Ontem, quarta-feira, foi noite de animação na Praça do Mar.
Foi usada a prata da casa e ainda bem: fica barato, aproxima mais as pessoas e entretém.
Pelo menos, fica muito mais barato que o “mega concerto” que no dia 24 vai estar num “super palco” no extremo nascente do Calçadão para exibição da “mega cantora mexicana” Lila Downs, que ali actuará – pensamos nós – com um “super cachet” que, bem repartido, daria, com certeza, para animar a marginal, as avenidas e muitas ruas de Quarteira, durante todo o Verão.
A fadista Isa Brito e o Orfeão de Boliqueime, que actuaram ontem naquele palco pequenino, ficaram baratinhos, certamente: e, apesar do tempo bastante fresco, conseguiram aquecer os corações e a prosápia de quarteirenses e boliqueimenses que ali se deslocaram.
Isa Brito, desempenhou o seu papel com a facilidade vocal que lhe é peculiar e com agrado geral; mas sem a evolução que parece estar ao seu alcance.
Isa precisa de quem lhe oriente o percurso, estimulando-lhe capacidades, reorientando-lhe as técnicas e, sobretudo, alertando-a para diferença que há entre o que é ser uma cantadeira e uma cantora.
O Orfeão de Boliqueime… bem, ainda está no princípio. Vamos esperar que evolua e encontre o seu caminho. Mas que nunca esqueça… a fábula da rã e do boi.
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5 comentários:
A Isa até a gosto de ouvir cantar mas também me parece que aquilo já é mania a mais.
Você é simpático, Lourenço. O orfeão está no princípio? Então não se apresente, até estar! Era cada fífia! Também, com um "naestro" daqueles, o que é que se pode esperar? O homem toque lá a sua viola a acompanhar a Isa Brito e tenha juízo...
E aquela iluminação do palco é o melhor que a câmara e a junta podem pagar?
Quero ver como vai ser a luz de palco e o som quando vier essa tal mexicana ao calçadão.
A moça que cantou os fados realmente tem presença de cantadeira mas também me pareceu que tem tiques de primadona... Numa casa de fados pode vir a ter sucesso mas se continuar com aqueles meneios... não sei, não.
Rita
P/ Antónia :
Todos nós podemos ter os nossos defeitozinhos, não? Num espectáculo, o que está em causa é a actuação do artista e não as suas “manias”.
P/ Silvério :
Obrigado pelo cumprimento! Mas não quis ser demasiado severo para quem veio até nós, com certeza cheio de boa-vontade, como foram os componentes daquele coro…
De resto, é capaz de ter alguma razão sobre as capacidades de “orfeonista” do “maestro”. Seria talvez mais acertado chamar-lhe ensaiador do grupo, acho eu
P/ Euzinha :
Ora aí está uma observação muito interessante. Vamos ver o que se vai passar no próximo dia 23, com o teatro de Quarteira e, no dia seguinte, com a cantora mexicana! Também estou convencido de que, nessa altura, vamos ter muito que falar…
P/ Anónimo… Rita :
A resposta dei-a no primeiro comentário. Mas tem razão: a moça tem bastante jeito para cantadeira. E acho que ela não ambiciona (nem deve ambicionar) mais do que isso, não é?
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