PEDRA SOLTA

por todo o lado, sinais de desmazelo

. Uma semana antes do dia de aniversário da cidade de Quarteira, ranchos de calceteiros afanavam-se na conclusão das passadeiras para peões com acesso fácil a deficientes.

Nas avenidas Mota Pinto e Sá Carneiro, era uma azáfama tremenda. É claro, havia muito pouca “obra” para mostrar, no dia da festa: um pequeno jardim excêntrico à cidade, duas estatuazinhas em pedra, uns riscos em alcatrão novo nos parques de estacionamento que, anteriormente, eram bem arborizados e… mais nada!

Por isso, um batalhão de calceteiros, vindo sabe-se lá de onde, truca-que-truca nas pedrinhas, para fazerem obra que se visse. Foi mesmo à tabela, meia dúzia de horas antes da “inauguração” das acessibilidades melhoradas, que deram o trabalho por concluído.

Acabada a empreitada, os calceteiros, tal como a marabunta, que surge não se sabe de onde e, súbita e misteriosamente, desaparece, os homens sumiram. Como se na cidade, não houvesse mais calçadas para arranjar.

E, no entanto, contam-se às (muitas) dezenas os passeios onde, há meses e meses, se encontram montes de pedras arrancadas, como se nesta cidade não houvesse ninguém encarregado de vigiar o estado de ruas e calçadas. Quer dizer… haverá?!

Basta de tanto desmazelo! Em Quarteira pagam-se impostos!
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