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segunda-feira, 24 de maio de 2010

“A falta de liderança do Algarve”

ou os diagnósticos e a (falta de) terapêutica
Imagem: «Conferência de líderes» (autor desconhecido)
No jantar ontem realizado no Governo Civil de Faro, pelo grupo da Comissão Parlamentar de Assuntos Económicos, Inovação e Energia, coordenada por Miguel Freitas, para discutir o desenvolvimento regional do Algarve, reuniram-se autarcas, empresários e deputados do PS, PSD e BE eleitos na Região.

Freitas afirmou que “há que alterar o modelo económico” e para tal, sugeriu: a criação de uma Autoridade Regional de Transportes, uma política social de habitação de âmbito regional e descentralização de competências.

E, no entanto, afirmou também que o que pretende é “ouvir propostas concretas e não diagnósticos”.

Mas o que mais se ouviu foram diagnósticos que, com alguma vacuidade, não responderão eficazmente ao “problema social gravíssimo, face ao desemprego”.

João Soares, céptico e pragmático, jogou forte: “de Lisboa não virá nunca a resolução dos problemas (da região), nem neste Governo, nem noutro que possa surgir já para o ano, eventualmente”.

E, perante o desconforto de muitos, denunciou uma indesmentível realidade, a falta de resolução dos problemas deve-se “à falta de liderança do Algarve”.

Soares terá sido cruel, sobretudo para os que vêm na regionalização todas as soluções para os problemas algarvios (ou para outros problemas menos confessáveis - como alguns murmuram).
João Soares não acredita que esteja na intenção de qualquer Governo fazer essa regionalização e disse: “Em Portugal não há uma reforma administrativa desde Mouzinho de Albuquerque”.

Houve quem não gostasse. Houve também sorrisos cúmplices e olhadelas de soslaio para Macário e Freitas.

Quanto às tais “propostas concretas e não diagnósticos”, surgiram algumas – umas mais consistentes e outras perturbantemente indefinidas, inócuas ou improváveis.

Assim, durante o jantar, foram aventadas as seguintes sugestões/propostas: criar o Fundo de Desenvolvimento Regional e Ambiental; trabalhar numa escala supramunicipal, regional, com estruturas permanentes de cooperação; praticar a transversalidade de políticas; e criar a Lei das Finanças Regionais.

Novidades? Talvez nem por isso…
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1 comentário:

Anónimo disse...

Outra vez essa da Autoridade Regional de Transportes????
Isso foi ideia do Macário, não foi????
Realmente, estes tipos todos não passam de esqueletos. Só que deviam estar metidos em armários e fechados a 7 chaves!