Nom o quiseste dizer.
Esperavas de viver,
calaste dous mil enganos...
Tu roubaste bem trint'anos
o povo com teu mester.”
(Gil Vicente – Auto da Barca do Inferno – fala do Diabo)
Espantai-vos, senhores: há quem morra excomungado e nunca perceberá que morreu.
Miguel Freitas, o líder do PS/Algarve, morreu há que tempos, depois de calar com "mil enganos" o (seu) povo (do punho e da rosa) com seu "mester".
Nunca quis perceber que o seu tempo tinha passado, tal a sua incomensurável prosápia, a sua imensa presunção. Terá pensado que, perante um inábil adversário como o parecia ser Mendes Bota, a ascensão do seu partido – e, consequentemente, a sua ascensão pessoal – eram favas contadas.
Ao contrário de Bota, que foi levando a água ao seu moinho, Freitas esperou que, outros por si, o fossem fazendo.
Quando percebeu, era tarde: o PS afundara-se com a sua «preciosa» ajuda. O secretário-geral demitiu-se e seguiu os apelos do seu próprio nome, tratando de ir em busca da sabedoria que lhe faltou, tentando encontrá-la nas páginas da Filosofia.
A ele, Freitas, os camaradas apontaram-lhe a porta da rua.
Julgam que foi? Nem pensem: com “dous mil enganos” roubou o seu povo rosa “com seu mester”, acenando-lhe com eleições próximas, prometendo que não se recandidataria…
E o povo rosa caiu que nem um patinho, porque nem leu os estatutos que o rege e que impede alguém cumpra mais de três mandatos. E lá ficou, uma vez mais, armado em chefe e colando-se, de imediato ao candidato que provavelmente será o seu novo líder; o candidato que melhor garante que o Partido Socialista ficara preso muma teia de continuidade e não acompanhará as mudanças necessárias às próximas condições de vida dos portugueses.
Mas Freitas sentiu necessidade de mostrar «serviço» ao futuro líder e, para disfarçar a sua eterna incompetência política, de que se havia de lembrar? De exigir que o Governo esclareça “com máxima urgência” quem vai assumir as competências que antes pertenciam aos governadores civis.
Coitado do Freitas! Tão preocupado agora quando, ele próprio, hipotético candidato à liderança da Região Algarve, sempre «ansiou» pela extinção desses mesmos Governos Civis!
Como ainda não percebeu que o seu partido já não dita regras, o homem exige esclarecimentos “com a máxima urgência"! E quando é que, nos seis anos que passaram, exigiu respostas e as exigiu com a «máxima urgência», ao governo de José Sócrates?
Pois voltemos aos «dizeres» do Diabo de Gil Vicente:
Freitas, “Entra, entra no batel, que ao Inferno hás-de ir!”.
7 comentários:
São os inúteis e os incompetentes que sempre se agarram às boias de salvação...
Tanto mal que esse tipo tem feito ao Algarve e ao Partido e só agora é que lhe apontaram a porta da rua????
Enquanto existirem anões mentais como o lider do PS do Algarve, jamais este País será uma terra livre.
Esta cambada para chegar ao poder até faz acordos com o diabo.
Freitas é um asno, vaidoso e casmurro. Estamos a pagar as asneiras dele.
Encontrei este blog por acaso e devo dizer para já que é excelente.
Vou concerteza ser um leitor diário.
Quanto a este assunto, parabenizo os autores pela forma frontal com que encaram e denunciam esta situação.
Miguel Freitas devia de se ter retirado há muito, Tem sido um fator de desunião da família socialista no Algarve.
Se não fosse ele, provavelmente que neste momento era um munícipe de um concelho Socialista que estava aqui a escrever.
CARNEIRO JACINTO era o nosso candidato ganhador. Mas ele achou que ainda não tínhamos levado porrada suficiente em Silves e afastou Carneiro Jacinto com jogos sujos. Os socialistas silvenses estiveram quase impedidos de participar nessa discussão.
O Carneiro Jacinto desistiu e era o que o Miguel queria.
Para ele, gente com miolos dentro do crânio é de afastar, para darem lugar aos medíocres onde ele pode ganhar. Agora devia ter-se afastado logo em vez de estar com aldrabices que as eleições agora iam destabilizar as autárquicas e aqueles seguidores que ele gosta: os imbecis, os incompetentes, os medíocres estavam de acordo com ele, pois era uma chatice porque dessa forma também deviam sair.
Fiquem, sim. Acabem com o PS. Fechem a porta do Largo do Ao Pé da Cruz porque não val a pena abrirem-nas para ir lá um ou dois socialistas por dia.
Façam em Olhão, em S.Braz de Alportel, em Lagos, Vila do Bispo e em Portimão o mesmo que fizeram aqui e em Monchique. Tirem os melhores e depois queixem-se de não haver nem uma Câmara Municipal Socialista no Algarve.
Desculpem ter escrito tanto mas isto estava-me cá atravessado e mesmo depois de ter escrito para o Barlavento e para o Jornal Algarve, os jornais nem piaram.
Cumprimentos.
E continuem com esse blog de qualidade.
A.M.C.S. 78.645
Que rico ESPANTALHO !
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