incrível: em louvor do colonialismo!
Um e-mail, de autor identificado, que nos foi enviado, que sentimos como uma faca afiada e nos «obriga» a dizer o que preferíamos calar:
Estranho que o Calçadão tenha deixado passar em claro a frase do Presidente da República “Importa que os jovens deste tempo se empenhem em missões e causas essenciais ao futuro do país com a mesma coragem, o mesmo desprendimento e a mesma determinação com que os jovens de há 50 anos assumiram a sua participação na guerra do Ultramar”.
Se é isto que o senhor Aníbal tem para dizer aos jovens, se é isto que pensa, terei de concordar com os que afirmam que o homem é uma espécie de Salazar, mas sem inteligência.
- egbruxelas@hotmail.com
Bom, vamos ser sinceros: não deixámos «passar em claro», não senhor O que acontece é que não quisemos contribuir para a humilhação dos milhares de «ex-colonizados» que vivem e trabalham entre nós, nem quisemos que nos acusassem de estarmos a contribuir para a divulgação de argumentos «kadafianos» do Presidente da República.
Até porque o «desprendimento» desses jovens de há 50 anos nessa - «participação» tinha um motivo: chamava-se didatura salazarista, tinha um argumento muito forte para a «falta de desprendimento» chamavam-se PIDE, Forte de Elvas ou, ainda, Tarrafal.
Cavaco Silva, que fez a sua «guerra» sentadinho num gabinete em Lourenço Marques, que teve como «quartel» um belíssimo apartamento na cidade, e teve como «camarada de caserna» a mulher principescamente remunerada como professora do liceu, devia ter ficado caladinho e estimular os jovens para lutarem pelos seus ideais, sim, mas nunca contra os ideais de outros – nesse caso contra os ideais de liberdade dos povos oprimidos do seu «ultramar».
Prudência e bom senso são o que se espera dum Presidente da República.
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Estranho que o Calçadão tenha deixado passar em claro a frase do Presidente da República “Importa que os jovens deste tempo se empenhem em missões e causas essenciais ao futuro do país com a mesma coragem, o mesmo desprendimento e a mesma determinação com que os jovens de há 50 anos assumiram a sua participação na guerra do Ultramar”. 
10 comentários:
Nao como um individuo esclarecido como tu! Lourenço Anes; ainda tem duvidas...
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E´s mau! ent~ao andas-me a alterar a prosa?
Eanes, Soares e Sampaio foram Presidentes.
Este.... nunca se engana e rarammente tem dúvidas! Mas nunca saberá o que é ser presidente. Nem de uma sociedade de aldeia.
Assim chegamos ao que chegamos.
Pois, os gajos da luta, pra Angola já!!!!
Mas o professor Cavaco está mesmo a calhar: mande os jovens todos a lutar para a Líbia.
Fica contente!
O presidente de 22% dos portugueses
É uma tristeza enorme tê-lo como Presidente, mas eu como não o considero meu Presidente, menos mal. Em relação a este assunto, é vergonhoso, que este Sr. considere a guerra colonial um exemplo de bravura dos nossos soldados, são sem dúvida bravos, pois o regime da altura não lhes deu alternativa, se não armas às costas e África que lá vão eles, mas para quê? Mais uma vez incita os nossos jovens aspirantes a soldados e aqueles que já o são a lutar, a empenharem-se em causas cuja a base seja uma ditadura de poderes políticos. Mais uma vez este Sr. deveria estar calado e fazer o que fez nos últimos 5 anos, não comentar nada. Atentamente,
Sabina
Num só parágrafo consegue insultar os jovens e os combatentes na guerra colonial. Bravo, sua excelência a Nulidade!
É preciso muita cara de pau para falar no desprendimento dos jovens de há 50 anos: ao serviço de um regime injusto numa guerra que não devia ter acontecido. Tenho vergonha por estas declarações.
Como? Não percebi
Mas que heróis?! Eu fui obrigado a ir para a G.C. e não fui generoso nem patriótico tive que ir e mais nada. Serve de exemplo? Não não serve!!! Ninguém foi porque quis.... o senhor não sabe ou não quer saber!
BA 645 - Guiné
O que resta da generosidade dos militares "antigos combatentes" já não dá para este choradinho. Fomos heróis, sim, somos heróis, não sei. Apenas sei que a nossa capacidade de sofrer enxovalhos deveria ter limites; mas ninguém, repito ninguém, dos nossos governos deixou de prometer mas, assim que foi necessário actuar, se manteve "presente" Não se lembra, Sr.Presidente, que ainda há antigos combatente que não lhes consideram o tempo de tropa (não é só o da guerra) para efeitos de reforma? Não conhece que os militares têm direito a médicos e medicamentos mais baratos? Se sim, qual o motivo porque há ex-combatentes que não têm esses direitos mínimos? Qual o interesse de passar a mão "carinhosamente", quando não na prática não mexem uma palha para que isso seja real? Por mim, sinceramente, apetece mandar-vos borrifar a todos. São de aparência o que não são na realidade...Como definir quem nos tem governado? .........Hipócritas!.
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