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domingo, 22 de agosto de 2010

Sócrates responde ao ultimato do PSD

trocar orçamento pela revisão constitucional, não!
O fim de férias no Norte deu para um desviozinho, no regresso, por Mangualde. Valia a pena esperar pela resposta de Sócrates ao ultimato de Passos Coelho.

Sinceramente, gostei: "Se há para aí alguém no PSD que pensou que podia fazer uma negociação com o Partido Socialista trocando a revisão constitucional por qualquer apoio para um qualquer Orçamento do Estado, desengane-se, porque nós não trocamos o Serviço Nacional de Saúde, nem o sistema público de educação, nem a liberalização dos despedimentos por nenhum apoio, por mais importante que ele seja" – foi a resposta do secretário-geral do PS; uma resposta que terá tranquilizado os socialistas e, creio mesmo, terá tranquilizado a grande maioria dos portugueses.

Numa sessão política que abriu com um vídeo com imagens de Sócrates e música de Roy Orbison - «You got it» -, Sócrates mencionou os mais recentes indicadores económicos que apontam que o país já conseguiu recuperação económica no primeiro semestre e estancar os números do desemprego, O primeiro ministro pretendeu dar “uma palavra de confiança a Portugal”.

“qualquer coisa que queiras, tu consegues”

Sócrates falou das prioridades governativas (controlo das contas públicas e modernização do país) e apresentou críticas ao projecto de revisão constitucional do PSD, enquanto foi dizendo que Passos Coelho veio com “ameaças de crise” com o único objectivo de fazer esquecer o projecto" que não resistiu a “três semanas de debate político e à primeira sondagem”.

Sócrates marcou pontos quando criticou a proposta de, na revisão constitucional, o PSD querer acabar com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) para todos. E disse: “É extraordinário que enquanto o presidente dos Estados Unidos da América faz uma reforma para criar um serviço nacional de saúde, haja aqui uma força política com uma proposta do passado”, pois o PSD quer um serviço “apenas para os mais desfavorecidos em que os outros recorrem a serviços mais sofisticados no sector privado da saúde”.

Atacou depois a proposta do PSD de possibilitar o despedimento “de forma injusta, desde que haja uma razão atendível”; a proposta de “acabar com a escola pública” e o fim da progressão dos impostos e provocarem injustiças.

A proposta pretende eliminar o artigo 104 da nossa Constituição, que prevê que os que mais ganhem paguem mais impostos e os que menos ganham paguem menos. É assim que se constrói a justiça fiscal”.

“Onde está o país das maravilhas que Sócrates descreve?”

Já no regresso, deu para ouvir no carro, a reacção do PSD: Paula Teixeira da Cruz veio, muito zangada, dizer que o PSD “não está disponível para a irresponsabilidade de estagnar a economia portuguesa”, apontando como exemplos, “acabar com as deduções fiscais na educação e saúde no próximo Orçamento do Estado”.

E, numa espécie de contra-ataque mas noutro jogo, falou dos números das listas de espera, da falta de médicos de família e do encerramento de escolas, de perguntou: “Onde está o país das maravilhas que Sócrates descreve?”.

É isso: todos os responsáveis políticos parecem iguais: fala-se em alhos e respondem em bugalhos.

Deveria ter comparado as «irresponsabilidades»: qual é a maior? - dar uma palavra de confiança a Portugal, como Sócrates tenta fazer, ou ameaçar com ultimatos um Governo, num momento de crise particularmente difícil?
..

16 comentários:

Anónimo disse...

Caro José Carlos,

Com o devido respeito. Dar uma palavra de confiança apresentando um país que não existe?

Tudo se torna mais suportável quando a política e os politicos actuais estão de férias. Quem sabe o PS não governaria ad eternum?

Cumprimentos
João Martins

José Carlos disse...

Caro Amigo:

Até quando a gente sabe que não há remédio, damos uma palavra de esperança a quem vamos dar os pêsames, sabendo que quem parte não tem regresso...
Uma palavra piedosa é sempre melhor (penso eu) que qualquer palavra amarga. Eu prefiro a primeira.
Socialista por convicção, garanto-lhe que não quereria um PS a governar ab eternum: mas uma coisa é certa: muito menos quereria o PSD.
Mas cada um é livre nas suas preferências...
Será que o João Martins pensa que o PSD faria melhor?
Por mim, as esperanças em melhorias são poucas. Com o PSD seriam nenhumas.

Cumprimentos
José Carlos S.

Anónimo disse...

Olá novamente caro José Carlos,

O amigo tem razão. E é por isso que com os políticos em férias tudo se torna mais suportável. E eu até sou daqueles que acha que eles são imprescindíveis.

Continuação de boa escrita aqui no Calçadão.

Abraço
João Martins

Anónimo disse...

Este tipo está esquizofrénico.Ninguém do bando o controla?

Saturnino disse...

Calma!
Aguentai laranjas. A procissão ainda vai no adro!

João, Lisboa, Portugal disse...

Mas será que alguem ainda pensa arriscar em colocar portugal nas mãos de ppc?? existem certamente outros brinquedos! este menino já demonstrou a defender a telefónica em espanha (e os mercados) e aquela aberração de reforma de constituição (que nem 2/3 do psd consegue aceitação) o que é capaz na defesa de interesses de grupos económicos e na destruição de Portugal

Anónimo disse...

Tão indigno e aldrabão é o Pinócrates como o Fata com Roas.

Anónimo disse...

Oi, Zé Carlos, o Sócrates deveria ter usado uma música, que para além de ser de um grupo português, está mais de acordo com a ocasião "Quando as Palavras" dos Mesa - refrão "Quando as palavras não dizem o que somos" "Gastamos em tinta o que prometemos em sonhos"...

Aurélia

Anónimo disse...

Temos um PR, fraquinho, sem coragem "medricas" ou...tudo fazendo para segurar o "tacho" ? Se fosse o contrário, já teria demitido Sócrates, por ser desonesto para com o povo...e não só ! É o principal culpado pela grave crise que atravessamos !

A. A. F. disse...

Este discurso é de uma incoerência, por um lado o PSD criou o fantasmas do chumbo do Orçamento para fazer esquecer a sua proposta de revisão da constituição e por outro lado quer trocar “a revisão constitucional por qualquer apoio para um qualquer Orçamento do Estado”. Acusa o PSD de querer um SNS “apenas para os mais desfavorecidos em que os outros recorrem a serviços mais sofisticados no sector privado da saúde” e louva Obama (que é tão socialista como .... Sócrates) por ter criado um SNS para os mais desfavorecidos....
Tirando a música nao se safa nada da festa.

Lino disse...

Apostaram no Freeport não deu, apostaram na TVI (comichão sem ética) não deu. Agora queria que o PR lhe desse uma ajuda. O problema é que as pessoas já começaram a topar que é mais mania que competência.

Anónimo disse...

Mais uma vez para disfarçar o Zé fala da constituição e esquece-se do que "roupou" aos reformados, o meu caso. Seria bom ver-se quanto o governo "poupou" com o PEC.......... 900 automóveis novos!!!!!!!!!!!!!!!.

Fausto Figueiredo, Lagoa disse...

Mais uma vez os apoiantes do psd-ppcoelho se escondem no anonimato para desferir os seus ataques ordinários ao Sec. Geral do PS, vencedor das eleições e como tal PM de Portugal.Quem teve a oportunidade de ter lido hoje o Expresso, vê quem está por trás do ppcoelho, o tio ângelo...com este é preciso cuidado...Muito Cuidado!...e percebe-se o gosto do ppcoelho de ir atacar Portugal em Espanha...são favores que se têm que pagar pelos "lobistas"...ora agora dou-te eu ora agora pagas tu!

Anónimo disse...

O PS só "troca-tintas".

Anónimo disse...

Lá estava ele de dedo espetado e a berrar...mas quem é que alguma vez conseguiu ouvir este homem? Haja paciência.

Anónimo disse...

Os ilusionistas em Portugal estão muito preocupados com o futuro.
Quando o Dr Socrates sair do governo vai abraçar esta profissão que tanto treina no governo português.