Levando o programa eleitoral do Bloco para o estúdio, José Sócrates acusou o Bloco de Esquerda de "radicalismo", "extremismo" e espíri-to "revolucionário", dividindo a esquerda e elegendo os socialistas como o seu principal adversário, em claro benefício da direita.
Louçã endereçava a sua mensagem política aos socialistas que deram maioria absoluta ao actual governo e que foram vítimas da guerra que lhes foi movida por este executivo, como é o caso dos professores. O líder bloquista disse, repetidamente, que Portugal precisa de "governabilidade", de "um bom primeiro-ministro", de "rigor" e de transparência" na economia.
À insistência, algo desastrada de Louçã acerca das nacionalizações, disse Sócrates: “Sabemos como começam e como acabam as nacionalizações: menos eficiência, mais desemprego. É proposta de uma esquerda radical e extremista, que não está sequer de acordo com o quadro da União Europeia”.
Numa fase em que o debate já decorria quase sem regras, Louçã explicou que propõe acabar a “floresta de benefícios fiscais”, mas que reclama ao mesmo tempo a gratuitidade da Saúde e Educação. “Por isso não faz sentido que seja deduzido fiscalmente aquilo que está a ser oferecido às pessoas”.
Em consequência, Sócrates acusou o BE de penalizar a classe média, numa ordem superior a mil milhões de euros, caso concretizasse a sua proposta de acabar com os benefícios fiscais.
No final, os analistas foram praticamente unânimes: Sócrates, munido do programa do BE, deu a provar a Louçã do seu próprio veneno, deixando patente que este pretende transformar Portugal num país totalitário, uma ditadura de esquerda, onde nada mais existe para além do Estado, do colectivo.
2 comentários:
E o mesmo aconteceria à Câmara de Loulé se fosse possível ganhar o BE. Felizmente não acredito que isso venha a acontecer uma dia... se bem que, ganhar o PSD é o mesmo que ganhar o BE. Não se esqueçam que os 2 partidos têm, em Loulé, uma aliança camuflada...
Que ganhe qualquer gente menos o que loá está.Se assim for não andamos mais para traz.
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