Em entrevista à agência Lusa, Francisco Amaral disse que não concorda com a lei que impede os autarcas de fazerem um quarto mandato consecutivo e, por isso, a alternativa pode ser candidatar-se na segunda posição para continuar a dirigir aquela autarquia algarvia.
“Tenho sido aliciado de duas maneiras. Uma delas é concorrer a dois concelhos vizinhos - Castro Marim e Mértola - e a outra é concorrer às próximas autárquicas em segundo lugar na lista à Câmara de Alcoutim, porque há essa possibilidade legal”, afirmou o autarca eleito pelo PSD.
Questionado sobre se ao apresentar-se em segundo lugar na lista não corre o risco de ser acusado de continuar a liderar a Câmara de Alcoutim na retaguarda, Amaral respondeu: “No fundo é isso”.
“A limitação de mandatos deve ser feita naturalmente pelas pessoas. Temos o caso de Monchique, em que um dia as pessoas fartaram-se do autarca Carlos Tuta e mandaram-no embora; mas foi o povo. Agora serem os senhores deputados a dizerem quem concorre à câmara A, B C ou D, isso não concordo”, lamentou autarca, questionando porque é que também não há limites de mandatos para os deputados no Parlamento, e frisou que há parla-mentares na Assembleia da República desde o 25 de abril de 1974, dando como exemplo o actual presidente, o socialista Jaime Gama.
“Ir em segundo é uma hipótese viável para contornar a limitação de mandatos”, reiterou, admitindo que isso pode valer-lhe críticas até do seu partido, que participou na “vergonha” de aprovar a lei de limitação de mandatos dos autarcas.
Numa coisa, pelo menos, Amaral tem razão: os deputados limitam os mandatos dos outros mas eles podem ser «eternos»?
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2 comentários:
Num povo de vigaristas, até um médico sério é capaz de espreitar uma habilidade para fintar a lei!
E o pais que temos. São os políticos que temos. É a mentalidade que temos.
Pelo menos sempre é mais correto do que o Seruca ter feito um hospital com o dinheiro da mesircordia e agora diz o povo que é para ele ir para diretor !
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