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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Uma história de vida

encalhada no centro de emprego de loulé
É frequente recebermos na nossa caixa de correio electrónico mensagens a solicitar publicação, ou, simplesmente, pedindo a nossa intervenção ou ajuda.

Infelizmente, a maior parte das vezes não podemos satisfazer as solicitações, por incapacidade, falta de meios ou de disponibilidades várias. Ou, pura e simplesmente, porque não reconhecemos interesse nos assuntos.

Não é o caso do e-mail que se segue:

Encontrando-me numa situação de desemprego e recebendo o subsídio social de desemprego, único rendimento que possuo, venho contar uma situação que me aconteceu recentemente e que pretendo denunciar.

Recebi do Centro de Emprego de Loulé uma convocatória para me apresentar num dos grandes hotéis na Marina de Vilamoura para ser entrevistado com vista a ocupar um posto de trabalho numa empresa subcontratada que garante um serviço específico nessa unidade hoteleira.

Assim fiz, marquei a entrevista por telefone e compareci no local previamente combinado.

Dirigi-me à recepção e controlo dos trabalhadores do hotel e estranhei, desde logo, a reacção da pessoa que me atendeu, dizendo-me que a entrevista não era naquele local e que não tinha nada a ver com a situação.

Telefonei novamente à pessoa que me ia entrevistar e, afinal, a dita entrevista seria realizada na rua, em plena Marina de Vilamoura, encostados a uma viatura.

Após poucos minutos de conversa, a pessoa que me entrevistava, e que se apresentou como representante dessa empresa subcontratada disse, frontalmente, que as minhas qualificações não eram as requeridas para este tipo de trabalho técnico e que procuravam uma pessoa com bastante experiência, opinião que aceitei normalmente, dado que realmente não tenho nem experiência nem qualificação para o tipo de serviço pretendido.

A pessoa que me entrevistou disse que iria contactar o Centro de Emprego para enviar mais candidatos e que remeteria a convocatória a quem de direito, explicando os motivos da minha não admissão.

Passadas cerca de duas semanas, fiquei estupefacto ao receber uma carta do Centro de Emprego de Loulé, alegando que a entidade entrevistadora lhes tinha comunicado que eu não tinha mostrado qualquer interesse para ser admitido naquele trabalho, o que é totalmente falso, ficando sujeito ao cancelamento do subsídio social de desemprego.

Situações deste tipo têm, infelizmente, ocorrido com alguma regularidade nos Centros de Emprego, e alerto a quem de direito para responsabilizar igualmente este tipo de pessoas que se apresentam como entrevistadores das entidades empregadoras, mas, ao que parece, não se preocupam com a dignidade dos entrevistados, deturpando muitas vezes o que realmente se passa nas entrevistas e pondo em causa a sobrevivência do desempregado".

Luís Teixeira (Quarteira) ( luis_nadkarni@hotmail.com )

O assunto merece reflexão. Particularmente por parte dos responsáveis do Instituto de Emprego e Formação Profissional.

Não se podem tratar levianamente assuntos desta natureza, que podem ter graves repercussões na vida das pessoas.

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