a banda e o engarrafamento
Foto de arquivo, da Banda da Sociedade Filarmónica LacobrigenseEsta noite foram as bandas da Sociedade Filarmónica Lacobrigense e de Oeiras, as que vieram dar música à Praça do Mar.
Do local onde estávamos, não conseguimos perceber qual delas foi a que começou o concerto, mas pensamos que foi a de Oeiras. Só podemos garantir,,, que foi diferente. Em muitos aspectos: o primeiro, então, foi um espanto - começou o concerto exactamente à hora marcada; o que, na nossa região é, só por si, proeza notável.
Depois, foi a sua apresentação - distante dos padrões estereotipa-dos das fardas e bonés a que as filarmónicas nos habituaram e, finalmente, o repertório - entre o popular e o erudito. É certo que a exigir um público mais exigente mas um repertório e um desempe-nho reveladores de um trabalho aprofundado de pesquisa de vias para conseguir criar e manter um perfil capaz de extravasar o carác-ter acústico; um estilo próprio a romper a tradição e as atitudes lúdicas da interpretação que, no correr de uma sinfonia breve conseguiram sublinhar o dramatismo da peça e a qualidade do som.
Foram momentos bonitos que, como atrás se disse, mais se destinariam a um público menos heterogéneo. Por isso mesmo, a banda não encontrou a vibração dos aplausos que, por exemplo, há oito dias, conseguiram as bandas de Punta Umbria e a Orquestra de Sopros do Algarve. E, no entanto, numa comparação honesta, nenhuma delas levaria a palma.
Depois… bom, depois foi o engarrafamento! Parece que dois automóveis mal estacionados ao fim da faixa de rodagem da Avenida Infante de Sagres, impediam a passagem a autocarros e longa fila se formou, enchendo toda a marginal, com ruído, fumos, impaciencia.
Foi hora de abalar, O serão já estava estragado.
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