Apelo ao bom senso… quando convém

solidariedade com trabalhadores e... com jardim

Mendes Bota, há dois ou três dias, manifestou-se "solidário" com o grupo parlamentar do PSD, que votou a favor da revisão das Lei das Finanças Regionais, dizendo esperar "reciprocidade" para "repor justiça" nas verbas do PIDDAC para a região – ou seja: se há dinheiro para Jardim, queremos também para o Algarve; isto é solidariedade.

Ou seja: sejamos solidários… reciprocamente. Se não há dinheiro, isso não interessa nada: venha o nosso!
Pois, em comunicado de hoje, o líder da distrital do Partido Social Democrata veio hoje também manifestar a sua “solidariedade para com os trabalhadores, a administração, os clientes e os fornecedores” da Alicoop, para evitar a falência deste grupo económico algarvio.

É uma atitude normal, já que o que está em causa é o emprego de mais de meio milhar de trabalhadores da empresa.

Por isso, Bota entende ser “de difícil compreensão a posição da Caixa Geral de Depósitos, a maior instituição financeira de Portugal, a qual, pelo seu carácter público, deveria ser o braço armado do governo para intervir em apoio das pequenas e médias empresas”.

É por essa razão que Mendes Bota apela à “razoabilidade e bom senso que caracterizam a cúpula da Caixa Geral de Depósitos, para que evite associar o nome da instituição a uma malfeitoria de grande impacto social no Algarve, e aos Ministros da Economia e das Finanças para que exerçam a sua magistratura de influência”.

É curioso, porém, que Bota apele ao “bom senso” da Caixa Geral de Depósitos.

É que nunca o ouvimos apelar ao bom senso do Sr. Silva que com os seus delírios desmedidos e faraónicos, e com a «cobertura moral» da… autarquia de Silves, conduziram ao descalabro dos supermercados Alisuper e das empresas associadas.