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sábado, 18 de junho de 2011

Está em risco a Comunidade Europeia?

ou será o euro que sucumbirá antes dela?
Desde que Jean Monet ou Konrad Adenauer visionaram que, governando em conjunto, seria possível evitar novos conflitos europeus como os que tinham originado as anteriores guerras, que a CEE foi acumulando erros sobre erros. Desde então e até agora, com mais ou menos «cabeçadas», com mais ou menos atraso, com mais ou menos equívocos, a Comunidade conseguiu ir encontrando soluções. Umas vezes jogando as causas para trás das costas, outras através de «troikas» rudes e violentas.

Chegámos agora a um momento em que o impasse está ali, ao virar da esquina: o o Euro chegou a um beco sem saída; as tentativas experimentadas para o tirar de lá não funcionam.

Uma união monetária que é gerida por uma instituição central não faz sentido e não poderá sobreviver se não for suportada por união orçamental.

Há ainda quem pense que o Euro poderá sobreviver se os países que já estão em queda: Irlanda, Grécia, Portugal, Espanha… forem expulsos da «moeda única». Puro engano: já se percebeu a força dum efeito dominó que «comerá» uma economia após outra.

Por isso, entrámos no beco; e a parede do fundo do beco é conclusiva: ou a União Europeia se decide pelo federalismo ou… o Euro terá de desaparecer.

Mas, atenção: se, agora, o Euro tiver de desaparecer, todos perderão. E será preciso muitas décadas para a recuperação dos efeitos desta guerra, em que se não gastou uma só bala.

3 comentários:

Anónimo disse...

Olá Lourenço,

Não creio que a solução seja o Federalismo. Isso é um mero pormenor. "Pintelho" diria o Catroga.

Abraços
João Martins

Lourenço Anes disse...

Caro João Martins:

É sempre um prazer trocar opiniões consigo, mesmo quando divergimos nos nossos pontos de vista. O que não é o caso.

Porque, em momento algum, afirmei que a solução será o Federalismo. Apesar do meu Iberismo juvenil, neste momento não tenho certezas de nada.
Apenas disse que, agora só se apresentam dois caminhos: ou a morte do Euro, ou um governo que defina políticas financeiras e económicas iguais para todos.
Pode haver outros caminhos; não sei, sinceramente… Mas não os vislumbro.

Quanto à morte do Euro… é-me muito difícil falar nisso. Primeiro que tudo porque, desde o primeiro momento fui «contra». – Não tanto por questões de natureza económica e financeira, que não domino como gostaria; mas mais por razões de fundamentos históricos. Quem estudou um bocadinho de História sabe que cunhar moeda era um dos factores (o principal) que determinava a independência e autodeterminação.

A minha «defesa» do escudo fundamentava-se, se assim quisermos dizer, mais por esteios de «coração» do que por «razão» de economia e finanças.

Mas, no entanto, não nos iludamos: a saída (ou a expulsão) do Euro vai acarretar problemas tão graves que talvez a vida dos nossos netos não chegue para as resolver.
Assim, federalismo e saída do euro são quase como as duas faces da mesma moeda.
E venha o diabo (ou os economistas, os mercados, os liberalismos e os neo-liberalismos) e escolham!

Abraços
L.A.

Anónimo disse...

Olá de novo Lourenço,

Estou de acordo com o conteúdo do post. Só não acredito é no Federalismo como solução. Defendo profundamente a construção europeia mas a UE dos últimos anos foi feita nas costas dos cidadãos e não poucas vezes contra os mesmos. Vamos ver como saímos desta. Sair do euro é uma desgraça. Não sair parece que também.

Abraço
João Martins