Quanto aos «foliões»… estava tentado a dizer que já não há. Há espec-tadores, curiosos, interessados talvez, mas com pouca vontade de brincar. Verdade seja que o tempo não vai propício a grandes alegrias para a maioria, aquela a quem nunca chega o ordenado ao fim do mês (porque para outros, o vencimento até dá para lotar os hotéis da Serra da Estrela e as pistas de sky de Grandvalira – azares de um país onde 20 por cento da população tem ordenados 15 vezes maiores do que a média nacional, e onde 42 por cento vive no limiar ou abaixo do limiar da pobreza).
A sátira política do corso de Loulé nem sequer «chega» para imitar a triste realidade do nosso quotidiano.
Aproveitemos, pois, para fingir, durante estes três dias, que estamos muito felizes.
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