não paguem outros pelos erros deste executivo
Convidado a explicitar algumas afirmações feitas no seu comentário a propósito do nosso post “Plano de urbanização parece bem…”, Joachim C. teve a amabilidade de nos enviar os seus esclarecimentos, através de correio electrónico.
Porque o seu conteúdo nos parece de grande importância para estabelecimento da verdade dos factos, já que J.C. teve o cuidado de o fundamentar devidamente, com os nossos particulares agradecimentos, aqui reproduzimos o essencial do seu e-mail.
“[…] Se bem percebi, as suas dúvidas residem no facto de ser ou não ser verdadeira a afirmação do senhor presidente da Câmara Municipal - "Segundo palavras do presidente do município, o plano ontem apresentado veio substituir dois planos de pormenor rejeitados pela Comissão de Coordenação Regional do Algarve na década de 90, e irá ser debatido com a população, associações locais e proprietários dos terrenos ".
Pois bem, como poderá verificar (aqui), foi a própria Câmara Municipal que, em 05 de Novembro de 2004, publicou no seu site o seguinte: "Refira-se que o processo relativo aos Planos de Pormenor de Quarteira Norte e Nordeste teve início em 1995. No entanto, ao longo de mais uma década tem sido alvo de incongruências pareceres negativos, obrigando a necessárias correcções que têm atrasado ainda mais a sua conclusão."
Por outro lado, como poderá verificar (aqui), a Câmara Municipal deliberou, em 27 de Outubro de 2004, "suspender a elaboração do Plano de Pormenor de Quarteira Norte e do Plano de Pormenor de Quarteira Nordeste e posterior publicação em Diário da República e divulgação através dos meios de comunicação.
Porque o seu conteúdo nos parece de grande importância para estabelecimento da verdade dos factos, já que J.C. teve o cuidado de o fundamentar devidamente, com os nossos particulares agradecimentos, aqui reproduzimos o essencial do seu e-mail.
“[…] Se bem percebi, as suas dúvidas residem no facto de ser ou não ser verdadeira a afirmação do senhor presidente da Câmara Municipal - "Segundo palavras do presidente do município, o plano ontem apresentado veio substituir dois planos de pormenor rejeitados pela Comissão de Coordenação Regional do Algarve na década de 90, e irá ser debatido com a população, associações locais e proprietários dos terrenos ".
Pois bem, como poderá verificar (aqui), foi a própria Câmara Municipal que, em 05 de Novembro de 2004, publicou no seu site o seguinte: "Refira-se que o processo relativo aos Planos de Pormenor de Quarteira Norte e Nordeste teve início em 1995. No entanto, ao longo de mais uma década tem sido alvo de incongruências pareceres negativos, obrigando a necessárias correcções que têm atrasado ainda mais a sua conclusão."
Por outro lado, como poderá verificar (aqui), a Câmara Municipal deliberou, em 27 de Outubro de 2004, "suspender a elaboração do Plano de Pormenor de Quarteira Norte e do Plano de Pormenor de Quarteira Nordeste e posterior publicação em Diário da República e divulgação através dos meios de comunicação.
2. Elaborar um plano de urbanização, designado por Plano de Urbanização de Quarteira Norte-Nordeste (PUQN-NE).
Perante estes documentos podemos concluir o seguinte:
a) Já em 2004, o Sr. presidente da Câmara era fraquito em aritmética: Dizer que um plano tem sido alvo de incongruências e pareceres negativos ao longo de mais de uma década, quando este teve o início em 1995 e a câmara decidiu suspendê-lo em 2004, é incompatível com o estatuto de quem tem o dever de gerir um orçamento de 136.636.394 euros (para o ano de 2007). Qualquer aluno do ensino básico tem a obrigação de saber que “mais de uma década”, não são 9 anos. Mas este é um pormenor sem significado.
b) Grave, é a inverdade implícita, contida nas declarações do mesmo presidente, quando diz que "...o plano ... apresentado veio substituir dois planos de pormenor rejeitados pela Comissão de Coordenação Regional do Algarve na década de 90...", tentando endossar as responsabilidade pela má elaboração dos planos para quem geriu a CML na década de 90, quando, de facto, foi a própria câmara municipal, por proposta sua, que decidiu suspender a sua execução, em Novembro de 2004.
Com uma declaração não verdadeira, pretendeu declinar a sua responsabilidade de gestão da execução dos planos durante 3 anos, isto é, entre Janeiro de 2002 e Novembro de 2004 […]”.
Colaboração do nosso comentador JOACHIM C., em 11 Nov. 2007
Uma das fórmulas de manipulação reside na habilidade de dizer meias verdades que, não sendo verdades completas, não passam de mentiras; ou de mentir, aberta e convincentemente, em situações em que não é possível comprovar os factos, de modo a parecerem verdades.
Perante estes documentos podemos concluir o seguinte:
a) Já em 2004, o Sr. presidente da Câmara era fraquito em aritmética: Dizer que um plano tem sido alvo de incongruências e pareceres negativos ao longo de mais de uma década, quando este teve o início em 1995 e a câmara decidiu suspendê-lo em 2004, é incompatível com o estatuto de quem tem o dever de gerir um orçamento de 136.636.394 euros (para o ano de 2007). Qualquer aluno do ensino básico tem a obrigação de saber que “mais de uma década”, não são 9 anos. Mas este é um pormenor sem significado.
b) Grave, é a inverdade implícita, contida nas declarações do mesmo presidente, quando diz que "...o plano ... apresentado veio substituir dois planos de pormenor rejeitados pela Comissão de Coordenação Regional do Algarve na década de 90...", tentando endossar as responsabilidade pela má elaboração dos planos para quem geriu a CML na década de 90, quando, de facto, foi a própria câmara municipal, por proposta sua, que decidiu suspender a sua execução, em Novembro de 2004.
Com uma declaração não verdadeira, pretendeu declinar a sua responsabilidade de gestão da execução dos planos durante 3 anos, isto é, entre Janeiro de 2002 e Novembro de 2004 […]”.
Colaboração do nosso comentador JOACHIM C., em 11 Nov. 2007
Uma das fórmulas de manipulação reside na habilidade de dizer meias verdades que, não sendo verdades completas, não passam de mentiras; ou de mentir, aberta e convincentemente, em situações em que não é possível comprovar os factos, de modo a parecerem verdades.
Por isso, para que nos não façam de tolos, é bom que se esclareça a verdade. Para tal, contaremos – como neste caso - com a colaboração dos nossos leitores.
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1 comentário:
Elucidativo!
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