mais um contributo para o anedotário da literaturaNo «Borda d’água» dir-se-á que amanhã será dia de São Qualquer Coisa – se não estamos em erro, será dia de Santo Atanásio de Alexandria. Mas isso é uma referência adequada ao calendário Gregoriano…
No calendário político actual, será o “Dia do Refugiado”, criado na Convenção de 1951, pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
O Governo Civil de Faro não deixou passar em branco o evento e, como não podia deixar de ser, brindou-nos com mais uma pérola de fino gosto literário:
“ (…) Muitos portugueses, designadamente no período da Ditadura, conheceram esta amarga e dura realidade, de ser refugiado, em terra estranha, mas que os acolheu generosamente, não raro, como hoje acontece, com muitos estrangeiros, no nosso País.
Tal, como na saga da Emigração, de que esta situação de refugiado é, indubitavelmente uma referência, tem Portugal a dupla experiência de haver feito filhos seus, procurarem terra alheia para viver, como sempre pelo facto de serem oposicionistas à repressão e à coacção das liberdades fundamentais e por outro lado, de modo exponencial significativo no pós – 25 de Abril, de acolher pensadores, escritores, artistas, políticos e, também, de fugidos à guerra, à fome e às calamidades.
Neste «Dia Mundial dos Refugiados» (20 de Junho) a todos envolvemos no mais generoso e democrático amplexo da nossa compreensão, do nosso respeito e da nossa amizade.
Faro, 18 de Junho de 2008, A Governadora Civil, Isilda Varges Gomes”
Indubitavelmente… “de modo exponencial significativo”, assim se apresenta “não raro, como hoje acontece,” mais uma pérola para enriquecer o tesouro das letras portuguesas…
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