Na noite passada, em Lagos, o filho de um procurador do Ministério Público e de uma juíza, um jovem de 24 anos, que levava no carro o filho de um ex-secretário de Estado do Ordenamento do Território, foi mandado parar quando “se divertia” a conduzir em contramão, numa rotunda da estrada da Ponta da Piedade – uma “muito grave” infracção.
Feito o teste do álcool, acusou uma taxa de 1,5, ou seja, o triplo do que ainda é permitido por lei. Assim, tinha que ser, como foi, detido e levado à esquadra policial.
O amigo barafustava que os “senhores guardas” estavam a cometer um abuso de autoridade. Nada valeu. O rapaz foi mesmo levado para a esquadra.
Só que, instantes volvidos, chegavam os paizinhos e o jovem foi imediatamente libertado, com a indicação de que deveria apresentar-se no tribunal horas depois.
Provavelmente, ou porque o moço ainda estava a cozer os vapores etílicos, ou porque estavam a decorrer “penosas conversações”, o moço chegou à casa da Justiça com um muito considerável atraso, quando os agentes da ordem, que deveriam testemunhar a grave infracção, já tinham sido convenientemente dispensados pelo procurador que, “por acaso” é colega do pai do citado infractor. O rapaz saiu em liberdade e depois logo se verá!...
Gostaram da história?
É o reflexo da forma de aplicação da justiça neste país de brandos costumes, à beira-mar plantado, no século XXI da Era de Cristo…
2 comentários:
este pais é uma vergonha...
Os rapazes usavam colarinhos brancos...
Tem lá paciencia!
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