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sexta-feira, 4 de julho de 2008

Souto Moura e o Centro Cultural de Quarteira

o projecto está encomendado; as valências, não
Na última reunião que a Câmara de Loulé realizou em Quarteira, o presidente da autarquia revelou que convidou o arquitecto Souto Moura para desenhar o projecto para o novo Centro Cultural de Quarteira.

Seruca Emídio explicou que a sua opção se baseou no critério da qualidade, preferindo, por isso, a adjudicação directa, uma vez que, segundo ele, “o concurso público poderia fazer ganhar um projecto menos digno”; de resto, segundo disse também, Souto Moura não aceitou entrar num concurso público

Assim, o futuro Centro Cultural vai ser definido pelo arquitecto que, depois de conhecer o espaço, decidirá quais as valências a implementar.

O convite directo, no que respeita a projectos de obras de importância relevante, parece ser uma situação normal, prevista na legislação, quando se trata de profissionais de méritos reconhecidos e obras «emblemáticas».

Torna-se, porém um tanto esquisito que, só depois do projecto estar delineado é que se venham a saber quais as suas valências. É assim como dizer a um qualquer construtor: faça-me lá uma casa e depois logo se vê para que é que ela serve – se para habitar, se para uma oficina, um escritório ou uma sala de jogos…

Mesmo reconhecendo-se os méritos e o bom-senso de Souto Moura, a situação não deixa de ser estranha.

E a estranheza à volta deste ambicionado equipamento para a cidade não fica por aí: tivemos conhecimento de que, promovido por um denominado «Movimento de Gostar de Quarteira», decorre, sem aparente grande êxito, um abaixo-assinado sobre a utilização do espaço do chamado «mercado da fruta», onde está prevista a construção do referido Centro Cultural.

Seria bom que alguém, com capacidade jurídica para o fazer, se pro-nunciasse, de uma vez por todas,se as anteriores deliberações toma-das pela Câmara de Loulé, podem, ou não ser revertidas e se, deste modo, a localização da futura estrutura pode, ou não, ser alterada.

É que não faria sentido que se mandasse executar um projecto, não estando definida a localização definitiva da obra…

Quarteira não merece mais adiamentos e o Centro Cultural faz- --- -lhe falta como pão para a boca.
..

11 comentários:

Anónimo disse...

Caro Lourenço e caríssimos leitores:

O Observatório do Algarve diz hoje que o Tribunal de Contas vai multar o actual e o anterior presidentes da Câmara de Faro por serem "violadores de normas legais", na adjudicação de trabalhos de 200 mil euros por ajuste directo.
A auditoria do Tribunal de Contas a que se refere, incidiu na adjudicação por ajuste directo de obras adicionais - com custo na ordem dos 200 mil euros - que resultam de correcções ao projecto inicial e sugere que a não sujeição dos preço dos novos trabalhos a consulta de mercado (concurso público) inviabiliza a obtenção de preços eventualmente mais vantajosos para o erário público.

Ora, segundo o Calçadão, o presidente da Câmara Municipal decidiu, por sua livre e única iniciativa, encomendar um trabalho a um arquitecto sem que, a «escolha» tenha sido precedida de concurso. Diz o Calçadão que isso é legal. É duvidoso que seja ou não legal, sobretudo porque não sei como pode classificar-se de “emblemático” um equipamento cujas características se não conhecem.

Mas tem mais: repare-se que o Observatório diz que "elaboração dos projectos de execução dos empreendimentos ou obras", a autarquia deve "equacionar exaustivamente os objectivos que aqueles devem apresentar". Ora segundo diz o Calçadão… ninguém conhece “exaustivamente” o projecto… Nem quem o encomendou nem quem o vai executar.
Que o Dr. Seruca Emídio se arrisque à multa por "violador de normas legais", isso é lá com ele, se bem que o dinheiro que vai pagar a Souto Moura… seja nosso. Mas vamos ver se Quarteira não vai enfiar um novo barrete. É que o caso da Universidade de Quarteira ainda está muito fresco.

Cumprimentos.

P.O.

Anónimo disse...

Amigo Lourenço,

Eu não percebo os Socialistas. Eles querem o Centro Cultural ou querem o Centro Cultural do Vítor Aleixo?
Se senhor Aleixo anda agora tão preocupado com o Centro Cultural no Mercado da Fruta porque não o mandou ele fazer quando era presidente da CML? O que ele queria ali não era o Mercado? e os mercados não trazem cheiros e transito para a volta deles? E se era isso, porque é que não comprou o terreno? Podia ter feito o Mercado ou o Centro. Mas não fez nenhuma dessas coisas e tudo o que fez foi em Loulé.
Agora anda com esses movimentos de Gostar de Quarteira. Mas ele gosta porquê? Só porque tem cá uma loja e por isso vem cá fazer o seu negócio? Pois faça que a gente percebe, mas não diga que isso é gostar de Quarteira. Quando tirou ao senhor Filipe a hipótese de ser candidato do partido dele para meter o Ezequiel que toda a gente sabia que não tinha epótese nenhuma, e quando andava a atacar o José Mendes, dizendo mentiras, o senhor Aleixo estava a gostar de Quarteira? Alguém viu o senhor Aleixo nas manifestações dos pescadores ou nas festas de Quarteira? Gosta de Quarteira porquê? Não gosta mais de Loulé, tem a certeza? Ou está a fazer este Movimento para atrazar ainda mais a obra?
À gente que nem faz nem deixa fazer. A gente sabe que já à muito betão em Quarteira. Mas a maior parte do betão não foi feito no tempo em que o PS estava à frente da CML?
Deixe lá o Dr. Seruca Emídio fazer o que ele não foi capás de fazer.
Ou quer ficar como o Bocage há espera da última moda e nunca mais temos nem Centro Cultural nem coisa nenhuma.
Por isso eu digo, amigo Lourenço, eu não percebo vocês socialistas e mais o vosso Gostar de Quarteira.

Anónimo disse...

bela forma de conduzir uma discussão que se pretende séria.
o lourenço tem o condão de dizer coisa nenhuma, por isso pergunto eu a tão camuflada personagem (talvez só o próprio acredite nisse), o lourenço dá verdadeiramente a cara(ironia) pelo centro cultural ? teve o cuidado de estudar o dossier e poder pronuciar-se cabalmente sobre a realdidade deste caso bicudo e quicá ilegal?
sabe bem apenas dizer mal por dizer, certo?
ao anonimo anterior apenas uma palavra, tentou disfarçar a sua opinião, mas a arraia miuda é assim mesmo, miseravel. informe-se antes de dizer disparates

Lourenço Anes disse...

O amigo eduardo g., nessa forma dubiamente enigmática e trapalhona de escrever, tem uma forma curiosa de ver as coisas.
Entende que eu tenho o condão de dizer coisa nenhuma. É interessante: eu limito-me a dar uma notícia – nada mais que isso: “notícia de Quarteira” -, transcrevendo factos – neste caso, até, factos já relatados pela imprensa ou transcritos em forma de entrevista.
Não falei em dossiês pelo que não tenho que me pronunciar sobre eles. Aliás, quem afirma o que ficou escrito sobre as valências do Centro Cultural foi o próprio senhor (presidente de junta) que o declarou em entrevista: depois do projecto feito… se saberão as valências.
Que o projecto foi entregue a Souto Moura sem concurso foi o presidente da Câmara de Loulé. Não inventei.
Onde – e o quê – é que eu “só digo mal”? Saberá o meu caro comentador eduardo o que é uma notícia? Se o caso é legal ou ilegal, é uma afirmação sua. Não minha. Se o caso é bicudo ou não… só o futuro o dirá. Mas, pelo tempo que demora a ser resolvido, pelos vistos é mesmo bicudo.
Quanto a dar a cara pelas obras de Quarteira, acho que isso é da responsabilidade de autarcas, projectistas, engenheiros e construtores. Ou não? Eu limito-me a uma opinião muito simples, com a qual não sei se você concorda: Quarteira precisa deste (ou doutro) Centro Cultural como o pão para a boca.
Mas, se calhar, você apenas lhe interessam trunfos ou pormenores de outra natureza… Esse é problema que me transcende. Tenha uma boa tarde.

Anónimo disse...

Ora, Lourenço, esse deve ser mais outro vendido ao José Mendes. Você dá-se ao trabalho de responder?
Eles não querem que se digam verdades. Fazer tudo às escondidas é especialidade de tais personagens.
Continui a dar notícias à gente das falcatruas que se fazem por aí. A gente séria agradece. Os políticos de meia tigela não gostam.

Anónimo disse...

Boa! Ai o arquitecto faz o projecto à maneira dele e a gente tem de aceitar o que ele quiser? Que forma tão engraçada (eu não rio) de se encomendar uma obra.

Anónimo disse...

Cá para mim, esse tal de Eduardo g vem com conversa encomendada pelo aleixo, que é dos que dizem que querem o CC Quarteira mas só se forem eles a fazer.
Tudo isso é mesquinho e mete nojo. Que venha o Centro mas que a obra seja de acordo com o que os Quarteirenses querem e precisam, não é ás cegas.

Anónimo disse...

Olá! Então, temos aqui «nobres» e «arraia miuda»! Diga-me dessas!
Esse tal Eduardo é dos nobres?
Nobres como o Victor Aleixo & Cª Ldª?
Estes fulanos que acham que a arraia miuda não tem direito a escrever e a opinar são muito giros. E se calhar escondem-se debaixo dos guardas-chuvas do Socialismo e da Social Democracia. Que grandes democratas.
Estou vendo que quando andava aí na campanha do Aleixo dizia que era o quê? Arraia miuda? É que tal candidatura, como vê, não convenceu ninguém. Por os vistos, somos também «nobres» às vezes.
O Aleixo já não é nada na política de Loulé e muito menos de Quarteira e você ainda o apoia?
Ora porra, amigo. Eu quero é gente que goste mesmo de Quarteira, não é de Aleixos nem de movimentos de xaxa.
Agora o Centro Cultural de Quarteira é um caso bicudo e ilegal? Se fossem os socialistas a faze-lo já era legal?
Se era, porque não o fizeram?

Anónimo disse...

Ai se vem cá o Tribunal de Contas!!!!!!!!!!!

Lourenço Anes disse...

À ATENÇÃO DOS COMENTADORES:

No nosso banner lateral, podem os leitores verificar que, na moderação dos comentários aos posts do ‘Calçadão’, “apenas serão admitidos aquelas que respeitem, com a necessária correcção e linguagem adequada, aos assuntos desses mesmos posts”

Com frequência, vemo-nos forçados a rejeitar comentários por não obedecerem aos parâmetros definidos. Não podemos transigir com linguagem imprópria de gente civilizada; nem compreendemos que se teime em discutirem «alhos», quando o assunto em causa sejam «bugalhos».

Mais grave ainda é quando nesses comentários se pretende ofender ou discorrer sobre factos da vida privada de cidadãos – lamentável ocorrência, fruto da imaturidade, falta de civismo e de educação que, infelizmente afecta ainda grande parte da nossa sociedade.

Foi o que aconteceu no caso da entrada sobre o assunto “Centro Cultural de Quarteira” onde um elevado número de leitores preferiu partir para a ofensa grosseira ou para a referência a factos da vida privada – uns, de um vereador da Câmara Municipal de Loulé que, por sinal, nem sequer era mencionado no post; e outros referindo-se ao presidente da Junta de Freguesia.

O facto de se tratarem de figuras públicas não justifica o insulto, a agressão, ou as referências a assuntos que respeitam às suas vidas íntimas ou não são da esfera da sua «vida pública».

Uma dezena de comentários teve, assim, lamentavelmente, de ser rejeitada. Assim acontecerá sempre que alguém tente tirar partido da possibilidade de comentar no ‘Calçadão’, usando dessa oportunidade, a coberto do anonimato, para ajustes de contas, para a ofensa soez, a injúria, a grosseria ou o boato.

Quem assim quiser proceder, tem um caminho: criar o seu próprio blogue.

Cumprimentos.

Lourenço Anes disse...

NOTA IMPORTANTE:

Recebido por e-mail em 7 de Julho de 2008, passo a transcrever:


Pessoa amiga trouxe ao meu conhecimento de que alguém dizendo chamar-se “Eduardo G.” teria escrito um comentário no blog «Calçadão de Quarteira», a propósito do futuro Centro Cultural de Quarteira.

Agradeço que dê conhecimento aos seus leitores de que tal comentário não é da minha autoria e que não me revejo no que nele se expressa.

Sobre o seu autor, prefiro pensar que se trata de simples e curiosa coincidência.

Com os meus cumprimentos,
Eduardo Geraldo (BI 1013818)


Tive oportunidade de responder, igualmente por e-mail, ao Senhor Eduardo Geraldo. Como deve compreender, o ‘Calçadão’ não tem responsabilidade nessa ou em qualquer outra “simples e curiosa coincidência”. De qualquer forma, pedimos desculpa por eventuais incómodos.

Também preferimos pensar que se trata de “simples e curiosa coincidência”.

Seja como for, obrigado pelo esclarecimento e pela atenção.

Cumprimentos.

Lourenço Anes