O telemóvel do autarca

romper ou unir no algarve e... em loulé

Queixava-se ontem Aguiar Branco de não conseguir falar com «cer-tos» autarcas algarvios porque parece que uma epidemia atacou em força os telemóveis da região, deixando muitos sem bateria.

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Do mesmo não podia queixar-se Paulo Rangel cuja bateria do telemó-vel parece inesgotável. Rangel, durante todo o fim-de-semana já falou com todos os presidentes de câmara sociais-democratas algarvios.

Seruca Emídio parece já ter «escolhido o campo», antes de ficar sem bateria…

Mendes Bota anda um tanto perdido, depois de ter comprovado que Rangel não é apoiante incondicional de uma regionalização imediata e, em privado, terá mesmo manifestado o seu desagrado pelas escolhas de alguns autarcas do Algarve.

E, por falar em «desagrado»: Luís Soromenho Gomes foi já motivo para um certo torvelinho à sua volta, e Amaral, resguardado nas muralhas do castelo de Alcoutim, parece que se ri a bandeiras despregadas com o que se passa no laranjal algarvio.

Vai haver grandes surpresas na região. Mas não surpreenderá que, tanto quanto é possível conhecer-se já, se venham mesmo a saber, nos próximos dias, de cortes de relações pessoais, a reflectirem as divisões a nível do universo laranja nacional, já evidentes nos mais «conservadores», ou seja, entre os que gostam de «ruptura – ou rotura, como quiserem» e os que pretendem «unir».

Já os que preferem «mudança» começam a esfregar as mãos. E é importante que se diga: estão entre os mais jovens, os que garantirão os destinos das gerações seguintes.