Sem grandes alardes (sem a publicidade a que qualquer eventozinho de “cá-cá-rá-cá” costuma ser dada pelas autarquias louletana e quarteirense), sem uma noticiazinha de pé de página dos órgãos de comunicação social, a Associação de Amizade dos Palop no Algarve (APALGAR), promoveu a 6ª. edição do Festáfrica – Festival de música e cultura africana do Algarve.
Desta vez, o evento “fugiu” da Praça do Mar, para o final do “calçadão”, local que parece ter-se transformado no palco definitivo de tudo que… não mereça a dignidade dos outdoors autárquicos.
Gostávamos mais de ver a festa no local onde nasceu: na Praça do Mar. Nesta, passa “todo o mundo”; ao fundo da marginal, só vai quem tenha pernas e vontade capazes de lá ir e voltar.
Estivemos ontem à noite, num serão ameno de Domingo, neste encontro de comunidades e culturas. Centenas e centenas de corpos ondulantes, surfavam nas ondas dos ritmos africanos.
Sem disso terem consciência, essas muitas centenas de cidadãos de tons de pele a oscilar entre o branco e o negro retinto, ali estiveram a celebrar um multiculturalismo construído a partir de realidades diversas, mas juntos num ideal nunca decretado, de reforço da cidadania.
.