A quinta do Seruca

e a periferia do Algarve

Não sei se as ideias saem todas da cabeça e da esferográfica de Seruca Emídio; mas é ele que dá a cara a umas máximas ridículas que alguém, decerto abusivamente, faz publicar no «Correio da Manhã», às quintas-feiras.

Aí vai mais um desses escritos, saidinho na edição de hoje. Apreciem:

• […] embora um Governo não seja o resultado do somatório de individualidades representativas de cada uma das partes administrativas de que o País se compõe, não deixa de ser notória a nula presença de ‘figuras’ do Algarve no actual elenco governativo […] será caso para perguntar se não estaremos cada vez menos influentes e mais periféricos, até na política partidária".

Se tivéssemos um governo com “figuras” de pescadores de Quarteira, mariscadores de Cacela, corticeiros de S. Brás, salsicheiros de Monchique, prostitutas da «Rua da Sic», velhotes do Barranco do Velho, aí Seruca Emídio estaria muito mais tranquilo: é que assim deixávamos de ser periféricos de todo! ...