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domingo, 15 de fevereiro de 2009

A biomassa, a cimenteira de Loulé

e a massa (cinzenta) que falta na câmara de Loulé
Em 24 do mês passado assentei aqui um post em que antecipava a notícia de que a Câmara aprovara a instalação, na cimenteira da Cimpor, de um silo para a queima de resíduos verdes da região.

O post encontrou eco, felizmente, na imprensa local e nos blogues louletanos Sebastião e Movimento A. C. Loulé, tendo este, dois dias depois, iniciado uma firme campanha, invocando o presidente da câmara: “aguardam-se esclarecimentos”!

Tais esclarecimentos sairiam no dia 26, em comunicado, em que se afirmava:

“Tal como em 2006, o executivo da Câmara Municipal de Loulé mantém a mesma postura de repúdio pela questão da co-incineração de resíduos que possam prejudicar a saúde pública, o ambiente, a qualidade de vida das populações e o desenvolvimento sustentável do Concelho de Loulé, e desta forma, continuará a chumbar qualquer pedido de licencia-mento que vá nesse sentido”.

É evidente que tal “repúdio” e tal ameaça de “chumbar” eventual licenciamento para queima de resíduos perigosos não descansou ninguém e o jornal Carteia, na sua última edição, reflectiu esta falta de tranquilidade e interrogou Mendes Bota, que respondeu:

“As cimenteiras têm um currículo de abuso ambiental pouco recomendável, não oferecendo quaisquer garantias de que, no início entram de mansinho com queima de biomassa vegetal, e não acabem a queimar resíduos perigosos. A Câmara Muni-cipal de Loulé diz que se limitou a licenciar a construção de instalações para este efeito específico e que obteve um docu-mento da Cimpor a garantir que ali serão apenas consumidos resíduos vegetais.A pergunta que se coloca é a de saber como pode a Câmara ficar descansada que não há abuso? Não tem autoridade nem competência para ir lá fiscalizar!”

‘Touché’! O Decreto-Lei 178 de Setembro de 2006 suprimiu às câmaras o parecer vinculativo na área de gestão de resíduos e a co-incineração, avançará se, eventualmente, obtiver o aval do Ministério do Ambiente.

Concluindo:

Portanto, ficam avisados os habitantes do Parragil e de Vale Judeu: o comunicado que o Dr. Seruca Emídio assinou vale o que vale: o preço do papel!

De borla, vai um recado ao Dr. Bota: veja lá se, no seu partido, explicam essas coisas ao executivo da câmara de Loulé, antes de este se “espalhar” em comunicados hipócritas!

4 comentários:

Anónimo disse...

Vocês sabem se a Cimpor contribui para... as campanhas eleitorais?
Vejam lá se vocês se informam!

Anónimo disse...

BINGO, anónimo!!!!!!!

Anónimo disse...

pois, falta massa cinzenta ca CML, mas não falta massa para fazer propaganda!

Anónimo disse...

Na quarta Assembleia Municipal de Loulé de 2006 foi possível observar um relatório da CIMPOR em que se concluía que o ar era mais limpo depois da co-incineração d resíduos perigosos. E foi feito o aviso à humanidade de que a CIMPOR tinha descoberto o elixir da juventude. Quem lá esteve sabe que o executivo se opõe a relatórios hipócritas destes. MAs nunca faltam quem saiba mandar poeira para os olhos. Em suma, quem quer dizer mal diz sempre, quem quer dizer bem escolhe a quem.