idílio
Sinto que, ás vezes, choras, minha Irmã,No teu sombrio quarto recolhida...
É que ele vem rompendo a sombra vã
Da Morte, e lhe aparece á luz da vida!
E aflita, como choras, minha Irmã...
Teu choro é tua voz emudecida,
Ante a imagem do Filho, essa Manhã
Em profunda saudade amanhecida.
Silencio! Não palpites, coração;
Nem canto de ave ou mística oração
Um tal idílio venham perturbar!
Deixai o Filho amado e a Mãe saudosa:
O Filho a rir, de face carinhosa,
E a Mãe, tão triste e pálida, a chorar...
Teixeira de Pascoaes, in 'Elegias'
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