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domingo, 21 de novembro de 2010

Eleições? Para quê?

quem vier atrás não fará melhor...que apagar a luz
Vamos lá ver se nos entendemos: o Governo PS está «tem-te, não caias»; muito mais pelo peso das medidas que está a aplicar para vencer a crise do que propriamente porque, lá no fundo, os portugueses pensem que, nas actuais circunstâncias, governa mal.

É quase um contra-senso, mas é assim mesmo; é isso que o demonstram nos inquéritos públicos: os portugueses querem as eleições porque estão chateados, porque não gostam da dureza das medidas que recaem sobre as suas parcas finanças, porque acham que o Sócrates é teimoso, porque o Governo umas vezes promete uma coisa e no dia seguinte já está a dizer o contrário, porque querem convencer-se de que Sócrates é o responsável único pela crise; enfim, querem as eleições porque gostariam de mudar.

Mas esses mesmos inquiridos não acreditam que, das eleições possa sair quem faça melhor. Disseram todas as sondagens.

Pronto. Sócrates está (quase) arrumado ou é mesmo um cadáver adiado até Abril.

Então, lá teremos outra vez eleições em Maio, depois de uma «bri-lhante» campanha de promessas, a «garantir» que os ensinamentos colhidos desta crise não irão transformar-se... nos erros do costume.

Depois, quando 2011 se revelar bem pior do que foi o ano que está quase a acabar, veremos, então, se as eleições que hoje todos dão como certas serviram para alguma coisa.

É certíssimo que delas não sairá governo de maioria: ou Sócrates vence os adversários e inimigos internos e externos e ganhará «por uma unha negra, ou Passos Coelho chegará onde Angelo Correia lhe garantiu «há séculos» que chegaria, e vence «à rasquinha». Ficamos na mesma: terá que haver coligações já que em Portugal se provou que ninguém é capaz (ou não o deixam) governar sem maioria.

Uma maioria com o partido de Coelho e Portas? Mas está tudo doido? Alguém acredita que o PS se não vai juntar ao coro de protestos e reivindicações, aos argumentos do Bloco, do PCP e dos sindicatos? Pode governar-se contra estes todos? E quem estiver à frente do Governo vai encontrar medidas diferentes daquelas com que o Governo actual nos está a aplicar? Se nos outros países não as encontraram...

Só deixo dois exemplos (esquecendo a Grécia, que já é caso perdido): a Irlanda decidiu ontem (ou o FMI por ela) despedir 20 mil funcionários públicos. A Inglaterra começou já há algumas semanas, a despedir 500 mil funcionários.

O que nos estará reservado não é difícil prever. Passos Coelho disse ontem que isto chegou a um ponto em que “só é possível melhorar”. Engana-se. Ainda será possível piorar. Com um Governo José Sócrates, com um Governo Passos Coelho... ou com um Governo FMI.
*

6 comentários:

Anónimo disse...

Caro Lourenço,

Há uma coisa que eu não percebo no seu post. Então o PCP e o Bloco não fazem parte da democracia portuguesa? Não contam para o jogo democrático? É isso? Pois eu penso o contrário do ponto de vista que aqui manifesta. Penso que isso a que se chama "a solução" vai sair, mais dia ou menos dia, da democracia. Seja ela de direita ou de esquerda. É a democracia a saída.

Cumprimentos e boa semana!
Continuação de boas postagens.

João Martins

Lourenço Anes disse...

Entendeu-me mal, meu caro João Martins.

O que eu digo é que nem PSD nem PS têm a solução. Mas, por enquanto, o povo português insiste em que apenas estes podem ser solução.

Claro que o BE e o PCP fazem parte do espectro democrático português.
Mas, por enquanto, eles fazem parte também do universo da Utopia - o ideal que guiou toda a geração a que pertenço. A Utopia é uma escola e, como todas as escolas, os seus efeitos tardam anos a fazer-se sentir.

Claro que a Democracia será a saída. Até porque o mundo actual não permitirá outra solução que não essa.

Agora... quanto tempo demoraremos a alcançar essa tal saída?

É o contrário deste meu ponto de vista aquilo com que não concorda?!

Tentei ser pragmático (não pessimista, mas apenas realista) ao (tentar?) exprimir a opinião de que a mudança para um eventual próximo governo PSD... irá deixar tudo na mesma.

E ninguém me irá convencer do contrário.

Cumprimentos e boa semana para si também

L. Anes

Anónimo disse...

Um governo do P.Coelho será sempre pior que o de Sócrates e iria deziludir de vez os eleitores porque não seriam capazes. ninguém é, de recuperar o pais

Anónimo disse...

É só para dizer que concordemos ou discordemos, o Calçadão é de um enriquecimento extraordinário em relação á imprensa local.

Abraço
João Martins

Anónimo disse...

A imprensa local é rica? É só relatos de futebol para inglês ver. Vão milhares de €€ para esses clubes.
Qualquer noticia fresca de interesse é sempre bom.

Anónimo disse...

Tens razão. São iguais e então vamos a eleições para quê?
O Passos oelho é melhor que o José Sócrates? Não pensem nisso.
Tudo a mesma m...-.