O bastonário dos advogados, o Ministério Público e o Conselho Superior de Magistratura emitiram logo notas de protesto e indignação.
É bom verificar que, mesmo no seio do "sistema judicial", há ainda quem tenha capacidade de indignação. É bom verificar que o corporativismo não subjugou completamente o Estado de Direito.
Os cidadãos têm de ter confiança na Justiça e esta só a si própria pode restabelecer o prestígio perdido. A imagem de que os magistrados serão capazes de avaliar-se uns aos outros com a mesma severidade com que es+éramos que eles julguem os erros dos outros, poderá ser um sinal de tranquilidade para a sociedade.
Por isso, a condenação quase unânime do copianço dos magistrados foi acolhida como uma espécie de suspiro de alívio.
Mas… (por que há-de haver, num país de treta, sempre lugar a um «mas»?) a reacção do sindicato dos magistrados veio deitar água na fervura: A nota da agremiação afirma que a "descredibilização do actual modelo de formação, muito conveniente a algumas entidades", que "injustificadamente, mancha a honra de todos” é nada mais nada menos que da responsabilidade do "governo [ainda] em funções"…
Incrível? Pois é: repete-se o conto infantil do lobo que buscava um pretexto para comer o cordeiro e, por tal, responsabilizava o anho de lhe conspurcar a água do ribeiro; mas que, provado que o cordeiro nunca ali estivera, concluiu: “Pois se não foste tu, foi o teu pai” e, com dentada raivosa, devorou o bichinho.
Acreditem: para os senhores magistrados, a culpa de serem batoteiros… é do Sócrates!
4 comentários:
Quanto a mim não é repetindo os exames que se resolve a situação,tratam-se de indivíduos cuja conduta deve ser um modelo para todos,portanto o castigo devia ser a EXPULSÃO imediata.
Gaita! Com esse cenário até eu cabulava!
São esses tipos que depois vão julgar os outros??????
O Socrates deu o bom exemplo e estes (qual carneirada) seguir o exemplo!
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