Uma nota da Câmara Municipal informa que vai contratar, por ajuste directo, o projecto de execução para a requalificação da Zona Costeira de Quarteira-Vilamoura.
A empresa escolhida é a PROAP – Estudos e Projectos de Arquitectu-ra Paisagista, Ldª., que tinha sido a vencedora o Concurso Público de Ideias lançado em 2007, que tinha o objectivo de seleccionar as melhores propostas de ideias, como estudo prévio, para a reconver-são/requalificação urbanística para esta área da cidade de Quarteira, numa intervenção feita em 17,7 hectares.
As condicionantes determinavam, para além da criação do mercado municipal e dum estacionamento subterrâneo, a criação de um passeio marginal entre o Largo das Cortes Reais e Vilamoura e a resolução do problema da Vala Real.
A PROAP venceu o desafio entre os cinco concorrentes que responderam ao desafio da autarquia e concorreram sob anonimato.
Segundo a nota da Câmara de Loulé, posteriormente foi desenvolvi-do um conjunto de acções para criar as condições necessárias para adjudicar o projecto de requalificação urbanística à equipa vencedora, tendo sido equacionadas soluções para a Vala Real e realizadas reuniões com as entidades com jurisdição nesta matéria e com os promotores do empreendimento localizado a norte da vala.
A proposta que vai ser desenvolvida considera que o Mercado Muni-cipal será a âncora do projecto (assinalado em ambas as imagens com ‘1’) e que será também, segundo a nota da autarquia, a “char-neira entre as duas frentes marítimas – Quarteira e Vilamoura”.
Este mercado, segundo a referida nota, seguirá “a linha dos merca-dos contemporâneos, à semelhança do que acontece em cidades como Barcelona, onde estas são estruturas cada vez mais flexíveis e que albergam outras actividades para além do mercado típico”.
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Assim, o mercado, com uma “tipologia de mercado mediterrânico, composto por pátios, criando um espaço público por excelência”, poderá acolher livrarias, restaurantes e albergar programas de animação.
A autarquia adianta ainda que das “duas frentes marítimas – Quarteira e Vilamoura […] na frente de Vilamoura, há um contacto mais próximo com a natureza e com a própria praia […] e a vegetação existente na praia será reorganizada e as dunas recriadas”.
A criação de instalações para o Clube Náutico, um café e um bar estarão entre as pequenas estruturas de acesso e serviços à própria praia.
A nota nada refere sobre o terreno «roubado» pelo actual Hotel Crowne Plaza (assinalado pelo desenho com ‘2’) que não vem assinalado na planta fornecida pela CML, nem sobre os pretensos apoios de praia patrocinados pela Marina de Vilamoura – também não assinalados.
A adjudicação para a realização deste estudo prévio terá um custo de 181.531,00€ acrescido de IVA.
O projecto descrito parece uma proposta razoável. Mas este tipo de obras nunca se desenvolve com uma velocidade directamente correspondente à necessidade e anseio das populações.
Oxalá que este «estudo prévio» corra melhor para os quarteirenses que a promessa do Centro Cultural…
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8 comentários:
Uma boa noticia para os quarteirenses e seus visitantes. Esperamos que, para além do estudo prévio, a obra se concretize porque, para além das piscinas municipais, nenhuma obra de relevo se tem concretizado, como é o caso do centro culrural, bombeiros, vias até à fonte santa, etc. etc.
Mas tenhamos esperança e que o executivo camarário não nos desiluda. Seruca Emidio, por força da lei, deixará o lugar dentro de três anos e seria bom que deixasse ligado à sua gestão autárquica algo de mais substantivo na freguesia e cidade de Quarteira como vai deixar na cidade de Loulé.
Um bom ano novo para todos.
Vamos lá ver se eu entendo ou então preciso que me expliquem como se deu fosse muito burro:
O futuro (??) mercado é aquilo quer está marcado a amarelo com o numero 1. É isso?
Diz a CML que o mercado é a charneira entre as duas (!!!!) zonas.
Bom, que eu saiba e os dicionários que conheço também, uma charneira é uma peça que serve para unir duas peças.
Mas esse suposto mercado, se é aí não une nada. É uma espécie de tampão entre as duas áreas. Ou seja, para nascente é Quarteira, a plebeia, a eterna «aldeia de pescadores», zona de trabalho… dou outro lado é a zona nobre, de Vilamoura. Nada dde misturas. O mercado está aí a unir artificialmente o que deveria ser uma zona nobre e única!
Quem é o crânio que acha que essa massa de construção, implantada mesmo no local onde poderia haver uma zona aberta, de união é uma charneira??
Que gente é esta a quem Quarteira está entregue?
Queremos o mercado a mais 100 metros para o lado de Vilamoura!
Mais vaia fazerem ali um muro, como o que derrubaram em Berlim ou como os que fizeram há volta das favelas no Rio de Janeiro!
Que ideia tão estúpida!
E essa de fazer um estacionamento subterrâneo ali... deve ficar barato, deve!
Quem nunca lá vai meter o meu Mazda é cá o meco!
Então não tinham ali espaço suficiente para fazer noutro sítio?
Eles não fazem o mercado do peixe lá mais para diante porque assim ficava à frente dos hotéis e urbanização que o doutor de Loulé já decidiu que vao ser feitos do outro lado da vala real.
Pelo vi do projecto, pareceu-me que esta nova zona (para lá do novo mercado) será a ligação dos hotéis (a construir na quinta do Romão) à praia e mar. Ou seja o desenvolvimento desta área nada tem que ver com ligação de Quarteira a Vilamoura, Quarteira ficará limitada pelo mercado.
Estaremos cá para ver, porque para outra coisa qualquer não temos hipóteses.
Há anos que tenho a esperança de que o mercado municipal de Quarteira viesse a integrar o museu da pesca ou do mar,mas parece que não vai ser desta,quanto ao resto "vamos a ver" como diria o cego.Um recado para o DR,Seruca,é bom que se apresse porque o tempo vai sendo curto para cumprir as promessas que tem feito à população de Quarteira.
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