Francisco Assis esteve hoje em Faro, para transmitir uma "mensagem de confiança e esperança no futuro do PS e do país", tal como o procurou demonstrar na sessão para apresentação da moção «A Força das Ideias», com que se apresenta às eleições para secretário geral do PS.
Numa sala da Escola de Hotelaria, a um auditório de cerca de 200 pessoas particularmente atentas, o candidato à liderança socialista disse que o partido tem de “fazer uma renovação programática, do discurso e da linguagem, ser um partido com outra relação com a sociedade, que compreenda novas causas e aborde novos temas, se ligue a novos movimentos que vão emergindo na sociedade portuguesa, seja capaz de interpretar os sinais do tempo que estamos a atravessar e de produzir um conjunto de propostas políticas que visem responder a novas questões e problemas que vão surgindo”; e considerou que a renovação programática é a “questão fundamental” que se põe, de imediato ao PS.
"Não basta mudar de secretário-geral para resolver os problemas com o que o PS está confrontado […] o PS tem de se abrir à sociedade e acabar com questínculas internas".
"Como é que o socialismo democrático responde às questões de uma sociedade que está em profunda transformação? Num contexto económico-financeiro muito complexo, com enormes constrangimentos, como é que somos capazes de promover a prazo o crescimento da economia portuguesa e a sustentação do Estado de bem-estar?".
Mas Assis disse mais: o Partido Socialista "está disponível para se entender com partidos situados à sua esquerda, o PCP e o Bloco de Esquerda", tendo em vista recuperar a presidência de câmaras do país e em concreto a do Porto nas eleições autárquicas em 2013.
Quanto à organização interrna, Assis sabe que o PS anda, "muitas vezes demasiado fechado" em si próprio. "Há pessoas que se vêm queixar. Há concelhias que não reúnem há anos. Há concelhias que só funcionam como plataformas de sustentação eleitoral de quem domina".
E insiste Assis na “realização eleições primárias para eleger cidadãos, permitindo assim à sociedade participar activamente no processo de escolha dos candidatos”.
Em declarações aos jornalistas, à margem da apresentação da moção, Assis declarou aos jornalistas que avançará "na altura própria" com os nomes; mas que já tem "ideias claras" sobre o candidato a presidente do partido, recusando, porém, dizer se tinha dirigente do PS/Açores, Carlos César, para o cargo, como diversas fontes referiam ontem.
Seguro e Assis – o que os une e os separa
A ideia dominante de quem assistiu à apresentação de ambas as moções – de Seguro, ontem e de Assis hoje – só pode ser a conclusão de que aquelas divergem apenas em questões de pormenor, das quais, a mais notória será a das «primárias»: abertas à comunidade (Assis) ou restritas a militantes (Seguro); mas também a da «abertura» do partido: mais entregue aos cidadãos (Assis) ou mais aberto mas controlado nas bases (Seguro).
De resto, a filosofia de ambas as candidaturas não divergem. Apenas que Assis tem um discurso mais consistente, de conteúdo político maduro e sólido, enquanto Seguro «res-vala» mais facilmente para vertentes populistas e apresenta as suas convicções com uma fórmula «elaborada» em trabalhos de sapador e em muitos anos de espera pela sua oportunidade.
Pelas palavras, pela pose, pelas ideias, percebe-se que Seguro, apesar de apresentar algumas ideias inovadoras é muito mais um candidato de «continuidade» e Assis oferece uma candidatura de renovação de métodos, processos e ideias.
Finalmente, uma referência – demasiado óbvia - aos «instalados» e à «máquina» do partido, ambos a apostar fortemente em Seguro. Ou seja: o «aparelho» joga mais na continuidade que na renovação.
14 comentários:
Esse Seguro, que nunca fez nada na vida, anda à uma data de anos a vender o seu peixe, passando rasteiras aos seus próprios lideres.
Ele era visita a fábricas, almocinhos com sócios ou simpatizantes, tudo lhe servia.
Tomou conte da máquina partidária Tonou de assalto o partido!!!
Em Felgueiras, Assis levou porrada por ser firme e honesto. Mas ganhou a consideração das pessoas sérias.
Seguro.... esse ganhou o jeito de usar gravatinha à Socrates e comprar fatinhos Armani... à Sócrates!
Se Francisco Assis, for eleito líder do PS, a sua estratégia política tiver o sentido de agregar outras forças políticas, no curto prazo, para vencer as autárquicas de 2013, sem preconceitos mas com o objectivo de juntar sinergias para levar a cabo um projecto de futuro que corresponda ao anseio dos cidadãos e, tendo em conta que a actual coligação no poder, vai rapidamente mostrar ao que vem, a câmara do Porto vai cair e outras se seguirão, caso o acordo seja alargado a outras autarquias. Será excelente se, for para mudar o paradigma do poder local e resolver os problemas que afetam os cidadãos.
Seguro vem na linha: Guterres, Sócrates, Seguro. Todos vêm só um palmo adiante dos olhos.
Acham que se o Seguro quisesse inovar alguma coisa, os “instalados”, aqueles que se “apoderaram do PS”, aqueles que nunca contribuiram nada para a mudança “ que se acham donos do partido por direito divino” que a única coisa que fizeram foi valer-se do PS para se autopromoverem, o estavam a apoiar? Não se iludam.
O Assis quer inovar, quer o partido, que sempre defendeu o povo, virado para as pessoas, ou pelo menos ouvir e deixar falar os militantes. Coisa que muitos não querem por medo. Medo de serem corridos por aparecer gente mais capaz.
Penduradinhos no Seguro???? Deixem-me rir. Seguraram-se no Seguro como se poderiam segurar noutro qualquer desde que lhe dessem o “ossinho”.
Mas afinal foi só esse tal de Freitas “despedido”? Então e os outros incompetentes? Afinal o PS perdeu em todas as freguesias de Loulé ou estarei enganado?
Nas últimas autárquicas os resultados foram maus mas estes agora (das legislativas) foram péssimos.
Afinal o tal que disse que dizia mas não disse, e que não acabou o que deveria ter acabado, não foi demitido?
Alguém sabe porquê?
Afinal também ele contribuiu para a derradeira derrota. Nas autárquicas largou o candidato porque queria ir como vereador e nas legislatuva não fez nada de nada. Fora macho!
Zézé
Parece-me que a qualidade de Assis está um pouco acima das médias socialistas de sempre, pelo que não deverá ser eleito. Os socialistas gostam mais de gente tipo mais do mesmo como Mário Soares, Sócrates e Seguro, gente que gosta mais de se aproveitar do poder para outras coisas. O PS é sempre a mesma lesma, sem debate interno e muito controle da franco-maçonaria do GOL e das suas lojas. De qualquer forma Seguro será para queimar pois a herança de Sócrates será devastadora por muitos anos.
Diz o H. que a única coisa que fizeram foi valer-se do PS para se autopromoverem... deve estar a falar do sr. Miguel Freitas, o Sr, António Pina, o Sr. Hugo Nuno, o Sr. João Martins, a Srª Esmeralda, a Srª. Ilda, a Srª. Jovita, a Srª. Jamila, a Srª. Aldemira......
Não chegava uma folha de papel para fazer as listas destes boys/girls xupistas que estoiraram o PS
Freitas, sê homenzinho! Demite-te já!
Eu não faço comentários à eleição do futuro líder socialista,isso compete aos militantes,eu não sou.Quanto á conversa da forma com que eles se comportam isso não sei nem quero saber,só sei que os partidos têm que ter líderes á altura e compete-nos eleger os melhores.
Seja o Seguro, seja o Assis, rodeados por essagente que o N. Catuna menciona.... nã0 irá a parte nenhuma.
Primeiro era preciso meter essas pessoas nas prateleiras dos inúteis e então já se podia trabalhar.
E não se esqueçam de juntar o pessoal de Loulé de Quarteira, gente sem préstimo para nada, Victor Faria, Rui Lourenço (e a senhora quer costuma ir com ele e com alguns copos também), o Victor Cristiano, o Oliveira, o João Martins, o Carlos do Carmo, o Mós de Carrapa, o estrábico.
Com esses, não há lideres que se safem!!!!
Marracho não sejas mentiroso! Tens cartão, claro!
Não sei se ignore este comentário,julgava que se respeitavam as pessoas,enganei-me.
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