Festival em Centro de Congressos

ou festival do logro achocolatado?

Oportunamente,fizemo-nos eco dum anunciado «Festival do Chocolate» Algo que, no ano passado não nos deixou grandes saudades e que, este ano voltou, há dias, a Vilamoura.

Pelos vistos, se não deixou saudades a nós, no ano passado, também as não deixou, este ano, ao leitor que nos enviou o seguinte e-mail:

“(...) A propósito do propalado e alegado "Festival do Chocolate" que decorreu no alegado e propalado "Centro de Congressos" do Tivoli Hotel, devo prestar os seguintes esclarecimentos:

1º - O local, de centro de congressos não tem nada. A reunião de algumas mesas expositoras de produtores de alimentos achocolatados decorreu numa sala grande (podemos, eufemisticamente, chamar-lhe salão…), com acesso modesto, sinalizado com setas impressas em folhas A4, a preto e branco, espalhadas ao longo de uns caminhos esconsos que a ela conduziam. Um centro de congressos é outra coisa…

2º - O "Festival", no sentido de grande organização festiva, não passou de uma apresentação e venda de produtos achocolatados, entre eles o pretencioso mas, do ponto de vista de marketing empresarial, bem conseguido "melhor bolo de chocolate do mundo". À volta da sala estariam espalhadas, já exagerando, uma doze mesas/bancas que vendiam algumas guloseimas… Depois, haveria demonstração de algumas habilidades pasteleiras mas coisa singela. Esculturas? Em abóboras e melões viu-se qualquer coisa, mas pouco mais. Além de umas modestas fontes de chocolate e de uns bolos exageradamente forrados com maçapão colorido, pouco mais há a referir…

3º - O preço do bilhete de entrada foi uma autêntica exorbitância - 3.5€.

Antes de se meterem a fazer coisas destas e a dar-lhe nomes pomposos, para iludir incautos turistas, aprendam com quem sabe fazer as coisas: vão a Óbidos, por exemplo, e vejam o que é um FESTIVAL!

Sentimo-nos defraudados pelas expectativas que criaram e que nos fizeram, propositadamente, deslocar a Vilamoura para o "Festival", na vã tentativa de fugir aos diversos carnavais que salpicaram o país de uma ponta a outra. Afinal, acabámos por ser vítimas de um embuste carnavalesco.

Com eventos destes, digam lá como esperam fidelizar turistas fora da época de praia e sol? Felizmente que estas 2 características, apelativas de férias, não dependem da manipulação humana porque, se assim fosse, também haveria alguém capaz de dar cabo delas…

Ficamos com curiosidade em saber qual a antiguidade do "Festival" e quantos turistas conseguiu atrair. E ficamos com esperança de podermos dizer que participámos no único "Festival" que alguma vez se realizou subordinado ao tema Chocolate.

Nós e mais 9 pessoas que lá foram na mesma altura que nós… Ficámos vacinados! Algarve não é, definitivamente, All Garve…”
luis.furtado.ferreira@mail.com

Para que conste e para que não façam outros Ferreiras e restantes 9 «vacinados» criarem falsas expectativas.
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