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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O S. Martinho começou a tradição com sol

e a junta acabou a festa do largo dos corte real
Chovia a cântaros e pingentes de gelo enfeitavam as árvores do caminho quando surgiu o garboso cavaleiro. A capa que o cobria escondia-lhe o frio e a chuva.

Ao desembocar na praça, viu a um canto, enrodilhado e a tiritar, um pobre coitado, cadavérico, quase nu.

Martinho – era esse o nome do cavaleiro – puxou as rédeas ao cavalo, fazendo-o estacar. Depois, sacou da adaga e, com um golpe certeiro, cortou, de alto a baixo, a sua capa de lã e estendeu metade ao desgraçado, para que ele se pudesse aquecer.

E então, subitamente, deu-se o milagre: a chuva parou e as nuvens abriram-se para deixar passar os raios de um sol cálido, acolhedor, ridente.

E foi a partir desse momento que passámos a ter o Sol de São Martinho.

Muitos anos depois, num país que se espreguiça à beira-mar à espera de turistas, criou-se o hábito de abrir os pipos, para a prova do vinho novo. E, para que a pinga não caísse na fraqueza, e como era tempo de as castanhas abandonarem os seus ouriços, esqueceu- - -se o milagre e criou-se a tradição das «castanhas e vinho».

Um dia, um presidente de junta lembrou-se de fazer uma festa, oferecendo as castanhas e mandando abrir uma pipa de tinto para que todos pudessem beber de borla.

E ficou outra tradição: o dia de S. Martinho, passou a ser o dia da grande bebedeira na cidade. Até que, anos depois, um outro presidente ficou farto de gritos e bebedeiras, mais das ruas vomitadas. E decretou o fim da festa.

E foi assim que acabou o S. Martinho de Quarteira.

1 comentário:

Anónimo disse...

No dia de S. Martinho passei de manhã cedo, junto da camara e lá estava um grande aparato para as castanhas com umas fitas e que se podia ler fila unica. Em Quarteira nem castanhas nem água-pé Viva os governantes da junta devem andar ocupados na remodulação do gabinete presidencial.