já fizeram uma visitinha

Amazing Counters
- desde o dia 14 de Junho de 2007

terça-feira, 31 de julho de 2007

A BUFARIA, A VÍTIMA E A MENTIRA

não teve coluna vertebral para assumir
.
“[…] será que ninguém reparou que o ‘pobre e oprimido’ professor [Charrua] mentiu com os dentes todos? Se é verdade que o seu processo disciplinar é inadmissível e preocupante, não é menos verdade que o despacho de acusação - cujo conteúdo, sublinhe-se, não foi contestado nem por Charrua nem pela sua advogada - é claríssimo e desmente a versão que o professor sempre fez passar aos media - a de que se teria limitado a dizer uma piada sobre a licenciatura de José Sócrates. Chamar "filho da puta" ao primeiro-ministro (a frase exacta é: "somos governados por uma cambada de vigaristas e o chefe deles todos é um filho da puta") não é uma graçola inocente - é um insulto a Sócrates e à sua mãezinha.

[…] Mas é igualmente um facto que o 'heróico professor' Charrua, que anda para aí a armar-se em vítima da liberdade de expressão, não teve coluna vertebral para assumir publicamente o que se passou e as palavras que proferiu. […]

Fernando Charrua não precisava de vir para as televisões confessar "eu chamei filho da puta ao primeiro-ministro". Mas devia ter dito: "Quaisquer excessos de linguagem que tenha cometido aconteceram no decorrer de uma conversa privada e ninguém tem nada a ver com isso." Tivesse-o feito e mereceria todo o meu respeito. […]”
in “Diário de Notícias”, 31/jul, por João Miguel Tavares, jornalista

O professor sabe perfeitamente que infringiu um preceito punível pelo Estatuto Disciplinar. Armar-se em vítima só serviu interesses político partidários do mais baixo nível.

Será possível que, um dia, sejamos capazes de fazer da política uma coisa “séria”?!

,

6 comentários:

Anónimo disse...

Charrua não merece o título de professor. Quem exerce tal nobre desempenho tem de dar exemplo sobretudo aos alunos. Um aluno que veja um professor chamar filho da pu.... e vigarista..... ao (patrão) o que pode pensar a seguir ? Se ele chama eu que sou apenas aluno posso dizer o que me apetecer. NADIA

Anónimo disse...

Lamentável aproveitamento político de um "erro de linguagem" involuntário ou deliberado. Mau nível revela o maior partido da oposição quando muito há que substantivamente questionar. Assunção clara de quão difícil é discordar daquilo que gostaríamos de saber fazer!
Mas, este caso não é, lamentavelmente, o exemplo da liberdade que vai faltando em alguns círculos sociais e de trabalho.
Quanto ao professor actor deste triste episódio, se o fosse verdadeiramente, estaria na Escola em contacto com alunos não na A. R. ou na DREN, a fazer política suja.

Anónimo disse...

Ora até que enfim que aparecem as pessoas a chamar os bois pelos nomes!
Eu concordo com o Sr. Almeida: um professor deveria estar na escola, a dar aulas e não a protestar porque alguém acha que não deve continuar um destacamento que já dura há dezenas de anos.
Se foi requisitado à escola e agora a entidade patronal já não precisa dele, deveria dar-lhe um prémio e renovar a requisição?
Mas que moral é a deste fulano?
Triste país o nosso em que partidos e jornalistas, para tirarem proventos pessoais, dão razão aos indivíduos sem carácter!

Anónimo disse...

Também não gostei da forma como o meu partido, que é um partido com dirigentes intelectualmente bem dotados e que se pauta por princíopios, alinhou ao lado de comunistas e esquerdistas na condenação do governo e na defesa de um indivíduo que, logo à partida, até pelas suas declarações às televisões, se viu que não tem "gabarito" para ser professor, quanto mais dirigente de uma estrutura importante da educação.
Espero não voltar a ver o meu partido fazer muitas figuras destas. Não era preciso louvar o que o governo fez, é claro. Bastava-nos estar calados e não alinhar com as esquerdas.

Anónimo disse...

E perdem vocês tempo com essa gente?

Lourenço Anes disse...

P/"anónimo" Nádia :

Com efeito, Nádia, parece que o homem não quer mesmo ser professor… Usa o título mas o que faz é estar destacadinho, se calhar com um ordenado bem superior ao de um verdadeiro professor, “armado em chefe”, numa Direcção Regional. E não gostou que se tivesse “acabado a papa doce” (que, por sinal, lhe era proporcionada pelo “filho de puta” do chefe do Governo!)


P/ António Almeida :

Ainda bem, meu caro, que as pessoas vão abrindo os olhos para os espertalhões que gostam de usar “erros de linguagem” e para os aproveitamentos que os partidos fazem.
A “depravação” chegou aos extremos de se condenar o que castiga e louvar o que prevarica.
Quanto ao lugar do professor… depois de vinte e tal anos num lugar de poleiro, será que ele ainda sabe dar uma aula (se é que alguma vez soube, claro)?
E olhe, Almeida, será que uma pessoa com semelhantes procedimentos deverá estar alguma vez “em contacto com alunos”?


P/ António :

Como vê, António, afinal, há pessoas que chamam os bois (salvo seja – não vá o Charrua pensar que eu estou a insinuar alguma coisa) pelos nomes…
Como pode verificar, todos os comentadores aqui afinaram pelo mesmo diapasão: o homem não merece a consideração que é devida a um verdadeiro professor.
Errou. Foi castigado. Por que haveria de continuar num lugar de destaque, se não revela, no seu local de trabalho, o respeito devido às hierarquias?
No que se refere ao partido que terceiros tiram destes dislates… olhe, António: é próprio da natureza humana, sobretudo, dos mais fracos de espírito.


P/ Pensador :

Meu caro: a questão, neste caso, não se põe entre esquerdas e direitas. Põe-se entre gente educada e gente sem princípios.
E põe-se também, infelizmente, entre aqueles (partidos ou outros) que procuram tirar dividendos de tudo, mesmo quando sabem que a razão lhes não assiste.
Infelizmente, sempre o “grupo” (neste caso, o seu partido ou outros partidos) se sobrepõe ao indivíduo. Assim, os “dirigentes intelectualmente bem dotados e que se pautam por princípios” acabam por ser apagados pelas conveniências de momento de outros, provavelmente… “intelectualmente mal dotados”.


P/ Anónimo :

É capaz de ter razão, amigo. Vamos pôr ponto final. Não vale a pena “perder tempo com essa gente”.