não encontram espaço nos seus cérebros...
"Segurança" de Quarteira - cinco paradigmas recolhidos ao acaso
Com frequência ouvimos referências à falta de segurança na cidade. São sobretudo, os autarcas – presidente da Câmara e presidente da Junta, com os seus séquitos a secundar, quem mais clama contra essa falta de segurança.Porque há mais assaltos, porque os drogados assim e os toxicodependentes assado, porque as esquadras têm falta de efectivos…
Como se as questões de segurança se resumissem a mais dois ou menos dois agentes da GNR, a mais ou menos acções de vigilância policial…
Com isto entendem eles que se esgotam as questões de segurança. Sem pararem para reflectir que as bases para uma efectiva segurança não têm que ver com repressão e castigo. São questões sociais complexas, onde cada um de nós tem a sua quota-parte de responsabilidade, mas onde são os governantes, a todos os níveis, quem tem de começar por constituir as bases de uma sociedade segura.
E quando esses mesmos administradores da causa pública se contentam em barafustar contra a falta de efectivos policiais, não encontram espaço nos seus cérebros para perceberem que uma rotunda mal construída, um monte de pedras soltas numa artéria da cidade, as tábuas arrancadas nos estrados do ‘Calçadão’, a falta de limpeza nas vias urbanas, a caca de cão no passeio, a ocupação selvagem dos espaços públicos por vendedores ambulantes, os vidros partidos na janela duma escola, uma placa de trânsito quebrada ou uma parede pinchada de grafitis… são, por si só, os ninhos onde se forjam as causas da falta de segurança.
Outro exemplo: as tábuas soltas, no 'Calçadão'
Enquanto os responsáveis entenderem que a segurança consiste em deter e punir um ladrãozeco de meia-tigela, podem crer: não haverá, realmente, segurança.
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8 comentários:
Tenho uma lista de coisas dessas. Se quiserem é só pedir!
Quarteira é uma cidade que não tem a atenção devida a uma sede de concelho, porque não tem câmara, nem o presidente cá mora e nem sequer gosta de nós. E é uma freguesia que só tem presidentes de Junta e de Assembleia que não estão para se chatear porque nem são de cá e um deles só faz o que a Cãmara manda e o outro só deve estar interessado naquilo que haja para construir e não dê chatices.
Mas vocês até têm um vereador na câmara! Para que é que querem o Possolo?
Só culpam o Zé Mendes? Esse só lá está porque não o deixaram "subir" e isso toda a gente sabe. Mas, se calhar, na Câmara fazia mais que o Possolo.
O Possolo? Ora, ora... O Possolo pensa é em viver bem e nao ter broblemas. Comer e passear é bom!
De resto, não é fiscal de obras...
A CML não tem fiscais nem quen esteja interessado em ver o que está mal nem está bem.
Sobretudo em Quarteira!
Não há coisas piores que as tábuas partidas e despregadas do fim do calçadão? Ora gaita, há coisas muito mais importantes e que não falam nelas.
Mas não deixa de ser um assunto de alguma importância.
Abraços.
A minha dúvida é esta: em Quarteira passam mais carros que nas outras terras do Algarve? Em Albufeira devem passar nas aveidas, pelo menos, mais do triplo ou quádruplo dos automóveis e no entanto as zebras estão sempre bem a vista. Mesmo em Vilamoura amarcas nas estradas são sempre visíveis e não me consta que Loulé se possa queixar muito.
Então, por que raio é que Quarteira é assim despresada pela câmara? Não se pagam impostos aqui? Ou os nossos impostos só servem para pagar arquivos histyóricos de Loulé e estádios do Algarve?
O que se passa aqui é que, para estes senhores, a segurança passa apenas por mais policiamento. Inauguraram um quartel da GNR e sentem-se com o dever cumprido.
O mais caricato é que nem se apercebem que existem lacunas que podem afectar e pôr em risco a vida das pessoas.
A tudo o que o calçadão aqui relatou, eu acrescento: os poços a céu aberto, sem qualquer protecção, na Rua da Pernada.
Eu contei oito!
Tanto o Sr. Presidente da Câmara de Loulé, como o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Quarteira, foram alertados. Desresponsabilizaram-se, por os ditos poços, estarem em propriedade privada.
E se alguma desgraça acontecer? Será que ficam de consciência tranquila?
Vão pedir contas a quem?
Fizeram o quê? Ao que se saiba - nada!!!
O assunto deste post é daqueles que mais nos preocupa: a segurança é um “capítulo” mal compreendido pelos autarcas. Por isso, nos compete insistir, insistir e insistir.
A colaboração que temos recebido de muitos leitores demonstram-nos que estamos certos. Por isso…
P/ Faria :
Pois Faria, se tem uma lista de coisas dessas, como diz, não preciso de lhas pedir. Tem o nosso e-mail. Faça favor, esteja à vontade… Nós agradecemos.
P/ Anónimo de 2 /Ago :
Bom, eu não posso responder pelos actos do vereador Possolo. Provavelmente, os poderes dele também são muito limitados e não vale a pena especular sobre o que fariam outros no seu lugar. Mas recordo-o que, no “esquema” actual… há uns mais iguais que outros…
P/ Florzinha :
Fiscais? A Câmara tem, sim. O que não se compreende é quando é que eles têm os olhos fechados… Mas uma coisa eu posso garantir: o Possolo … não é fiscal!
P/ Mário :
Há coisas mais importantes, claro, Mário… Que tal ser você a dizer-nos quais?
P/ O Café da Avozinha :
Pensava que tudo o que vamos aqui mencionando são “assuntos de alguma importância”… Mas segurança dos cidadãos é assunto de apenas "alguma importância", Café?
P/ M. Fialho :
Meu caro amigo: se a câmara de Loulé quisesse resolver o problema já o teria feito. O problema não é de as passadeiras se sujarem. O problema é: por que razão se sujam as passadeiras.
A Câmara e a Junta, a quererem passar-nos atestados de “loiros” dizem que é porque os pneus as sujam. Mas, na realidade, a razão é por que é que os pneus as sujam?
Se a Câmara quisesse saber, já teria perguntado a quem sabe de estradas e teria a resposta: é que a o revestimento superficial betuminoso que está a ser usado é INADEQUADO! E, no entanto, a autarquia insiste em usá-lo.
As estradas de Vilamoura não usam este tipo de “alcatrão” – como diz o nosso presidente da junta – e, por isso, as passadeiras permanecem pintadas e visíveis por muito mais tempo.
Ainda ontem eu vi andarem a pintar passadeiras em Quarteira. Com a tinta fresquinha…. É natural que, à noite, o branco passe a cinzento e hoje nem se dê por tal pintura.
O mínimo que se faz, nestas condições, é uma espécie de impermeabilização antes da pintura. Mas nem isso é feito em Quarteira.
Não merecemos….
P/ Hortense Morgado :
Com efeito, já aqui apareceu quem tenha comentado nesse sentido! Aliás, se o presidente da junta entende que “se víssemos o que se passa em Sevilha” então entenderíamos que estamos em segurança… diz tudo!
Que os peões corram risco de atropelamento, não entenderá o senhor que é insegurança; que uma criança caia num poço da estrada da Pernada, para ele não é insegurança… Insegurança é deixar qualquer coisa dentro do automóvel e ela desaparecer….
Já agora, devo dizer-lhe que eu não contei os poços que nessa rua estão sem protecção. Mas comprovei, sem qualquer margem para dúvidas, que dois deles estão mesmo junto à berma do caminho.
Se a Junta e a Câmara não podem fazer nada… Quero ver o que dirão se houver ali um acidente grave…
Se irão, ou não, ficar com a consciência tranquila… bem, a D. Hortense já percebeu que, pelo menos um deles… não tem consciência de que aquilo seja perigoso… Visões limitadas!
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