como seria a vida da cidade de faro, sem eles?
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“[…] conhecendo há alguns anos o fervilhar da cidade de Faro e a sua dificuldade em se inserir na dinâmica da região, tomo a liberdade de propor a quem de direito que sejam criadas as condições para erigir um outro monumento [para além do proposto monumento aos motards], desta vez homenageando os estudantes universitários. .
Estes bravos jovens povoam as ruas de Faro há mais de 25 anos. Emprestam a sua generosidade a diversas iniciativas que valorizam a cidade.
Animam o comércio local ao longo de todo o ano, consumindo bens de primeira necessidade e cedendo essa posição, no mês de Agosto, aos turistas.
Ajudam as famílias com maiores dificuldades da cidade, compensando-as e obtendo em troca uma cama e roupa lavada ao longo de dez meses em cada ano.
Mas são igualmente os estudantes que justificam os quase 2000 funcionários que laboram na Universidade, entre docentes e não docentes. […]"
in “Observatório do Algarve”, 17/Jul, por João Guerreiro, reitor da UALG
Agora, que nem sequer temos uma escola profissional, perguntamos nós:
Como seria a vida da cidade de Quarteira se aqui houvesse um pólo universitário?
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14 comentários:
Então e ninguém exige o ensino profissional, nem o ensino superior para cá?
Quarteira é só para dar dinheirinho a Loulé e ao País?
Para quê? Vocês aí em Quarteira precisam é de trabalhar, não precisam de mais estudos para servir às mesas nem para fazer as camas dos hotéis!
Que mais valia trouxe para Quarteira a Escola profissional de pescas.
Nunca soubemos tirar partido para a cidade dessa escola. Plo universitário? Os polos da UAlg estão a acabar, o actual reitor defende um único campus em todo o Algarve.
Temos que exigir auilo a que temos direito e não entrar em grandes delirios.
Era bom que o reitor, pessoa íntegra e bem formada, fizesse tambem uma reciclagem a alguns professores, particularmente das Escolas Superiores. É que alguns... sinceramente...
Os docentes das faculdades são muito piores do que os professores das Escolas superiores. É que os últimos são professores, os primeiros são investigadores e dão umas aulas para justificarem os ordenados.
Eu acredito que muitos desses “investigadores” sejam professores de “faz-de-conta”, como diz o anónimo que postou o comentário anterior. Muito bem. O problema que se põe é sempre o mesmo: se houver bons professores universitários em Portugal, quererão vir leccionar para uma “universidade da periferia” porquê?
O prestígio é-lhes dado por Lisboa, Porto, Coimbra e, em alguns aspectos (precisamente os da investigação) em Aveiro. O resto? É como tudo: que médicos especialistas querem ir para a periferia, se onde se ganha $$$$ (€€€€€€ !s) é em Lisboa? O resto é paisagem! Para hospitais da periferia (mesmo que lhes chamem “centrais”, claro) vêm os outros: os que não conseguem os lugares de grande evidência, em clínicas de prestígio e muito bem pagas… O mesmo se dirá para gestores e directores: se são mesmo bons, ficam onde há “cacau”, porque Portugal é Lisboa e o resto… é paisagem. E para a paisagem, basta o “rebotalho” porque para quem é, bacalhau basta.
Por isso, nem daqui a um século esta universidade algarvia terá um núcleo importante de bons e verdadeiros professores.
É verdade que temos alguns bastante bons, dedicados, trabalhadores e competentes. A eles presto homenagem. Mas não são a generalidade – nem lá perto. E não é uma andorinha que faz a Primavera!
Dois posts bem apanhados, sim senhor. O Vasconcelos põe o dedo na ferida, mas o anónimo deve andar a navegar nas nuvens. Os das escolas superiores são …. PROFESSORES??? Que tipo de professores? Dos que vão ali a Sevilha buscar os mestrados e doutoramentos que por lá “dispensam” aos “coitados dos profes portugueses”?!
Mestrados e doutoramentos que são fornecidos como hambúrgueres na MacDonald: “Sai um mestrado em sociologia!” E… pimpa, aí temos um novo mestre para consumo das Escolas Superiores da Universidade do Algarve!
Ou: “Sai um doutoramento bem passado, em ciências humanas, para a mesa do canto! E, catrapus: mais um doutor “cum laude” para uma das escolas superiores…
Ainda há dias, um espécime bem conhecido mas pouco apreciado, de uma dessas escolas superiores, escrevia no seu blog pessoal, muito ufano, mas com “modéstia à parte” que, em Sevilha, tinha obtido “do júri internacional a classificação máxima de sobresaliente”.
Y olé! Tenemos maestro!
Quando acabar o meu curso, Já sei onde vou fazer o mestrado! Qual Bolonha!...
Não me lixe, meu caro anónimo! Temos professores nas escolas superiores!... Não me lixe!
G. P.
De certeza que o GP anda com alguma coisa atravessada em relação a algum prof. de alguma escola superior.
Só para informar: em Sevilha não há cursos de mestrado. Os curso de mestrado existentes com espanha, são uma parceria entre a universidade de Huelva e a Faculdade de economia da UAlg. Portanto quem tem tirado esses mestrados foram principalmente os prof da faculdade de Economia (alguns prof's da escola de Gestão tb por lá andaram).
Por aquilo que conheço, são principalmente os prof's das faculdades que tiram os doutoramentos em Sevilla. O engraçado (se é que tem alguma graça) é que os prof's das escolas tiram os seus mestrados e doutoramentos nas Faculdades da UAlg.
O M. Vasconcelos reduz tudo a valores monetários. a este nivel valores diferentes e superiores se levantam. Para bom entendedor meia palavra basta.
A gente sabe, a gente sabe... meu caro anónimo!!!
Há ainda alguns professores que falam essas coisas com a gente! A gente sabe dessas "parcerias"!!! Graças a Deus ainda há boa gente entre os mestres e doutores da Ualg que não se limitam a dar umas aulinhas mas que discutem com a gente e nos contam como as coisas se passam...
E, já agora, pode juntar o meu "querido anónimo" os cursos da Formedia, os tais mestrados à distância, semi presenciais, da célebre Universidade Politécnica de Madrid, da CEPED, com os seus MBAs….
Sete mil euritos e mais uns pós que depois se dirá, e pimba! – aqui tem a cartinha de curso e, se for preciso, até lhe fornecemos os trabalhos já feitos e tudo… Com sobresalientes e cum laudes, se a coisa convier a ambas as partes...
As coisas sabem-se, meu amigo… Se se desenterrassem (se houvesse quem quisesse desenterrar bem certas coisinhas), bem lhe garanto que havia por aí muitos canudos para apreciar.
Ou julgam que as 4 cadeiras do Sócrates para finalizar a licenciatura é assim uma coisa tão rara???
Sim, porque não é bom falar em licenciaturas também. Para não tenham de acabar, definitivamente, Independentes e Modernas, Dinensinos e etcs!!!!
Quanto a Sevilha, meu anónimo: informe-se lá bem, porque me parece que precisa de saber mais.
Ou… dar-se-á o caso de estarmos falar também com um exemplar premiado pelo “júri internacional, com a classificação máxima de sobresaliente”?!
Pelo menos, parece que se picou!
Infelizmente não sou desses. Saber-me-ia bem ter uns canudos desses que diz que se compram. Mas tenho filhos a estudar nos dois lados e por isso oiço aqui, oiço ali, vejo coisas de um lado, vejo coisas do outro, etc. e tiro algumas conclusões. Umas conclusões poderão pecar por falta de informação, mas com o tempo fomentamos opiniões.
Ah, também me esqueci de lhe dizer que quando diz que "em Sevilha não há cursos de mestrado"... sabe? O que você disse é que além do mais... os mestres que referimos, devem ser mentirosos... é que as frases que eu mencionei “modéstia à parte” e “do júri internacional a classificação máxima de sobresaliente”. constam do blogue do próprio professor. E esta?
se for possivel, gostava de aceder a esse blog. Sempre seria mais uma fonte de informação. A informação que tenho é aquela que os meus folhos me trazem e como deve compreender muitas vezes chegam deturpadas.
Sabes muito , oh último anónimo, deve ser por isso que tiveste "sobresaliente”. Tou enganado? Não me parece. Dá-lhes Lourenço. Agora qualquer porcaria, é professopr de universidade...imaginem!!!
É pouca sorte a minha! Trouxe para cá um assunto que me pareceu relevante para Quarteira. Descambou numa discussão sobre méritos e deméritos do corpo docente da Universidade do Algarve.
Não é que o assunto não interesse. Mas é da esfera de acção e julgamento dos alunos e do Reitor da UALG. Para Quarteira, é quase irrelevante.
Seja como for, aí vão as respostas aos meus queridos comentadores:
P/ Armando:
Felicito-o, amigo. Você não fugiu ao tema. Não adiantou grande coisa e, no e-mail que enviou e a que tive gosto de responder, não sugere nada em concreto. É pena que os quarteirenses se não sejam capazes de unir à volta dos verdadeiros interesses da comunidade…
P/ louletano gozão :
Acho melhor que “goze” com outras coisas. Não tem mais nada que fazer? Não é capaz de nos ajudar, ajudando-se a si mesmo? Sabe que, às vezes, cada um de nós tem de fazer um esforço para compreender e ajudar os outros? É que é a melhor forma de resolvermos os nossos próprios problemas!
P/ Anónimo de 30/Jul:
Não vou responder sobre a valia ou não que a escola profissional trouxe para Quarteira. É algo que aqueles que a frequentaram e as respectivas famílias são mais habilitados para dar respostas.
Quanto a essa afirmação de que o Algarve venha a ser transformado num campus… oh meu caro: você não entendeu nada do que diz o nosso Reitor! Uma universidade pode ter quantos campus forem necessários…
Você acha um delírio termos uma escola aqui… Aqui há umas dezenas de anos, havia por cá muita gente que achava que uma escola preparatória era demais. Por isso, criaram o ciclo complementar, vulgo chamadas 5ª e 6ª classes… Quando decidiram fazer a escola preparatória, perceberam que era pouco e mudou, ainda “no ovo” para escola c+s. Depois perceberam que era pouco e nasceu outra. Desta vez, uma 2+3…. Percebe o que eu estou a dizer?
Pura e simplesmente que o meu caro anónimo faz parte do grupo dos “velhotes do Restelo” que pensam que exigir mais e mais habilitações…. São “grandes delírios”.
Tenho pena. Por si!
P/ 2º Anónimo de 30/Jul:
E foi aqui que as coisas começaram a descarrilar. Com certeza que o “magnífico reitor” sabe as linhas com que se cose a UALG e as suas escolas superiores… Quanto ao julgamento aque faz.. bem, você diz que "alguns… sinceramente". Bom… eu completaria que, com certeza, outros… não pertencem aos grupo dos “sinceramente”.
P/ o 3º Anónimo de dia 30/Jul :
Como verifiquei que se não trata do mesmo anónimo anterior… só lhe posso dizer que me “espanta” como é possível afirmar que “os docentes das faculdades são muito piores do que os professores das escolas superiores”.
Amigo, tem a certeza que tal frase não é perfeitamente ridícula? Assiste ou assistiu às aulas de uns e outros????
P/ M. Vasconcelos :
Meu caro, a sua análise é puramente … “materialista”. Eu entendo o que você quer dizer: que a “competência” é sempre atraída pra onde se reúnem as melhores “condições”
Mas não acha possível que por razões familiares, laços de bairrismo ou outras razões, possam procurar as periferias aqueles que também são competentes? Ao fim e ao cabo, a humanidade não gira apenas à volta do dinheiro e de interesses pessoais…
Ainda bem que reconhece que ainda temos por cá “alguns” profissionais “bastante bons, dedicados, trabalhadores e competentes”. A eles também eu presto homenagem.
P/ G.P. :
O mesmo erro típico: a generalização! Claro que se conhecem alguns “malefícios” que as universidades espanholas têm acarretado para cá e não é apenas em “Sevilha que vão buscar os mestrados e doutoramentos que por lá “dispensam” aos 'coitados dos profes portugueses'”
Sei de um doutoramento conseguido numa famosíssima universidade francesa que faria os professores da Independente sentirem-se meninos de coro.
E sem falar na “sua” Formédia e quejandos… “com sobresalientes e cum laudes”!
Bolas, eu nem tive oportunidade de comprar uma coisa dessas! Dava-me jeito um “cum laude” para pôr entre as duas janelas do escritório. Assim, quando olhasse para o mar, ia ficar embasbacado com o meu “cum laude”!
Algumas das respostas que depois deu ao Anónimo que se segue, tive oportunidade de as comprovar. De tudo isso, não poderemos dizer que se trata de um professor sem capacidades. Só o que demonstra é que ele sente necessidade de exibir uma vaidade que, normalmente vem associada ao reconhecimento de “culpas”. Mas cada um é como é!
Ah, é verdade: apaguei o comentário em que você citava o blogue do tal professor. Isto aqui não é uma caixa de correio. Se o “anónimo” a quem era destinado estiver interessado, posso enviar-lhe o seu e-mail, desde que você mo forneça. Nessa altura, vocês entendem-se um com o outro. Agora aqui, “mexer em trampa”… deve compreender: não!
P/ o Anónimo :
Com efeito, meu caro… fazer afirmações como essa de “só para informar: em Sevilha não há cursos de mestrado”… com franqueza!... Eu procuro documentar-me antes de fazer afirmações tão categóricas!
Sobre as parcerias com Huelva, é verdade o que afirma. Já quanto à afirmação de que “os prof's das escolas tiram os seus mestrados e doutoramentos nas Faculdades da UAlg” padece do mesmo defeito da primeira citação.
Óh homem, se é verdade que o G.P. parece deixar transparecer “alguma coisa atravessada em relação a algum prof”… também parece que você sentiu uma necessidade doentia de defender os mestrados e doutorados pelas universidades espanholas…
Quanto ao que diz sobre as apreciações de M.Vasconcelos. Já lhe dei razão: nem tudo se pode resumir a uma questão monetária. Mas que isso pesa, lá isso pesa…
Quando ele se interroga sobre a razão por que, por exemplo, os “grandes” cirurgiões estão todos em Lisboa… por que será?
P/ Pedro Antunes :
Não generalize, Pedro! Nem tire conclusões apressadas.
Oxalá o Reitor não tenha oportunidade de ler o Calçadão de Quarteira… Ia ficar triste, com certeza.
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