Portagens a pouco mais de um mês

pórticos de Loulé já estão em construção

Desidério Silva, da Câmara de Albufeira, diz que não mudará a sua posição em relação ao que se decidiu na «plataforma» anti-portagens na A22, mas reconhece que “a proposta do Governo está muito difícil de combater”.

Macário Correia, líder da AMAL, que não está habituado a perder nem a feijões, está «danado» porque o Governo não aceita discutir mais do que a localização dos dez pórticos de cobrança automática.

Manuel da Luz, presidente da Câmara de Portimão, diz que não acredita “que a região tenha capacidade para dar a volta, visto o Governo e o líder da oposição terem alegado o princípio da universalidade” e acha que “a discussão concelhia de pórticos é agora uma questão de mercearia”.

A convicção da «inevitabilidade» começou a instalar-se e é o presi-dente socialista de Portimão que, em declarações ao «barlavento» afirma que, “infelizmente, as portagens são irreversíveis e o que se percebe na estratégia do Governo é que esta é uma decisão estritamente política que não volta atrás”.

Entretanto, já foi colocado um posto de transformação de electricida-de e construídas as sapatas de cimento para a instalação do pórtico de Loulé no túnel ao quilómetro 72, e a sapata em Boliqueime, ao quilómetro 57, ainda que o Governo tenha afirmado, pela voz do secretário de estado Paulo Campos, que não estão escolhidos os locais definitivos para a colocação dos 10 pórticos de pagamento.

Quer isto dizer que Seruca Emídio já anuiu? Então por que não assumiu uma posição definitiva perante a população? Ou prefere colaborar com Sócrates «pela calada»?
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