Apesar de estar uma noite um bocadinho fresca demais, a verdade é que as centenas de pessoas que se deslocaram ao final da zona marginal puderam gozar de uma audição “de primeira”, proporcionada pela Orquestra do Algarve.
O programa não fora previamente anunciado mas a selecção das obras interpretadas revelou-se uma excelente escolha tendo em consideração a “plateia” heterogénea que é previsível encontrar num local aberto e de veraneio. Com efeito, a selecção musical constituiu uma opção capaz de agradar e atrair públicos menos exigentes e menos familiarizados com os temas eruditos. As valsas de Sibelius e de Johann Strauss podem ser “compreendidas” e, sobretudo, apreciadas por qualquer público, uma serenata de Tchaikovsky tem uma linha melodiosa que prende; quanto às danças húngaras, elas são capazes de fazer vibrar e mesmo até “abanar o corpo” a qualquer apreciador, mesmo a um não melómano.
A direcção do maestro Laurente Wagner, desnecessariamente “espa-lhafatosa” para o meu gosto, demonstrou-se eficaz e linear. A ovação final que ele e a orquestra receberam foi bem demonstrativa do apreço geral.
Em suma: um bom serão, com “bastante nível” para os “mais entendidos”, mas – estou certo - muito agradável para qualquer que goste de música.
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