Dia dos namorados

um dia para homenagear o amor

Redenção

Serei um dia aquele que sonhou
e, louco, me lancei no pensamento:
e sonhei que fui eu quem conquistou
e mais bela mulher, num só momento;
p’ra ti, mulher, a deusa do meu sonho,
eu inventei o amor e o sexo louco…
És tu, querida, aquela que, suponho,
que tudo que te dê é sempre pouco.

Mas quando for o fim e o Demo me carregue,
se houver um Justiceiro a quem dar contas,
naquele dia em que se acabe o “eu”,
irei, contrito, pedir que me castigue,
me jogue no Inferno, mas que a ti entregue
tudo de bom pr’a ti, que p’ra mim quis.

Pois eu serei aquele que morreu
sem ter sido capaz de te fazer feliz
LA, 2006-04-11

Nem sequer se sabe bem que São Valentim é este. Mas a igreja consagrou-lhe a data até 1969. Depois… Depois acabou esse lendário santo que tudo teria sacrificado a um grande amor.

Foi-se o santo. Ficou a data. A globalização já começara e o pragmatismo dos negócios não podia ser sacrificado só porque já não havia santo… Assim ficou o Dia dos Namorados. E a ternura do melhor sentimento do ser humano.

Saudosos ficamos dos antigos dias dos namorados em Portugal, quando o seu santo se chamava António e as moças casadoiras ainda iam com o cântaro à fonte, para ver se encontravam espaço para um beijo furtivo ou para um simples olhar e um disfarçado sorriso. Só os brasileiros não foram atrás do Dia dos Namorados Coca Cola e continuam a acreditar no «seu» Santo António.

Gosto mais do Santo António. Mas adiro.
Feliz Dia dos Namorados, amor…