já fizeram uma visitinha

Amazing Counters
- desde o dia 14 de Junho de 2007

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

EMPRÉSTIMOS PARA UNIVERSITÁRIOS

não há tradição de trabalhar para financiar o curso
.
"Os estudantes universitários vão ter acesso a empréstimos com juros mais baixos já a partir deste ano lectivo.

O decreto-lei que o Governo aprova hoje em Conselho de Ministros prevê que o Estado passe a ser fiador junto da banca, através de um fundo de garantia mútuo, com uma participação inicial de 1,5 milhões de euros.

O novo projecto para financiamento do ensino superior irá abranger licenciaturas, mestrados, doutoramentos, mas também projectos de investigação, no âmbito do ensino público e privado.

No caso dos jovens que peçam apoio para financiar a licenciatura, o empréstimo terá um limite de 25 mil euros, distribuídos pelos diversos anos de curso.A medida deve entrar em vigor já este ano lectivo […]”
in “Diário de Notícias” online, por Diana Mendes, 23/Agosto

Portugal era um dos poucos países que não tinham esta forma de financiamento.
.
.

5 comentários:

Anónimo disse...

Num tempo em que qualquer badameco tem direito a um subsidiozinho para armar uma qualquer «ardoiça» é justo que seja dada essa oportunidade a quem quer chegar mais à frente e por razões económicas, não consiga. Boa medida. Mais logo aí estarão os chorões do costumes a dizer... tal e coisa.... e coisa e tal... António - da Louletania.

Anónimo disse...

Já começaram, António da Louletânia... Já começaram a dizer que depois, tadinhos, vão começar a vida endividados!
Pois, que se endividem os paizinhos! Acho bem... tal e coisa... e coisa e tal !
Que merda de sociedade a nossa! Que raio de juventude estamos a produzir! Que futuro vamos tar com essa juventude?

Anónimo disse...

Carissimos,

Não posso deixar de ficar chocado ao ver os vossos comentarios!!

"Que merda de sociedade a nossa! Que raio de juventude estamos a produzir! Que futuro vamos tar com essa juventude?"

nahhh o problema não está na juventude, mas sim na velha guarda que continua cá toda, e pelos mais velhos que sempre fizeram o "sim senhor doutor" aceitando sempre tudo, como o bom português foi ensinado a fazer desde a ditadura.... a vergonha não está na juventude; está na velha guarda, que é retrogada, iliterada, antiquada, submissa, e que por incrivel que pareça falam mal da juventude.

se é que há futuro para este país é com esta juventude, o vosso tempo já passou, e não fizeram nada, e se fizeram, então fizeram muito pouco, ou talvez muito mal feito...

ahhh e só um idiota é que não se preocuparia com o "pequeno pormenor" de entrar no mercado de trabalho (os que conseguirem!!!), endividado;
talvez seja por mentalidades como estas que isto está como está; empresas a falir? falta de organização? planeamento? controlo? quem está á frente dessas empresas, é a juventude por acaso? e quem as manteve antiquadas e completamente desactualizadas do contexto internacional e europeu??? a juventude?????????????

aplaudo a medida do governo, a mim pessoalmente, irá provavelmente dar-me muito jeito, mas condeno totalmente os vossos comentarios "da velha guarda".

fica então aqui este testemunho, a defender esta juventude, na qual me incluo!!!

Lourenço Anes disse...

Permitam-me os outros comentadores que me dirija primeiro ao anónimo de 25 de Agosto:

Meu caro:

Compreendo perfeitamente o seu choque, o qual, talvez peque (por sensações/reacções epidérmicas) por ter sido demasiado “rigoroso”.

Repare que eu entendo o que diz o Zéi! No meu entender, ele protesta sim, e veementemente, contra aqueles que estão a produzir uma juventude que pode não estar preparada para uma vida de progresso e evolução. Ele protesta contra os autores da “obra” e não contra a obra em si.
Esta é a minha leitura que não é, portanto, neste ponto, coincidente com a sua, meu amigo jovem.
O comentador Zéi protesta, afinal, na minha leitura, claro, contra a sua (nossa) própria geração (a velha guarda, como você diz) que não está a ser capaz de produzir nas novas gerações, o modelo capaz de enfrentar o futuro e os seus desafios.

Acho que você, meu jovem anónimo, apenas peca por querer, ao contrário, atirar toda a responsabilidade para a “velha guarda”, esquecendo que essa “velha guarda” é produto de uma outra guarda ainda mais velha, e é consequência de um… “estado de espírito nacional” submisso não desde os tempos da República, mas sim desde os tempos da fundação da Nacionalidade, quando ensinaram a todo este povo que não precisava pensar, mas, sim, que estava destinado a ser “governado” por quem, por ele, soubesse o que lhe convinha…

Somos um povo de tradições. E essa foi (e é) a pior de todas: sempre tivemos um “paizinho” capaz de pensar por nós.
A “velha guarda” já vinha com esse ferrete; mas é a “guarda de transição” – aquela que viveu a mudança em Portugal, a que começou a pensar pela sua própria cabeça. Aquela que é capaz de reconhecer “Que merda de sociedade a nossa! Que raio de juventude estamos a produzir! Que futuro vamos ter com essa juventude?”

É a “guarda” que reconhece os seus erros. E talvez as suas incapacidades. Até a incapacidade para produzir a “revolução completa” necessária: a dos hábitos, tradições, procedimentos, Mentalidades.

Ah, meu jovem amigo, porque estou prestes a incluir-me nessa mesma velha guarda, também lhe digo que ela não é uma vergonha. Não tem de se envergonhar. Porque foi a “guarda” que sacudiu o torpor de todos nós e, como disse, empreendeu (umas vezes bem e outras mal) a mudança que é necessário fazer, para bem de todos nós.

Se é iletrada, pouca culpa lhe assiste. O meu pai não teve qualquer possibilidade de tirar um curso. Acabou o ensino primário e foi trabalhar. Fez esforços. Pôs-me a estudar, com sacrifício. Depois, entre ele e eu próprio, fomos criando as condições mínimas capazes para que eu acabasse o meu.
Eu fui um privilegiado. Ele não. É injusto que lhe chame iletrado. Até porque o não era. Era até muito mais letrado do que muitos universitários de hoje, infelizmente para estes últimos.

Também não é justo acusar toda essa velha guarda de retrógrada. O Povo português já demonstrou que, na sua maioria, o não é.

O Zéi não me passou procuração para a sua defesa. Mas o seu comentário, caríssimo jovem, fez-me reflectir muito sobre o que ele disse. Se, na primeira parte, ele deixa uma crítica a uma certa forma leviana de alguns jovens que só vêem inconvenientes em tudo, a segunda parte eu entendo-a como uma autocrítica.


Porque em tudo mais, acho que você tem razão. Até quando afirma que para essa “velha guarda” … “o vosso tempo já passou, e não fizeram nada, e se fizeram, então fizeram muito pouco, ou talvez muito mal feito”.
Aprende-se errando, meu caro amigo. Você vai ver isso, no decorrer da vida.

E, sobretudo, faz-lhe bem – e fica-lhe bem – esse inconformismo de “sangue na guelra” e espírito crítico.
Espero que me tenha entendido. Pelo menos, tanto quanto eu procurei entendê-lo.
Cumprimento-o, meu jovem, com amizade.


Para os outros dois comentadores anteriores:

Afinal, a resposta ao jovem anónimo… parece que serviu para todos. No meu entender, sim.

Anónimo disse...

Caro Lourenço Anes,

devo dizer que tentava fazer uma critica construtiva e não de forma alguma ter reações/sensações epidérmicas!!!

Mas compreendi perfeitamente o que me quiz dizer, e aceito.

No entanto, gostava de extender o meu raciocinio mais um pouco.


No meu entender,e infelizmente, pelo que vejo da "nossa" sociedade, muitas vezes me dá a sensação que o povo portugues gosta de ser comandado, como um autómato. Fado, football, e vinho/cerveja, e esquecem todos os problemas GRAVISSIMOS do nosso país, e passam as tardes, ou fins de tardes felizes no café.

vejo muito pouco esforço por parte das pessoas em querer evoluir, seja em que sentido for. claro que há excepções, sejam elas na "velha guarda", ou na "juventude" ou em qualquer outro sector. Isto sim me desilude de portugal/portugueses;

Eu olho para outros países, alemanha, holanda, austria, etc..., e é impressionante a diferença na sociedade, seja a nivel de cultura, cidadania, vontade empreendedora, ter a habilidade de realmente fazer algo, progredir, etc...

e isso cá não há!!!

depois claro, temos os chicos espertos, que são sempre os mesmos, dado que alternam com os ciclos de poder, sempre com os esquemas, negocios não transparentes, bolsos recheados, etc...

...o que dá cabo de toda uma economia, já para não falar da grande economia paralela de portugal.

para ser sincero tenho muito pouca fé em portugal, é como um cancro que vai espalhando, e eu pessoalmente, quando acabar a minha querida engenharia vou embora;

Vejo portugal como um bom país para passar ferias, se bem que até nisso há melhores, bem melhores.

o turismo algarvio vai de mal a pior, com o atendimento perrimo que fazem em muitos restaurantes e mesmo espaços supostamente IN, onde, devido ao facto de terem empregados com salarios minimos, sem qualquer formação, etc, ás vezes se dizem grandes barbaridades, e o estranjeiro não é burro, e apercebe-se, e muitos não voltam.

quem paga tem direito a qualidade, ponto final.

e não é com "massas operarias" de ordenados minimos sem formação (eii qualquer um é bartender... pensa o tuga claro, quanto mais barato melhor). eu testemunhei isto inumeras vezes por vilamoura, até em sitios onde não deveria de forma alguma acontecer isto.

mas é assim em tudo, seja o mecanico (quantos manuel GT há por aí, que defacto não fazem nem ideia do que andam a fazer aos carros, não sabem agarrar num livro, rigoroso, com todo o service, e põem-se a adivinhar de ouvido, áhh tá bom e tal soa bem... se no manual por exemplo vem a dizer RIGOROSAMENTE que o nivel de um fluido por exemplo no carburador é de exactamente 11mm, como vão chegar lá??? de ouvido é claro... os livros, os service manuals e tudo o mais existem para os chicos espertos, não para os gt's claro!!!!), e quem diz mecanicos diz de muitas outras profissões.


uma forma de começar a por isto a andar, é dar formação ás pessoas, para que saibam o que defacto andam/têm de fazer nas suas profissões, sejam elas quais forem.
chega de GT's e de "Einsteins" a trabalhar por aí, o nivel cultural deste país tem mesmo que aumentar, e isso não parte de nenhum governo, parte das pessoas.


Mesmo que por cá quisesse ficar, na minha área (microelectrónica), há muito poucas oportunidades de um emprego realmente bom e sério. além de que cá é claro, ou nem se consegue trabalhar em determinadas áreas, e se se consegue, recebe-se mal!


ahhh mas é claro, Portugal é sempre o nosso cantinho!


Fica aqui o meu TAC e raio X deste país, escrito pelo tal jovem de dia 25/ago, chamado Pedro.


caro lourenço, cumprimento-o com amizade também.



p.s.->> não escrevo isto no sentido negativista tipico dos tugas, pois uma coisa lhes garanto, se um dia tiver por cá a minha empresa, essa vai trabalhar sobre tecnologia avançada, e garanto-vos que toda a gente vai ter que ter formação, se não não mete lá o pé! nem que seja a telefonista!!
e nao me importaria de forma alguma, de investir eu mesmo na formação dos colaboradores dessa empresa, e respectivas "actualizações" de forma continua, desde é claro, que sejam produtivos, empreendedores, e seja gente que puxe a empresa para a frente. tem sempre de haver um feedback é claro.

p.s.2-->> o que este país precisa mesmo é de cultura e formação "ON STEROIDS!!!", e gente séria e rigorosa a tomar as rédeas do poder.
O resto? O resto é conversa de café! nada mais...