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domingo, 21 de junho de 2009

O estaleiro eleitoral do Dr. Emídio

fazer e refazer - para combater o deserto de ideias
Já o dissemos e voltamos a repetir: o blogue «Movimento Apartidá-rio da Cidade de Loulé», de João Martins, é uma referência; um dos poucos que merece visita quotidiana e do qual, mesmo quando se não concorda com os pontos de vista do seu autor, merece que se rumine e saboreie o conteúdo dos seus posts, sempre actuais, sempre acutilantes e directos.

Desta vez, dele transcrevemos, na íntegra:

O PS Loulé no seu blog já tinha avisado. O dr. Emídio iria transformar Loulé num autêntico estaleiro de obras. O "escrúpulo democrático"* do Dr. Emídio, à semelhança do - "escrúpulo democrático" de José Sócrates é pouco ou nenhum. -- O Tio Patinhas andou a arrecadar os trocos cobrados aos pobres, remediados e ricos contribuintes louletanos, para agora transbordar de obras o Concelho de Loulé.

É o Cine-Teatro que foi desprezado culturalmente durante anos a fio. É o coreto no centro da Avenida José da Costa Mealha que de repente (e bem) ganha vida. É o hospital dos pobres, que vai ser apropriado pelos ricos, que só ganha importância a meses das eleições. É o abate de árvores indiscriminado para dar lugar à "requalificação" do património arbóreo. É a muralha do cas-telo que é preservada (e bem) depois de anos de indiferença. - É o passeio que é preciso desfazer, para depois refazer. São as rotundas artificialmente sustentáveis que são inauguradas com pompa e circunstância. São árvores que se continuam barbaramente a abater no meio do cimento inestético de Quarteira. São lugares de estaciona-mento que se improvisam à custa da redução de praças públi-cas, para mitigar o problema dos parques de estacionamento que não se fizeram durante os anos anteriores. São estradas que se "requalificam" em pleno coração do Algarve em época alta e que impedem o trânsito de circular com fluidez e segurança. Tudo isto a curtos meses das eleições autárquicas, num acto de clara falta de bom senso e de respeito pelos cidadãos eleitores.

Resta-nos perguntar ainda, porque tudo isto não foi feito em devido tempo ao longo dos oito anos de mandato que leva o dr. Emídio. Resta-nos perguntar quanto custa aos contribuintes obras orçamentadas para conclusão rápida e para inglês ver, destinadas à sua mera convertibilidade em votos.

Resta-nos perguntar porque vai ganhar incontestavelmente Seruca Emídio quando persiste em ser igual a si mesmo. Essa é a grande questão.

* A expressão "escrúpulo democrático" é utilizada aqui em sentido Socratino. Para sermos honestos com os leitores, é preciso esclarecer que não sabemos muito bem o que significa.

Lamentamos não ter a solução para a sua dúvida, João Martins; também não entendemos. Sobretudo, quando e onde o termo --"escrúpulo" há muito que não é usado. Em política.

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