dinheiro para sustentar predadores profissionais
Foto: Mário Cruz/LUSA
"(…)‘Entraram-me em casa, espatifaram tudo. Levaram o plasma, o DVD a aparelhagem...’ Esta foi uma das esclarecedoras declarações dos auto desalojados da Quinta da Fonte.
A imagem do absurdo em que a assistência social se tornou em Portugal fica clara quando é complementada com as informações do presidente da Câmara de Loures: uma elevadíssima percentagem da população do bairro recebe rendimento de inserção social e paga- ‘quatro ou cinco euros de renda mensal’ pelas habitações camarárias.
Dias depois, noutra reportagem, outro jovem adulto mostrava a sua casa vandalizada, apontando a sala de onde tinham levado a TV e os DVD. A seguir, transtornadíssimo, ia ao que tinha sido o quarto dos filhos dizendo que ‘até a TV e a playstation das crianças’ lhe tinham roubado.
Neste país, tão cheio de dificuldades para quem tem rendimentos declarados, dinheiro público não pode continuar a ser desviado para sustentar predadores profissionais dos fundos constituídos em boa fé para atender a situações excepcionais de carência.
A imagem do absurdo em que a assistência social se tornou em Portugal fica clara quando é complementada com as informações do presidente da Câmara de Loures: uma elevadíssima percentagem da população do bairro recebe rendimento de inserção social e paga- ‘quatro ou cinco euros de renda mensal’ pelas habitações camarárias.
Dias depois, noutra reportagem, outro jovem adulto mostrava a sua casa vandalizada, apontando a sala de onde tinham levado a TV e os DVD. A seguir, transtornadíssimo, ia ao que tinha sido o quarto dos filhos dizendo que ‘até a TV e a playstation das crianças’ lhe tinham roubado.
Neste país, tão cheio de dificuldades para quem tem rendimentos declarados, dinheiro público não pode continuar a ser desviado para sustentar predadores profissionais dos fundos constituídos em boa fé para atender a situações excepcionais de carência.
A culpa não é só de quem usufrui desses dinheiros. A principal responsabilidade destes desvios cai sobre os oportunismos políticos que à custa destas bizarras benesses, compraram votos de Norte a Sul”.
Por Mário Crespo, in «Jornal de Notícias», 21/Jun
.
Alguém está disposto a reflectir sobre isto? Alguém já apreciou, uma noite destas, a qualidade do «parque automóvel» do «bair-ro nómada» junto da igreja de S. Pedro do Mar? Não haverá nada a fazer? Ou continuam, apenas, a "comprar votos de Norte a Sul"?
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Por Mário Crespo, in «Jornal de Notícias», 21/Jun
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Alguém está disposto a reflectir sobre isto? Alguém já apreciou, uma noite destas, a qualidade do «parque automóvel» do «bair-ro nómada» junto da igreja de S. Pedro do Mar? Não haverá nada a fazer? Ou continuam, apenas, a "comprar votos de Norte a Sul"?
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2 comentários:
Eu desconheço estes problemas porque não moro em Quarteira, mas gosto sempre de vir dar uma espreitadela, pois acho este Blog é excepcional devido à quantidade de informação que dá a todos os que o visitam sobre os mais variados assuntos.
No entanto , estranho a falta de opinião dada pelos quarteirenses sobre os mesmos.Será que não tem opinião ou temem dá-la?
Que me lembre o assunto mais comentado nos ultimos tempos foi sobres as Marchas populares, e este problema assim como todos os outros sugeridos ao Sr. Presidente da Junta para debater com a Srª. Governadora?
Enquanto Não se levantarem mais vozes contra o que está mal, tudo ficará ca vez pior e nas próximas eleições votem no mesmo?!
Em parte a culpa é vossa!!!
Meu caro anónimo:
Tem razão. As pessoas fogem de discutir o que lhes é fundamental discutir.
Há algumas semanas um dos nossos leitores propôs uma discussão interessante, chegando mesmo a propor a abertura de um fórum. Não teve êxito.
É certo que alguns comentadores se poderão queixar de que muitos dos comentários que enviam, não são validados.
Pois não. Fazer um blogue com estas características dá muito mais trabalho do que as pessoas pensam. Por isso, não vamos permitir que o manchem com comentários infantilizados ou simplesmente imbecis ou atentatórios contra a dignidade de pessoas (comentadores ou políticos) e, na moderação, não os deixamos passar. Foi um erro que cometemos no início, com maus resultados e, por isso, metemos a moderação de comentários.
Porque, infelizmente, muita gente (alguns dos quais bem conhecemos) prefere o comentário soez, ou a insinuação torpe, a tratar os assuntos com seriedade. Outros não sabem quais os limites que separam o homem público da vida privada do mesmo, outros ainda preferem esconder-se no anonimato para darem largas a baixos instintos, agredindo aqueles de que não gostam. Não os toleramos, como não toleramos a grosseria de linguagem nem o teor vácuo e mesquinho de alguns dos comentários que vão chegando, a revelar mentalidades infantis ou patéticas.
A quem quiser comentar, com seriedade, com rigor, com educação, o ‘Calçadão’ recebe de braços abertos.
Aos que nos apresentam aqui, ou por e-mail, problemas (ou soluções) que aqui querem ver tratados, nunca deixamos de responder e acolhemos com satisfação as propostas inteligentes. A esses, o nosso obrigado.
Os que não comentam os assuntos que a todos devem interessar… são os que sempre estão à espera de que “os outros” façam, resolvam...
Ah, já esquecia: obrigado pelo cumprimento.
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