anónimo disse...

Epah! ixo é 1 presidenta meio deskascada!
É + gira kó seruka!

Anónimo disse...

Tão o q dizem de o PSD/Quarteira não arranjar mulheres que cheguem para o executivo da junta?
Vai ser lindo, vai pra cumprir as quotas

Anónimo disse...

Isto do poder não pode ser tudo fifty-fifty.
Então e os GAYS onde é que esses entram (nada de piadas, nem trocadilhos!).
Por isto acho que deveria ser 1/3 de Mulheres, 1/3 de Homens e 1/3 de Gays.

Anónimo disse...

Tão e as lésbicas? não tem lugar?

Anónimo disse...

Por favor, deixem a Gilberta e a Hortense irem na mesma lista. Assim só se gastava dinheiro uma vez... Na lista da "competência". LOOOLLLLL

Anónimo disse...

Mas a Hortense parece que já convidou a Gilberta para a lista dela.
Pelo menos é o que garantem lá para os lados da Nova Pastelaria Valenciana!
Informem-se.
Pela minha parte, não tenho dúvidas: vão, concerteza fazer melhor que o Zé dos Parafusos e se essa for a lista do PS será boa escolha. Mas ainda falta um ano e vamos lá a ver se o Filipe não se lembra de pregar outra vez a partida ao PS.