O simulacro, denominado «Algarve Sismar 10» será da responsabilidade da Comissão Distrital de Protecção Civil de Faro, e será acompanhado por uma equipa de observadores e avaliadores, que deverá apurar a eficácia e eficiência dos procedimentos previstos.
De acordo com a natureza do exercício, que não envolverá a mobilização de meios, a activação do exercício ocorrerá após informação difundida pelo Instituto de Meteorologia sobre a ocorrência de um sismo de magnitude 8.7 na escala de Richter, com epicentro na Falha de Gorringe, à semelhança do ocorrido em 1755.
No terreno serão então accionadas todas as componentes do Plano Especial de Emergência, com vista à organização da resposta ao nível distrital e municipal, através da direcção e coordenação Política, as diferentes estruturas de acção e de comando (Posto de Comando Distrital e 16 postos de comando municipais).
Ao sismo, cujo epicentro será localizado a oeste-noroeste e 228,6 km de Faro, seguir-se-ão vários eventos, como a vibração de terrenos, tsunamis e liquefacção de solos, que darão origem ao colapso de vários edifícios, pontes, viadutos, vias-férreas e rodoviárias, bem como cheias, incêndios e outros incidentes devastadores que, no seu conjunto, provocarão, para além de um elevado número de vítimas, avultados danos materiais e ambientais.
Calculados por um simulador de cenários sísmicos desenvolvido pela ANPC, os resultados deste terramoto virtual apontam para dois níveis de destruição na região algarvia em situação de um sismo de magnitude 8.7, designadamente no que diz respeito ao número de vítimas mortais, feridos ligeiros e graves, desalojados e natureza do tsunami a ocorrer na costa algarvia.
A possibilidade de avaliar com precisão o grau de destruição causado por um evento sísmico na região, nomeadamente calculando o seu impacto ao nível de um quarteirão, constitui a grande mais valia deste equipamento, já utilizado em regime de experimentação após o sismo registado no dia 17 de Dezembro de 2009.
Este primeiro teste – de um conjunto de acções planeadas - permitirá apurar a eventual necessidade de ajustamento das componentes do plano, tanto ao nível distrital como municipal, de forma a garantir que, em situação real de catástrofe, todos os meios operacionais sejam potenciados para responder aos danos provocados por um evento sísmico.
A partir de 2011, testes semelhantes terão uma periodicidade bienal .
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