ou como a verdade muda conforme o partido do poder
Acabo de ser alertado para uma situação muito… interessante. Interessante porque ela testemunha que, para um político, o que é verdade hoje será mentira amanhã, ou o que era a verdade de ontem, é a mentira de hoje.
Estive a ler no blogue (ou site?) dos vereadores do PS à Câmara de Loulé que estes vereadores votaram contra a proposta de pagamento de trabalhos executados, pela câmara, no convento de Santo António, em Loulé. Essas obras, ao que parece, tornaram-se de execução urgente, por motivo da realização, naquele local, de eventos do programa “Allgarve”.
Eu esclareço: o convento de Santo António é aquele que fica junto ao actual mercado dos Sábados, em Loulé, à saída para Boliqueime.
Este edifício, propriedade da Misericórdia, está em vias de mudar de proprietário, passando para o património da autarquia, para o que está acordada já a importância do negócio: mais de 850 mil euros, a acreditar no que me contaram.
Disseram os senhores vereadores do PS, no seu blogue, que “acontece que a câmara ainda não é proprietária do imóvel e já ali intervém, fora de qualquer enquadramento legal”.
Aparentemente, têm os senhores vereadores socialistas toda a razão. Já diz o povo que não se deve “fazer filhos em mulher alheia”. Tudo certo, portanto, legal e eticamente.
Os socialistas acrescentam que “trata-se de património a preservar - estamos de acordo”. Não discordam do executivo autárquico, neste ponto, portanto.
E terminam, concluindo: “mas as regras legais não admitem atropelos grosseiros como este”. - Está certo? Parece que sim.
Parece, disse eu…
Mas lembro que, já no final do mandato do socialista Dr. Aleixo, o mau tempo fez ruir uma parte do telhado do Cine-Teatro Louletano e, por isso, a câmara mandou proceder às necessárias obras de reparação.
É claro que se tratava de “património a preservar” e, por isso era necessário proceder à conveniente reparação. Mas o edifício não era ainda propriedade da autarquia, ainda que estivessem em curso as negociações para a respectiva aquisição.
Ou seja: também dessa vez, há seis anos atrás, a câmara procedeu a obras em propriedade alheia, sem se preocupar em que “as regras legais não admitem atropelos grosseiros como este”.
Em que ficamos? Nessa altura as regras eram diferentes? Ou mudam consoante a cor do emblema do executivo?
Ou ainda, como comecei: o que é verdade hoje será mentira amanhã, e o que era a verdade de ontem, é a mentira de hoje?
L. Anes
Estive a ler no blogue (ou site?) dos vereadores do PS à Câmara de Loulé que estes vereadores votaram contra a proposta de pagamento de trabalhos executados, pela câmara, no convento de Santo António, em Loulé. Essas obras, ao que parece, tornaram-se de execução urgente, por motivo da realização, naquele local, de eventos do programa “Allgarve”.
Eu esclareço: o convento de Santo António é aquele que fica junto ao actual mercado dos Sábados, em Loulé, à saída para Boliqueime.
Este edifício, propriedade da Misericórdia, está em vias de mudar de proprietário, passando para o património da autarquia, para o que está acordada já a importância do negócio: mais de 850 mil euros, a acreditar no que me contaram.
Disseram os senhores vereadores do PS, no seu blogue, que “acontece que a câmara ainda não é proprietária do imóvel e já ali intervém, fora de qualquer enquadramento legal”.
Aparentemente, têm os senhores vereadores socialistas toda a razão. Já diz o povo que não se deve “fazer filhos em mulher alheia”. Tudo certo, portanto, legal e eticamente.
Os socialistas acrescentam que “trata-se de património a preservar - estamos de acordo”. Não discordam do executivo autárquico, neste ponto, portanto.
E terminam, concluindo: “mas as regras legais não admitem atropelos grosseiros como este”. - Está certo? Parece que sim.
Parece, disse eu…
Mas lembro que, já no final do mandato do socialista Dr. Aleixo, o mau tempo fez ruir uma parte do telhado do Cine-Teatro Louletano e, por isso, a câmara mandou proceder às necessárias obras de reparação.
É claro que se tratava de “património a preservar” e, por isso era necessário proceder à conveniente reparação. Mas o edifício não era ainda propriedade da autarquia, ainda que estivessem em curso as negociações para a respectiva aquisição.
Ou seja: também dessa vez, há seis anos atrás, a câmara procedeu a obras em propriedade alheia, sem se preocupar em que “as regras legais não admitem atropelos grosseiros como este”.
Em que ficamos? Nessa altura as regras eram diferentes? Ou mudam consoante a cor do emblema do executivo?
Ou ainda, como comecei: o que é verdade hoje será mentira amanhã, e o que era a verdade de ontem, é a mentira de hoje?
L. Anes
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