mudanças para ficar tudo na mesma?
João Faria, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, deu uma entrevista à Lusa, falando do famigerado PROTAL.
Desenganem-se aqueles – leigos como nós – que pensam que aquele responsável esclareceu alguma coisa. Nem por isso!
Disse, por exemplo, que “a área edificada ou com autorizações já concedidas na faixa dos 500 metros só deixava 1,3 por cento do território livre de construção” Isto parece querer dizer que isso era… antes do PROTAL.
Tal significa que o PROTAL vai retirar essa trapalhice dos “direitos adquiridos”? Não sei. O que o nosso homem disse, sobre isso foi que "isto quer dizer que, mesmo sem o PROTAL, a área livre nessa faixa já era percentualmente desprezível".
Deixou de ser desprezível? Vão retirar as licenças já concedidas para construções a menos de meio quilómetro da linha de costa?
Vá-se lá saber! O que foi assegurado foi que o novo PROTAL, já em vigor desde o princípio de Agosto, “é susceptível de eventuais aperfeiçoamentos, a propor pelo observatório constituído por várias entidades regionais” com esse fim.
Perceberam? Claro, para bom entendedor… O PROTAL pode ter mudado tudo… para ficar tudo na mesma: sujeito aos interesses discricionários…
Quando é que os políticos portugueses deixam de falar sem ambiguidades, por forma a serem entendidos pelos restantes mortais?
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