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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Os abutres

quando a falta de decoro raia a insensibilidade
Hélder Spínola, um dirigente nacional da Quercus, afirmou ontem à Lusa, que o caos provocado pelas fortes chuvas na Madeira é também-consequência dos inúmeros erros de ocupação do território” que se têm vindo a cometer na ilha, ao longo dos anos.

Pela primeira vez, sou forçado a dar razão a Alberto João Jardim, quando afirma que essa entrevista foi miserável.

Com os madeirenses a lutarem pela vida, veio um qualquer imbecil falar «de cátedra», sobre ordenamento do território.

Não ouvimos uma palavra de lástima. Apenas críticas de condena-ção – o que significa um desprezo absoluto pelas vítimas, em troca dos 30 segundos de «fama».

Como um abutre, à criatura só importou colher vantagem da desgraça alheia

Este é o nosso único comentário: para além de abutre… um abutre pode ser imbecil!

9 comentários:

Anónimo disse...

Nao ha sistema de drenagem ou ordenamento de teritorio que consiga suster aquela quanitdade de agua.

Anónimo disse...

Os sistemas de drenagem sao dimensionados para escoar ou drenar caudais para periodos de retorno na ordem dos 30 anos seguindo os regulamentos tecnicos e a legislacao pertinente a nivel Europeu. O que aconteceu foi que o caudal gerado por este fenomeno (180 litros / m2 numa hora) muito dificilmente poderia ser drenado por um sistema concebido de acordo com esses regulamentos. Ha sempre erros de planeamento e obstrucoes a leitos de cheia etc. mas o efeito que isso teve neste caso eh minimo. 180 litros / m2 na Madeira, nos Acores no Continente ou na China iam causar uma catastrofe porque ninguem dimensiona sistemas de drenagem a contar com uma coisa destas.

P.

Garção Teles disse...

Nestas situações,e de uma forma geral,o responsavel é sempre o tempo,as condições meteriologicas,etc,etc, mas será assim.? Todos sabemos que não! .Não há é "tomates" para se apontar o dedo aos verdadeiros responsaveis (compadres)e pedir---pedir não,!! -E X I G I R -lhes responsabilidades.

Eduardo Pires disse...

Muito do que aconteceu tinha sido anunciado! Deixemos isso para depois... Por agora, pensemos o que fazer... Para remediar um pouco do que foi feito... A ideia principal tem de ser a libertação das linhas de água; ribeiras e ribeiros! Não escondam as ribeiras nem os ribeiros... Foz da Ribeira de S. João: A ribeira tem de ficar descoberta! Rebentemos com tudo o que cobre a ribeira e estude-se a melor maneira de substituir a Rotunda do Infante. Foz das Ribeiras de Santa Luzia e de João Gomes: Destrua-se as pontes da Praça da Autonomia e a própria Praça... Na foz das três Ribeiras referidas, construam-se pontes mais elevadas (em arco) devidamente enquadradas na paisagem (difícil, mas...).... A Avenida do Mar tem de permitir o escoamento da água das Ribeiras...

Angel disse...

Daqui a 100 anos, se o caos urbanistico continuar....vão continuar a acontecer tragédias como esta!!! Essa, é que a verdade nua e crua que os dirigentes Madeirense, não querem ouvir.

Anónimo disse...

Alberto João Jardim fez questão de repetir por duas vezes que, «se não fosse a canalização que se fez às ribeiras do Funchal, posso garantir que a baixa do Funchal tinha hoje desaparecido». Neste âmbito, considerou ainda «miserável que a televisão tenha posto já a falar um miserável conhecido pelas suas ideias, (que esgrimiu contra a própria Madeira os seus traumatismos recalcados )que se aproveitou disto para vir falar do ordenamento do território e dizer disparates para os quais não tem qualquer preparação académica para se pronunciar

Anónimo disse...

Na verdade não há nada naquilo que aconteceu ontem que fosse imprevisível ou inesperado. Sabe-se que os fenómenos extremos são mais raros mas acontecem inevitavelmente (e segundo os modelos climáticos, acontecerão cada vez mais). Sabe-se - e isto hoje aprende-se até já no 11º ano, que quando impermeabilizamos os solos com alcatrão, calçada e prédios, quando canalizamos as linhas de água de forma adequada mas às dimensões que elas apresentam "normalmente", quando achamos normal e desejável construir nos vales bem perto das mesmas e até procuramos os chamados "leitos de cheia" para construir, estamos a jogar roleta russa. Qualquer aluno de biologia e geologia mais atento saberia prever estas consequências - visíveis agora nas TVs fazendo uma visita ao funchal ou ribeira brava. O mesmo se aplica à nossa relação com os sismos. Vivemos numa região de alto risco sísmico. Sabemos que vai haver um sismo aqui, extremo, só não podemos saber quando. Apesar disso, estamos preparados? Sabemos o que fazer? Questionamos se as nossas habitações estão construidas a pensar num sismo? Há fiscalização para fazer cumprir a lei? O resultado é bem previsível, não concordam????

Ordm A. disse...

Apurar causas para alem da chuva
é simples. Basta cumprir a lei. É verificar quais as construções que não cumpriam a lei, quem as autorizou e porquê. Se havia depósitos de terras em zonas proibidas como também já se falou, verificar-se porquê e de quem é a culpa. Em seguida fazer a justiça funcionar e castigar os responsáveis-não pela totalidade da desgraça-mas pelo aumento das suas consequencias. No Norte da Europa é assim que acontece e não há prevaricação. Aqui, em África e na América Latina é a porcaria que conhecemos.

Anónimo disse...

O problema foram as montanhas que se romperam e as estradas que se fizeram na Madeira sem que se fizesse ribeiras adequadas para o escoamento da água! É certo que é sempre difícil prever que em tão pouco tempo caía tanta quantidade de água, mas se as ribeiras estivessem feitas em condições e limpas, pelo menos o impacto teria sido muito menor. Infelizmente é com erros que se aprende e por vezes sai muito caro...