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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Onde se fala da classe política portuguesa,

num grande caso bpn e... de corrupção
Quem escutou Medina Carreira ontem no programa «Negócios da Semana», da SIC Notícias, deu por bem empregue o seu tempo, com certeza.

Num tom vivo, polémico e bem-humorado, o ex-ministro das Finanças declarou repetidamente, e com exemplos, que a actual classe política portuguesa está mais interessada em fazer os seus negócios, do que em fazer uma aposta séria na captação de investimento estrangeiro para o País.

Num estilo inconfundível, fez um diagnóstico do país e da governação, com ataques mordazes a todo o espectro político português.

Entre as opiniões certeiras, e controversas, uma das figuras mais criticas do estado das finanças públicas portuguesas deixou uma série de afirmações no ar que vale a pena reter:

“ a mediocridade está instalada nos partidos; por conseguinte, a competição não convém. Aquilo são feudos, onde eles vão tratando das suas respectivas vidas”

“sempre que um partido em Portugal tem maioria absoluta, os deputados ficam reduzidos a zero. Se tem maioria relativa, há estas contendas brutais em que o PSD está metido porque sabem que sem ir ao Governo não têm lugares para tratar da vida e dos negócios e, portanto, degladiam-se para ver se têm acesso aos lugarzitos que restam. Isto é a vida partidária”.

“O poder é negócio. [Alguns] que entraram para o Governo e eram uns pilha-galinhas e hoje são riquíssimos”.

“[querem tomar conta do Orçamento] para empregar os primos, os tios, para fazer negócios de auto-estradas e outras coisas no género”.

“Há 14 anos que o PS e o PSD estão no Governo e não fizeram nada de útil”.

“Um país pobre só com gente capaz é que consegue mudar”.

E até deu receitas /conselhos que foram direitinhos a Sócrates:

“Baixar o IVA é uma medida que pode dar dinheiro aos pobres”.

“É pedir a um craque, um Dr. Silva Lopes, uma pessoa com envergadura, e dizer … ó sr. Dr, tenha paciência, em três meses faça-me um levantamento [para saber as razões por que as empresas não se fixam em Portugal]”

“Sabe o que eu faria para combater a corrupção? Pedia aí ao Dr. Carlos Alexandre, ao Dr. João Palma e ao Dr, Carlos Anjos da PJ e dizia: os senhores façam-me aí um projecto de lei e digam-me de que meios precisam para combater a corrupção. E pronto; em 3 meses eu tinha um projecto-lei. Porque eles é que sentem as dificuldades no terreno”.

“Mas ninguém quer combater a corrupção. Quer tudo fingir. É que a corrupção serve muito boa gente”.

4 comentários:

Anónimo disse...

Esta entrevista deveria ser reeditada em horário nobre na sic generalista!
Há que romper com o mediocre jornalismo que permite a estupidificação de Portugal!
Deixo aqui a sugestão: 20:00 sábado, dia 14 de Agosto, convidem o Dr. Medina Carreira, Primeiro Ministro Sócrates e Dr. Manuela Ferreira Leite! (que nunca aceitarão obviamente...) e façam história em Portugal...
Ou então não...abram o jornal com as ultimas sobre o Benfica, o Ronaldo ou os últimos casos de gripe A...

Marta disse...

Parabéns ao Sr. Dr. Medina Carreira pela persistente e corajosa atitude de denúncia da podridão do nosso sistema político.

F.G. disse...

Também fui dos que teve a sorte de escutar a entrevista.
EXTRAORDINÁRIA LUCIDEZ.

Anónimo disse...

É, é a prática dos média informar e convidar assuntos e pessoas com interesse, neste caso, num canal onde só quem tem TV cabo tem acesso. E viva a democracia para que não digam que não se informa com isenção.