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domingo, 29 de novembro de 2009

Le roi, c’est moi !

uma história «macariana»
Conhecem a história de Luis XIV ? Bom, há sempre um pequeno ditador atrás do poder. Mesmo quando se disfarça de liberal ou de democrata. Ou até mesmo de socialista «socratiano».
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Há também aquele conto infantil que começa assim: Era uma vez um cágado que, ao acordar, de manhã, viu que tinha em cima da carapaça uma coroa e disse: “Olha! O rei sou eu!». Os outros animais riram-se dele e, em grande pagode, lhe tiraram o símbolo. No burburinho que se seguiu, todos queriam a coroa: “O rei sou eu”, disse o tigre, depois o burro, “O rei sou eu”, a serpente, "sou eu..." o flamingo rosa, o macaco…
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Pois, é um conto, para entreter crianças. O pior é que há muitos adultos que ainda se entretêm neste jogo. E, mal se apanham com um bocadinho de poder, logo entendem que tudo lhes é permitido – “Le roi, c’est moi!”.

Macário Correia chegou, por portas e travessas e por uma unha negra, à presidência da Câmara de Faro. Veio cheio de ideias boas. Até acredito. E doutras menos boas, fantasiosas e infantis.

Também ele se entretém na disputa pela coroa do cágado.

Deu-lhe, então para proceder à junção dos Bombeiros Municipais com os Voluntários, num processo que lhe deu no bestunto, num desses ataques ditatoriais de quem se acha acima de tudo e de todos. E até acima da Lei. Não aprendeu nada enquanto ocupou o «trono» de Tavira, depois de, sucessivamente, ter sido «humilhado» pela CCDR, pelo IPTM, pela Direcção-Geral dos Serviços Hidráulicos e até por proprietários de terrenos e pedreiras das terras tavirenses.

Além disso, Macário decidiu nomear o comandante dos Voluntários de Faro para comandante operacional distrital e marcou essa tomada de posse para o primeiro dia de Dezembro, dia em que os Municipais comemoram o seu 127º aniversário

É claro que a Associação e o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais não ficaram nada agradados e anunciaram que podem recorrer à greve se não virem esclarecidas as dúvidas que têm relativamente à junção dos Bombeiros Municipais e Voluntários de Faro pois não se entende se os profissionais dos Municipais passam a receber ordens de um chefe que não é da sua carreira, e não se vão esquecer que estes têm vínculo à função pública e as suas carreiras.

O «cágado», afinal, em meia dúzia de dias, conseguiu destruir os Municipais, uma instituição com 127 anos.

Tem a palavra o ministro da Administração Interna: ele que explique ao sapo-concho que as monarquias absolutistas, no século XXI, só podem subsistir em tribos atrasadas do interior africano!

1 comentário:

Bombeiro Profissional disse...

Em 127 anos a socorrer a sociedade nunca pedimos nada em troca, agora chegou a nossa hora de pedir apoio à população ajudem-nos por favor.....Socorro...