“urgente e necessário uma ruptura”
À saída do encontro regional que a CDU realizou ontem em Faro, assalta-nos uma sensação de vazio porque, depois de escutarmos tantas vezes falar em “política de verdade”, concluímos que, afinal, não nos são propostas quaisquer soluções.É fácil traçar o quadro sombrio que atravessamos; é fácil fazer apelos dramáticos e histriónicos quando alguém se dirige “aos lesados e ofendidos pela direita”; é facílimo fazer insinuações demagógicas, deixando no ar a ideia de que toda a difícil situação que atravessamos é culpa do Governo actual e dos que imediatamente o precederam.
O documento final é claramente demonstrativo do que afirmámos. Dirige-se a todos: “trabalhadores e populações do Algarve, juventu-de, reformados, lesados e ofendidos pela política de direita" – a quem a CDU se oferece como “o espaço de acção política de todos os que têm o objectivo de servir a causa pública e se colocam ao serviço dos interesses dos trabalhadores e das populações”.
“Portugal e o Algarve não estão condenados ao rotativismo que tem conduzido ao seu definhamento, ao encerramento de empresas e à destruição do tecido produtivo” diz-se no documento; mas a ausência de sugestões alternativas significa que o difícil, mesmo, é apontar soluções.
E o que hoje é válido para o que sentimos após o encontro dos comunistas e verdes, é igualmente válido relativamente a qualquer partido da oposição.
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