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- desde o dia 14 de Junho de 2007

terça-feira, 24 de julho de 2007

ONTEM HOUVE TEATRO

têm vergonha de mostrar como maltratam
a companhia de teatro amador de Quarteira?
António Alvarinho e uma plateia satisfeita

Nem teríamos dado por ele se não fosse uma pequena faixa no terminal da camionagem. Nem aqui em Vilamoura, nem em toda a área da freguesia de Quarteira, nem no site da Câmara Municipal, nem no da Junta de Freguesia… nada! Nem um avisozinho envergonhado, que nos dissesse que ontem, dia 23, na Praça do Mar, haveria um espectáculo do Teatro Amador de Quarteira.

Como se alguém o quisesse esconder, como se alguém não quisesse que houvesse espectadores.

Talvez tivessem vergonha de mostrar a forma como tratam a companhia da terra, enfiada naquele tabladozinho minúsculo, num contraste vibrante com o palco gigantesco que, ao mesmo tempo, se erguia imponente, no final do ‘Calçadão’, para um espectáculo musical de Lila Downs, que hoje mesmo se vai realizar.
Lila Downs e o imponente palco onde irá actuar

Sabemos que o principesco cachet de Lila Downs será pago pelo programa ‘Allgarve Edition’, pelo que às autarquias poucas responsabilidades se pode pedir por essa desigualdade de procedimentos.

Façam o que fizerem, paguem o que pagarem, encontrem as justificações que entenderem para estas diferenças de tratamento. O que lhes poderemos dizer é que essa tal cantora mexicana nunca fez nem fará nada em prol do Algarve, do município, ou da freguesia de Quarteira. Ao contrário do que acontece com a Companhia de Teatro Amador de Quarteira e, muito particularmente, com a incomensurável dedicação de António Alvarinho.

Mas a praça estava cheia e as gargalhadas e os aplausos do público valem bem mais que aquilo que as entidades oficiais julgam.
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4 comentários:

Anónimo disse...

O Alvarinho e o Matos Maia são os pais do Teatro Amador de Quarteira.Encontraram aqui talento e bairrismo para lembrar à Câmara de Loulé que aqui há gente talentosa e não se compreende como podem ir lixar o terreno do Centro cultural com mais prédios de casas.
Ninguém diz nada tá tudo de acordo.Cá pra mim "tá o mar feito dum cão".Zé Carapau

Anónimo disse...

Bem, eu passei anteontem pela Praça do Mar. Vi um bocado do teatro de revista e não fiquei mais tempo porque estava frio e eu não levei abrigo. Mas estava bastante gente e é sempre enternecedor ver como o senhor Alvarinho consegue, mesmo com os anos a pesarem inexoravelmente, manter o espírito jovem, cativar e contracenar com novos “artistas” com idade para serem seus netos.

Ontem, passei pela extremidade do “Calçadão”. Cerca de meia casa – ao que me dizem, quase tudo “borlas” -, para escutar essa Lila Downs. Um fiasco para quem pensava “encher a casa” (e, provavelmente, o próprio “ego”).
Quem fixou o preço de 20 euros por pessoa para assistir a um espectáculo daquele género, com certeza não vive neste mundo: se essa importância para o bilhete de uma só uma pessoa ainda é aceitável, para uma família é incomportável – 80 ou 100 euros fazem diferença num orçamento familiar, quando o salário médio se situa entre os 800 e os 1.100 euros.

Parece que o espectáculo, apesar de estar inserido no programa “Allgarve” foi integralmente custeado pela CML. Se assim foi, o serão de ontem saldou-se num fracasso financeiro, com certeza.
Dou-lhe razão, Lourenço: quantos espectáculos da Praça do Mar poderiam ter sido produzidos com a mesma verba?
Quando a imaginação é pobre, quando o pelouro cultural-recreativo de uma autarquia está entregue a incompetentes e gente desconhecedora dos gostos e necessidades da população e que não sabe como se pode e deve movimentar no meio artístico, os resultados são estes.
Se o espectáculo da Lila Downs era para os quarteirenses, falhou ainda porque hoje era dia de trabalho e porque o dinheiro não abunda. Se era dirigido aos turistas, falhou pela segunda razão e porque este esquema só resulta quando o espectáculo é de entrada gratuita (caso André Sardet, no dia da cidade) e o artista é “da moda” (Ivete Sangalo, Natasha Bedingfield e Da Weasel, do Summer festival do ano passado).

Por tudo isso, só posso dizer duas coisas: parabéns à companhia do Teatro Amador de Quarteira e ao senhor Alvarinho, que conseguiram reunir, em noite fria, uma assistência semelhante ou superior, em número, à da artista internacional do dia seguinte.

Felicitações que não se estendem à CML e aos responsáveis pela realização do espectáculo de Lia Downs, os quais deverão ter percebido que “quem sabe, sabe” e que não é Luís Montez quem quer.

Que, ao menos, aprendam com o erro. Se forem capazes.

Anónimo disse...

Boa, Tou-ta-Ver! Ao teatro de Quarteira a CML "dá" um subsídio que chega APENAS para pagar a luz e o som de 3 (três) espectáculos e obriga-o a dar esses 3 espectáculos completamente gratuitos, no concelho.
Este de anteontem e o que vai dar na próxima semana é a junta que paga o som.
Por isso, nem podem mandar fazer fatos nem mandar fazer outros cenários.

Lourenço Anes disse...

P/ Zé Carapau :

Que lhe posso dizer, amigo? Nada que não tenha sido já aqui referido nos nossos comentários. Falámos do Centro Cultural. Voltaremos, com certeza, a falar dele. Não se esqueça que ainda nem se conhecem as intenções que sobre ele alguém já deve ter…


P/ Tou-ta-Ver :

Meu amigo, parece que você está muito mais bem informado que eu…
Concordo com o que diz sobre o preço excessivo dos bilhetes para o concerto de Lila Downs (e até pouca utilidade do concerto?); concordo que a artista mereceria uma assistência mais consentânea com a sua interpretação; concordo até que o salário familiar médio dos portugueses não dá para grandes aventuras.
Não sabia, nem posso confirmar, que o espectáculo foi custeado pela Câmara de Loulé. Pensei que o fosse pelo Ministério da Economia / RTA.
No que se refere às capacidades de quem organiza os eventos culturais e recreativos do concelho, confesso que tenho dúvidas. A programação parece feita aos repelões, sem critério… Mas pode ser que haja razões que a gente desconhece. Ninguém procura explicar-nos…
Também me parece que lhe assiste a razão quando diz que, financeiramente, o espectáculo terá sido um desastre. Mas não vi as contas… Dizem-me que o produto dos bilhetes terá revertido para uma IPSS. Se assim foi, ainda mais lamento que não tenha sido uma “casa cheia”.
A seguir, quero dizer-lhe que também concordo consigo nas suas felicitações à Companhia de Teatro de Quarteira e ao Sr. António Alvarinho. É caso para dizer que lá vai conseguindo fazer umas omeletas sem ovos…
Finalmente, quero dizer-lhe que também concordo com os seus votos finais: que quem tem que aprender, ao menos, que aprenda com os erros, se for capaz…


P/ José Augusto:

São informações interessantes, meu caro José Augusto. São coisas sobre as quais os quarteirenses devem ser informados.
E sabemos que há por aí tantos subsídios tão mal atribuídos… Cala-te boca!