Imagem retirada do blogue «Atelier Pedroso»
Já aqui deixámos repetidamente a nossa opinião adversa ao que está a ser projectado para o futuro «Centro Cultural de Quarteira»: um equipamento pouco ambicioso, um equipamento a pensar num presente (passado?), em vez de procurar uma projecção futura.
As recém-inauguradas piscinas de Quarteira são a demonstração que nos deu uma Câmara Municipal que revela, para esta cidade, uma falta de ambição que mais parece mascarar outros sentimentos mais mesquinhos. Ficámos com uma belíssima piscina... do século XX. É tudo. E esse tudo… é apenas o insuficiente.
Para o Centro Cultural, uma vez mais, a autarquia de Loulé revela uma estranha falta de ambição para Quarteira, preparando-se para construir um equipamento que sempre ficará muito aquém dos que já foram construídos em muitas vilas portuguesas.
Chega-nos hoje à mão, primeiro, num post do nosso conterrâneo- ‘Café da Avozinha’ e depois num papel deixado num café de Vilamoura, um comunicado de um denominado «Movimento Gostar de Quarteira» que interroga se “abandonou ou não a Câmara a ideia de construir mais blocos para habitação naquele terreno reservando-- -o exclusivamente para fins de uso público?”
Ora, quando, há meses, este proclamado «movimento» tinha dado sinais de vida, curiosamente, foi após a tomada de decisão da Câmara de autorizar os proprietários do terreno do chamado «merca-do das frutas» a construírem uma montanha de apartamentos naquele espaço. Não se entende, pois a questão.
Consideramos, também, ter sido um erro enorme o facto de se autorizar mais construção para habitação numa área já de si sobrecarregada. Mas se já foi dada autorização para a construção, agora, parece que pouco há a fazer, para além desse tremendo disparate – sobretudo, perante uma autarquia arrogante, que pouco caso faz das opiniões e abaixo-assinados dos seus eleitores.
O dono do terreno vai começar a construir. No espaço que resta, já se viu que dá para pouco mais que para a construção de uma salinha de espectáculos (180 lugares é uma sala estúdio ou uma sala de espectáculos para uma colectividade).
Não seria, então, uma boa altura para reflectirmos se aquilo que cumpre a Quarteira exigir não será simplesmente que a Câmara dote a cidade de um bom Centro Cultural, num espaço qualquer, onde ele possa ser construído, com a eficácia, funcionalidades, dimensão e dignidade convenientes?
Sem outras intenções que não sejam o bem e o futuro de Quarteira.
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1 comentário:
Mas era esse Centro Cultural que era para ser feito cá o que aparece nessa fotografia?
Também nao parece que tenha sítio para os carros.
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