O primeiro-ministro, ontem, no Parlamento, foi duro, agressivo; respondeu com dureza que nos tem habituado. Recusou responder directamente a Paulo Portas e sorriu sobranceiro, seguro da sua "superioridade".
À noite, em entrevista à SIC, mudou o estilo: foi cordato, reconheceu erros, garantiu que aprende sempre com as derrotas, revelou que "ouvir oiço, muitas vezes não estou é de acordo".
José Sócrates não falou em maioria absoluta; preferiu refugiar-se numa bizarria: "O objectivo do PS é a coligação com o país". Imagem: Sócrates "arrependido"? Foto recolhida na Net, de autor desconhecido
A nova estratégia mudou: agora é um Sócrates “humilde” que é candidato a primeiro-ministro: "Os portugueses escolherão", afirmou, acrescentando que não quer “ser juiz em causa própria”.
Foi preciso o “desastre” eleitoral de 7 de Junho para o primeiro-ministro reconhecer que "aprendemos sempre com as derrotas". Mas admitiu que os 26 por cento de votos obtidos pelo seu partido corresponderam a uma "avaliação genérica do Governo", resultante de "algum desgaste pelo facto de termos tido de fazer muitas reformas em pouco tempo", e também "de uma crise económica e financeira que não permitiu que os resultados dessas reformas aparecessem com evidência".
Afinal, Sócrates está "muito satisfeito" com o seu trabalho enquanto primeiro-ministro.
Mas sempre fez um bocadinho de autocrítica, admitindo que "se fosse hoje faríamos de forma diferente a avaliação dos professores: não teríamos apresentado um modelo tão exigente, tão complexo e burocrático".
Bom… vamos ter um primeiro ministro “civilizado”, “dialogante”, “compreensivo”; com um discurso de esquerda… pelo menos, até finais de Setembro.
Até lá, fica a promessa de na próxima legislatura, "não olhar para trás, manter este ritmo de modernização, combater as desigualdades sociais".
4 comentários:
Quem nasce torto, tarde ou nunca se endireita. Bem me parecia que agora via-mos o lobo com vestes de cordeiro. Pobre povo, não abras os olhos não.
O Governo do Partido Socialista sob a liderança de José Sócrates, tem, na minha opinião, sido o melhor governo da Republica de todos os tempos, empenhado em reformar e modernizar Portugal, não tendo medo, para atingir esse fim, de enfrentar classes corporativas, que claramente põem os seus interesses acima do interesse geral do País, e que para além disso enfrenta a maior crise económica mundial da história recente, neste sentido o Governo deve seguir o seu rumo e não se deixar limitar pelo resultado das eleições europeias.
Infelizmente o governo socretino é, de longe, o pior governo pos 25 de Abril.
O desemprego é um escândalo (sem as manigâncias ultrapassa os 10% (o pior desde que há estatísticas)
aumentou a insegurança;
piorou a saúde;
o ensino está um caos;
a justiça uma desgraça;
os escândalos financeiros uma vergonha;
os funcionários, os médicos, os advogados, os magistrados, as forças policiais; os peqwuenos e médios empresas, os trabalhadores... completamente desmotivados;
Isto está pior que na primeira república
Os únicos que não se queixam são os tachistas, os colas cartazes, os que comem na manjedura do orçamento.
Uma pouca vergonha.
neste sentido o Governo deve seguir o seu rumo e não se deixar limitar pelo resultado das eleições europeias...então,assim sendo,dura até Novembro e que lhes faça bom proveito,mas,não estraguem mais,por favor.
MM
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