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sábado, 22 de maio de 2010

SMS ao Sócrates que temos dentro de nós

quando chegamos a ayamonte
O «portunhol» de Sócrates perante a plateia de homens de negócios espanhóis foi uma nota de humor na aridez do mundo dos negócios, um borrão negro numa aguarela de Malhoa, ou um episódio pícaro que nos envergonhou e humilhou a língua portuguesa?

Depende do nosso ponto de vista, sempre mais prontos a criticar as escorregadelas dos outros do que a olharmos simplesmente para o cidadão que o espelho nos reflecte.

Certo é que, se nos lembrarmos daquilo que nós próprios fazemos mal transpomos a ponte do Guadiana e pisamos «la tierra de nuestros hermanos», talvez encaremos a atitude do nosso primeiro ministro menos como um grito de corvo numa sinfonia de Sibelius, mas a apreciemos mais como uma papoila vermelha isolada, na monotonia do verde de uma seara alentejana.

Consolemo-nos: o problema não é novo...

“… Eu tive uma admirável tia que falava unicamente o português (ou antes o minhoto) e que percorreu toda a Europa com desafogo e conforto. Essa senhora, risonha mas dispéptica, comia simplesmente ovos - que só conhecia e só compreendia sob o seu nome nacional e vernáculo de «ovos». Para ela huevos, oeufs, eggs, das ei, eram sons da Natureza bruta, pouco diferençáveis do coaxar das rãs, ou dum estalar de madeira. Pois quando em Londres, em Berlim, em Paris, em Moscovo, desejava os seus ovos — esta expedita senhora reclamava o fâmulo do Hotel, cravava nele os olhos agudos e bem explicados, agachava-se gravemente sobre o tapete, imitava com o rebolar lento das saias tufadas uma galinha no choco, e gritava qui-qui-ri-qui! có-có-riqui! có-ró-có-có. Nunca, em cidade ou religião inteligente do Universo, minha tia deixou de comer os seus ovos - e superiormente frescos!"

EÇA DE QUEIROZ, in «Cartas de Fradique Mendes»
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3 comentários:

Anónimo disse...

Por favor não misturem alhos com bugalhos. Eça é o Eça, Sócrates quem é?... e quem será?

Rogério disse...

Esse comentador anónimo deve ser de Quarteira, tamanha é a burrice do que diz. Vê-se que não percebeu uma palavrinha!

Anónimo disse...

Sr. Rogério, para que a sua inteligência fique em paz, não sou de Quarteira, nem de Loulé, nem do monte. Se não entendi patavina, era sua obrigação como bom cidadão, e sendo um ser inteligente, devia ter-me elucidado para ver se consigo chegar onde você chegou, só lhe ficava bem. Falo Português mas sou um cidadão do Mundo, não sou é macaco de imitação. Faça-me um favor, não ofenda o bom Povo de Quarteira. Passe bem.