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segunda-feira, 9 de julho de 2007

NEGÓCIOS DA CÂMARA

com a misericórdia de loulé

Não sei se o negócio com a Misericórdia de Loulé [sobre a aquisição do convento de Santo António] é assim tão… claro e linear.

Estou a lembrar-me de que, ainda não há muito tempo, a CML esportulou uma pipa de massa para pagar obras (ou adquirir, ou lá o que foi) o Hospital Velho.

Na campanha eleitoral para as autárquicas, dizia o actual executivo que ia ali re-instalar um hospital, ao serviço da população do concelho.

Chegou a ser dito que, tal como estava funcionado há anos, seria um hospital “de retirada” (para quem não saiba o que isso significa, resumidamente, é um estabelecimento hospitalar onde os casos “mais problemáticos” vão aguardar os seus últimos dias – um eufemismo, portanto). Mas já antes se dissera, em comício, que o hospital iria ser um hospital “à antiga”, com clínica geral e outras valências…

Podia o partido que apresentou a lista (que acabaria por vencer) pensar que assim seria. Mas é claro que o Dr. Seruca Emídio sabia perfeitamente que se estava a mentir pois um equipamento desses só pode ser instalado perante determinados condicionalismos, que em Loulé não se reuniam.

Encontraram, depois, o ovo de Colombo: em vez de um hospital “à antiga”, o edifício seria destinado à instalação de uma clínica privada.

O “negócio” estava assegurado para um determinado grupo económico, supostamente (ou previsivelmente) interessado… pois toda a gente sabe que uma clínica privada não se instala para… fazer misericórdia. A finalidade principal é o lucro.

Mesmo assim, procurou-se uma compensação através de um “eventual protocolo” com o Estado, mediante o qual, a clínica cederia (a bom preço) umas, salvo erro, 15 camas para apoiar o hospital distrital.A verdade é que... claro, claro, nunca o negócio o foi completamente para os munícipes…

Mas que importava isso a quem nunca tem revelado grandes preocupações relativamente ao esclarecimento público?

Ao certo, sabe-se que foram umas dezenas de milhar de contos que foram entregues à S. Casa da Misericórdia.

Pensa-se que o tal grupo económico ficou “à janela” a assistir a tudo, com a promessa de que ira pagar, futuramente, um bom “arrendamento”.

Vem agora outra “negociata” que se afigura envolta numa certa “áurea de mistério”. Mais umas dezenas ou centenas de milhares que se vão escoar… dos bolsos dos contribuintes, para a aquisição de um convento em ruínas, propriedade da mesma Misericórdia…


Desenho de projecto publicado pela CML
Não acham que era tempo de a CML explicar à gente o que se passa? - Se não se faz a clínica (parece que está arredada definitivamente a hipótese), como vai ser ressarcida a autarquia do dinheiro (dos contribuintes) que já foi gasto?

- Doutro modo, que projectos para o chamado “hospital velho”?

- Quem é, afinal, o seu proprietário – a Câmara? A Misericórdia? A Igreja?

- O tal grupo económico vai, de algum modo, compensar os prejuízos resultantes do seu incumprimento contratual (mesmo que apenas “contrato de cavalheiros)?

E sobre o convento de S. António:

- Que projectos tem para ele a CML? A que se destina?

- Quanto vai custar, definitivamente? Como foi feita essa avaliação?

- Quanto vão custar as obras de reparação/adaptação ao uso futuro?

Ou a autarquia esclarece publicamente a população, ou teremos de admitir que… AQUI HÁ GATO ! OU UMA NINHADA DELES.

ENVIADO POR: TOU-TA-VER, em 8 de Julho de 2007, às 1:32